1. Enquanto o pensamento pseudocientífico estabelece esquemas estáticos, o pensamento científico encontra-se aberto a conflitos cognitivos. Isto quer dizer que a ciência, mediante conflitos conceituais e revoluções científicas, evolui sempre.
2. Nesta linha de conduta, a pseudociência não aceita fatos que sejam contrários a seus princípios. Já a ciência busca essas anomalias, as quais inclusive podem trazer revoluções científicas que ampliem o seu campo de estudo.
3. A pseudociência se cerca de mistérios sem explicá-los com razoabilidade. A ciência, que não os busca, analisa-os. Observar que um mistério, ao ter a causa explicada, passa ao plano da ciência e deixa de interessar à pseudociência.
4. A pseudociência não se atualiza ao longo dos tempos, é anacrônica. E aqui novamente aparece a ideia do progresso como sendo um dos motores da ciência.
5. A pseudociência recorre a explicações esotéricas ligadas a forças estranhas e indetectáveis. A ciência busca as explicações de acordo com os resultados de suas experiências.
6. As hipóteses pseudocientíficas não podem falhar, o que pode acontecer comumente no argumento científico.
7. Os estudos pseudocientíficos oferecem apenas relatos isolados. A ciência busca a reprodutibilidade dos fenômenos e, até que ela aconteça, não pode emitir hipóteses plausíveis e, muito menos, teorias e leis.
8. A pseudociência permanece no século XVII: pretende dar como certo um argumento porque uma pessoa "importante" o emitiu. A ciência trabalha através da contínua contestação e o argumento de uma autoridade não é um critério científico.
Traduzido de El escepticismo como herramienta de demarcación,
de Eugenio Manuel. In: Ciencia en el XXI
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