Pela terceira vez na carreira literária, o cantor, compositor e romancista Chico Buarque teve um livro seu escolhido como a melhor obra de ficção segundo o júri do Prêmio Jabuti – principal honraria literária do Brasil. Depois de ser premiado por Estorvo, em 1992, e por Budapeste em 2004, o romance Leite Derramado foi anunciado, na noite da última quinta-feira (4), como a obra do ano em ficção, tanto pelo público quanto pelo júri do prêmio.
(...)
Um dos mais famosos e respeitados músicos e compositores do Brasil, Chico Buarque se tornou, na noite de quinta-feira, a primeira pessoa a receber pela terceira vez o título de melhor livro do ano. Já Maria Rita Kehl, apesar de reconhecida há anos entre psicólogos e psicanalistas, ficou conhecida do grande público durante as eleições, após ser demitida do jornal O Estado de S. Paulo, do qual era colunista.Esta notícia me fez tirar do blog o vídeo que já estava programado para hoje e substituí-lo por outro - o "Paratodos", com Chico Buarque. Nestes tempos de pouca delicadeza, em que afloram por aí os preconceitos regionais, a canção do homenageado Chico mostra-se oportuníssima.
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
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