"Nossos bosques têm mais vida"
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Por que há aspas nesses trechos do Hino Nacional?
São citações de versos da "Canção do exílio", escrita em 1843 por Gonçalves Dias. Eis o trecho inicial do poema em que os versos estão:
"Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. / Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas têm mais flores, / Nossos bosques têm mais vida, / Nossa vida, mais amores."Paródias, referências e mais citações
Segue-se uma lista de paródias, reimaginações e citações do retroaludido poema feitas por outros autores nacionais.
"Eu nasci além dos mares" e "Eu já morri na flor dos anos" - Casimiro de Abreu
"Canto de retorno à pátria" - Oswald de Andrade
"Europa, França e Bahia" - Carlos Drummond de Andrade
"Nova canção do exílio" - Carlos Drummond de Andrade
"Canção do exílio" - Murilo Mendes
"Uma canção" - Mário Quintana
"Jogos florais I" e "II" - Cacaso
"Canção do exílio facilitada - José Paulo Paes
"Lisboa: Aventuras" - José Paulo Paes
"Pátria minha" - Vinicius de Moraes
"Canção do expedicionário" - Guilherme de Almeida
"Por mais terras que eu percorra, / Não permita Deus que eu morra / Sem que volte para lá." http://www.vagalume.com.br/exercito-brasileiro/cancao-do-expedicionario.html"Sabiá" - música de Chico Buarque e Tom Jobim
"Vou voltar / Sei que ainda vou voltar / Para o meu lugar / Foi lá e é ainda lá / Que eu hei de ouvir cantar / Uma sabiá / Vou voltar / Sei que ainda vou voltar / Vou deitar à sombra / De um palmeira / Que já não há." http://www.letras.mus.br/chico-buarque/86043/
(orquestração)
"Sonhada terra das palmeiras / Onde andará teu sabiá? / Terá ferida alguma asa? / Terá parado de cantar?" http://www.letras.mus.br/taiguara/1800972/"Marginália II" - Gilberto Gil
"Minha terra tem palmeiras / Onde sopra o vento forte / Da fome, do medo e muito / Principalmente da morte / Olelê, lalá." http://www.letras.mus.br/torquato-neto/387446/
2 comentários:
Fernando Gurgel Filho
(para mim)
Em relação à publicação de: Canção do Exílio
Quando era diretor da Casa do Ceará em Brasília escrevi estes versos:
CEARÁ, SAÍ FICANDO LÁ
Quando vim do Ceará
Não trouxe nada de lá,
Só a saudade do mar,
Um coração que partia,
Futuro que não existia,
Vontade de voltar um dia.
Pessoas amadas se foram
Outras com amor vieram
E a ficar me obrigaram.
Muitas coisas esqueci,
Outras tantas eu perdi,
Mas de lá nunca saí.
Um amigo musicou:
HINO DA CASA DO CEARÁ (2012)
https://drive.google.com/file/d/1RT9wNCTmtb1RZea8fECj7ORzAowAUQH1/view
A ser publicado com áudio no próximo domingo em Linha do Tempo.
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