24 fevereiro, 2017

O porquinho-da-índia

Não é porquinho nem veio da Índia. Eles são roedores da família Caviidae e o nome "índia' deve-se ao fato de originalmente provirem das chamadas "Índias Ocidentais" (atual continente americano), onde alguns povos andinos, no período da colonização, os criavam para deles se alimentarem. Atualmente, em alguns países — como o Peru —, ainda existe essa tradição, sendo um prato típico e apreciado na culinária local.
Os europeus tomaram contato com este animal desde o século XVI, ao atingirem os domínios do Império Inca. Ao chegarem à Espanha, os porquinhos-da-índia tornaram-se moda, vindo a espalhar-se por toda a Europa como animais de estimação.
Lembrando-se do tempo em que foi criança, Manuel Bandeira dedicou a seu porquinho-da-índia de estimação este poema:
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
Outros equívocos relacionados com a nomeação dos seres reais e abstratos
Azulejo - Geralmente não é azul.
Clorofila - Não apresenta o átomo do cloro na molécula.
Micose fungóide - Não é doença causada por fungo, apesar do que os nomes (os dois) possam sugerir.
Abreviatura - O tamanho do nome leva a pensar em algo grande.
Fósforo - Não está nos palitos e sim na lixa da caixa.
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