28 março, 2025

Matemática por cegos

Nicholas Saunderson, um ilustre matemático inglês que sucedeu a Isaac Newton na Universidade de Cambridge no século XVIII, era totalmente cego desde os oito anos de idade. Em outras palavras, toda a matemática de alto nível que ele dominava com perfeição, ele aprendeu sem ver, apenas pela força de sua visão interior.

"Fazer matemática significa aprender a fazer malabarismos mentalmente. (…) Em matemática, tudo acontece no cérebro. Portanto, não é necessário ver de verdade". É o que afirma Emmanuel Giroud, um cego que é também um imenso matemático contemporâneo, que parafraseia muito bem "O Pequeno Príncipe" de Saint Exupéry: na matemática, diz-nos Giroud, o essencial é invisível aos olhos. Só vemos claramente com a mente.

"Eu (Stanislas Dehaene), que bombardeei grupos de estudantes com o meu "não acredito no que vejo, acredito no que entendo" (batendo o pé como o coelhinho Tambor no final da frase), fiquei obviamente sensível a este discurso."

http://clairelommeblog.fr/2024/08/11/on-ne-voit-bien-quavec-lesprit/

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