31 março, 2018

Segunda geração

por Jaime Nogueira
Muito interessante o caprichoso gingado (ou caminho de bêbado?) dos cursos d'água em solos sedimentares. Define muito bem aquilo que tanto xingavam os barqueiros do Rio Pindaré (*) em seu curso S-N, referindo-se à chatice de "navegar numa porcaria de um rio que não anda" (sic). A sedimentologia fluvial moderna teve uma contribuição enorme de Hans Albert Einstein, o segundo filho do físico Albert Einstein e da matemática Mileva Marić.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Albert_Einstein
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mileva_Mari%C4%87
Sobre o relacionamento com o pai, Albert Einstein, Hans declarou ao New York Times, em 1973: "Provavelmente o único projeto do qual ele desistiu fui eu. Ele tentou me dar conselhos, mas logo descobriu que eu era cabeça-dura demais e que ele estava apenas perdendo tempo." Um dos conselhos do pai foi para que ele desistisse de estudar os fenômenos de transporte sólido nos rios e se dedicasse à física quântica, "pois este era assunto menos complicado do que a sedimentologia dos rios".
Alguns hidráulicos brasileiros trabalharam com modelos físicos de sedimentologia em Laboratórios de Hidráulica Fluvial, entre os quais Díocles Rondon, Jorge Paes Rios e Alfredo Ribeiro da Costa.

(*) O rio Pindaré, um dos mais importantes rios do estado do Maranhão, está seriamente assoreado e com suas margens destruídas, em consequência do desenfreado desmatamento que, aos poucos vai destruindo a grande Amazônia Brasileira. Em suas margens estão as cidades de Açailândia, Bom Jesus das Selvas (servindo de divisa entre os mesmos), Alto Alegre do Pindaré, Santa Inês, Pindaré Mirim, Bom Jardim, Monção e dezenas de povoados. A Estrada de Ferro Carajás, acompanha seu percurso desde as proximidades da cidade de Bom Jesus das Selvas, até a cidade de Santa Inês, em um trecho de mais de 200 km.



O serpentear dos rios
Corrigendum: onde se lê Albert Einstein, leia-se Hans Albert Einstein.

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