26 setembro, 2025

Mas um dia...

Que dia, meus leitores!
A censura do Cine Familiar deixou passar um filme que o menino aqui quase não acreditou. Com Cleópatra sendo entregue ao imperador romano embrulhada num tapete (o Sedex da época). Com a beldade egípcia nua em pelo, digo, em película como foi constatado ao abrir César o presente.
Mas acho que isso só aconteceu no Cine Familiar por que se tratava da cena final.
O bonequinho viu e aplaudiu.

Romances, pinturas, séries e filmes nos transmitiram a popular imagem de Cleópatra saindo de um tapete, mas na verdade isso se deve a um erro na tradução, feita em 1770, da obra de Plutarco.


O que o historiador grego registrou:
Cleópatra, com apenas um dos seus amigos com ela, Apolodoro, o siciliano, embarcou em um pequeno barco e chegou ao palácio quando já estava anoitecendo.
Como não parecia haver outra maneira de entrar sem ser vista, ela entrou dentro de um saco (de dormir?). E, depois de amarrar o saco, Apolodoro levou-a para César.
Este pequeno truque de Cleópatra, que mostrava à primeira vista a sua impudícia provocante, diz-se que foi a primeira coisa que cativou César. (Vidas, César, Capítulo 49)
Parece que ela e César sentiram uma afinidade instantânea e, na manhã seguinte, quando Ptolomeu XIII chegou para se encontrar com César, este e Cleópatra já tinham chegado a um acordo.

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