Fernando Gurgel
A pandemia muda a nossa percepção da realidade, mas as mulheres sempre dão um jeito de nos trazer à dura rotina do dia a dia. Mesmo isolados,
saindo de casa apenas quando é absolutamente necessários, tivemos que fazer alguns exames de rotina.Como, o ano passado, tive uma trombose, o angiologista aconselhou tomar uma taça de vinho regularmente. Talvez aconselhar não seja o termo correto, pois o angiologista que me indicaram parece meio vitoriano quando à ingestão de bebidas alcoólicas.
Na consulta atual, com uma geriatra, esta reforçou a indicação da taça de vinho e disse mais:
- Uma dose por dia é sempre saudável. O que não pode é deixar tudo para o final de semana e beber até o limite do suportável, porque pode sobrecarregar o fígado.
Tudo bem, então.
Ontem, seguindo estes sábios ensinamentos, tomei uma dose de cachaça, uma de vodca, uma de rum, uma de uisque, uma taça de vinho e uma latinha de cerveja. Ou seja, sem excessos.
Excessos vieram apenas quando as reclamações começaram: "Tá comemorando o quê? Estamos no meio de uma pandemia, mas as bebidas não vão sumir de hora pra outra. Deixa, pelo menos, um pouco para o final de semana..." Etc., etc., etc., até o último gole e 24 horas após.
Fernando,
O diabo mora nos detalhes. Aquele seu amigo alemão não lhe falou nisso?
A pedra do diabo. Lübeck, Alemanha
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