Não precisamos falar de educação, saúde e segurança porque, resolvida a equação estrutural acima, esses outros três pilares saem automaticamente fortalecidos, desde que as necessárias reformas política, tributária e previdenciária sejam feitas de forma a evitar TODAS as distorções que hoje corroem suas bases.
Mas, dentro deste contexto de debate distorcido, onde parece prevalecer o "precisamos fazer alguma coisa" dentro de um espírito de "mudar tudo para que tudo permaneça como está" vemos propostas que afetam apenas a parte mais frágil da sociedade, justamente aquela que deveria ter seus direitos defendidos de forma mais firme pelos que se dizem "seus representantes".
Mas essas frases/pensamentos são recorrentes desde a Independência, passando pela Lei Áurea, Proclamação da República até chegarmos à Ditadura de 1964. E desaguam sempre no mesmo mar de sofrimento dos trabalhadores e dos cidadãos que precisam do amparo social que lhes é devido legalmente e que lhes é negado todo dia, toda hora, todo segundo, em todas as instâncias mantidas com a suada contribuição da mesma sociedade que é desassistida sistematicamente.
Então, o que esperar? Tomem nota: reforma política que atendam aos interesses das classes dominantes; reforma tributária que penalize o contribuinte assalariado em benefício dos rentistas; e, reforma previdenciária apenas para fazer caixa às custas do trabalhador, seja ele da iniciativa privada ou servidor público.
E, se puderem, Feliz 2017 pra vocês também.
Fernando Gurgel Filho
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