Rodrigo Guerra, Instagram
O céu estrelado sempre motivou histórias... curiosamente, de lendas e dramas muito semelhantes entre si, mesmo que de povos tão distintos e distantes.
Por aqui, as constelações de Orion e do Touro representam uma tragédia: a de um homem velho traído e morto.Conta o mito tupi-guarani que essa região do céu representa um idoso cuja esposa estava interessada em seu irmão mais jovem. Para ficar com o cunhado, a esposa mata o marido, cortando-lhe a perna. Os deuses, penalizados com o velho índio, o transformam em uma constelação.
As Plêiades são o penacho do seu cocar, as Híades sua cabeça; da estrela Bellatrix à Betelgeuse, sua perna amputada; daquela, passando pelas “três Marias” (joelho) até Saiph, o pé remanescente.
Este relato foi descrito pela primeira vez em 1612 pelo missionário francês Claude d’Abbeville, que passou quatro meses com os Tupinambá do Maranhão, no seu livro "Histoire de la Mission de Pères Capucins en l’Isle de Maragnan et terres circonvoisins" (Paris, 1614).
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