12 janeiro, 2015

Os manuscritos do Mar Morto

Em 1947, dois beduínos que pastoreavam cabras deram com uma caverna nas proximidades do Mar Morto, no lado ocidental da Palestina.
Lá, fizeram uma surpreendente descoberta: fragmentos de pergaminhos de cerca de 2000 anos atrás, juntamente com cerâmicas, panos e madeiras de um antigo assentamento, chamado de Qumran, destruído pelos romanos em 67 d.C.


Cavernas próximas ainda renderiam outros tesouros arqueológicos do gênero.
Acredita-se que os pergaminhos pertenciam à seita judaica dos essênios (*), embora outros argumentem que eles poderiam ter pertencido a outras seitas, como os saduceus, fariseus, ou zelotes.
Os pergaminhos estavam guardados em vasos de barro. Lembrar que, no período em que foram escondidos, os militares romanos estavam especialmente ativos, tentando destruir os registros da cultura judaica e do nascente movimento cristão.

(*) Os essênios, que viviam em comunidades isoladas, tinham conceitos muito diferentes dos de outras seitas judaicas (saduceus, fariseus) sobre a Lei de Moisés. Preocupavam-se em especial com a purificação pessoal, eram geralmente celibatários e vestígios encontrados nas cavernas de Qumran indicam que se vestiam apenas com túnicas brancas e acessórios simples. Havia uma interpretação muito rígida da guarda do sábado, pois, segundo suas regras, até fazer as próprias necessidades fisiológicas consistia numa violação do sábado.

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