03 agosto, 2014

Os riscos dos selfies

O selfie (autorretrato para uso na internet e envio por celular) se espalhou como um vírus nas redes sociais. Twitter, Facebook, Instagram e outros não estão imunes ao fenômeno.
Mas (alguns) médicos fazem um alerta: selfie em dupla ou em grupo é prejudicial à saúde. E o vilão do malefício é o Pediculus humanus capitis, o piolho.
Como, na pose para o autorretrato acompanhado, as pessoas encostam suas cabeças, os parasitas inquilinos aproveitam-se da situação para mudar de endereço.
Pois piolhos não voam, nem pulam. E a única forma de eles se espalharem é por contato – algo que os selfies proporcionam com uma certa frequência/facilidade.
Em uma reportagem do Daily Mirror, disse a Dra. Mary McQuillan:
"Geralmente, são crianças que eu trato (de pediculose), porque elas têm maior risco de contato de cabeças. Mas, agora, trato os adolescentes, desde que eles começaram a juntar suas cabeças para tirar fotos. Todo adolescente que eu tratei admitiu que fazia selfies em dupla ou em grupo, todos os dias. Selfies são divertidos, mas essas consequências são reais."
Já para o Dr. Nick Celano, médico residente do hospital Los Angeles e do USC Medical Center, nos Estados Unidos, essa relação parece um tanto exagerada. Segundo ele, os piolhos demoram algum tempo para se espalharem de uma cabeça para outra, e os segundos necessários para uma foto não são suficientes para que eles se transfiram.

VÍDEO
Um visitante de um zoológico tenta fazer um selfie com um cisne ao fundo que tem objeção a essa ideia. Será que ele consegue a foto?


2 comentários:

Lucas Sebastião de Almeida Castro disse...

Piolhos não são prejudiciais para a saúde; apenas incomodam. Conquanto só tive piolhos na infância, se tivesse novamente não perdia meu tempo a tentar extinguí-lo: basta manter-me limpo, e a infestação estará sob controle.

Paulo Gurgel disse...

Não é bem assim, Lucas.
O piolho do couro cabeludo (Pediculus humanus capitis) é um inseto que se alimenta do sangue das pessoas e reproduz-se com grande rapidez.
A infestação ocorre mais em crianças, principalmente nas que frequentam escolas e estão em contato com outras crianças.
Não tratar a pediculose capilar infantil pode acarretar mau desempenho escolar por causa da coceira, noites mal dormidas e, nos casos mais graves, anemia provocada pela hematofagia desses insetos e infecções secundárias com reações ganglionares.
Portanto, pente fino e remédios locais ou sistêmicos neles!