04 junho, 2013

Duas ironias de Borges

Diz-se que Borges, um dos grande mestres da literatura, era extremamente irônico. Aqui trazemos duas amostras dessa particularidade do grande escritor argentino.
(Grande e argentino formam um pleonasmo, sei disso.)
A primeira aconteceu em uma livraria. Quando um jovem fã se aproximou dele e, querendo expressar sua gratidão por tudo o que já lera do autor, exclamou:
- Mestre, você é imortal!
A que Borges, talvez enfastiado com a vida, respondeu:
- Vamos, homem, não há porque ser tão pessimista.
A segunda se deu em uma convenção de psicanalistas, à qual Borges foi convidado para falar. Ao final da palestra, no tempo reservado a perguntas e respostas, alguém resolveu provocá-lo:
- Senhor Borges, como você se sente sabendo que é o único literato entre tantos psicanalistas neste congresso?
Sem hesitar, Borges respondeu:
- Na verdade, estou com meus colegas. Não é a psicanálise um ramo da literatura fantástica?

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