"Midnight in Paris"
Roteiro e direção: Woody Allen
País e ano: Espanha/EUA, 2011
Gênero: comédia romântica
Status: em cartaz
Elenco: Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Michael Sheen, Carla Bruni-Sarkozy e outros
Hifenização: PG
Roteiro e direção: Woody Allen
País e ano: Espanha/EUA, 2011
Gênero: comédia romântica
Status: em cartaz
Elenco: Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Michael Sheen, Carla Bruni-Sarkozy e outros
Hifenização: PG
"Meia-noite em Paris" é o filme mais "cabeça" de Woody Allen e a cidade com seus pontos turísticos quase não aparece a não ser em clipes nos primeiros minutos iniciais ou em locações que são indicativos importantes para os personagens. Esse é um filme sobre a cultura de Paris e não sobre Paris; sua herança cultural, o que ela representa para a humanidade e o que ela pode fazer para mudar a visão das pessoas. É um mergulho intelectual no passado secular da milenar Lutetia Parisiorum, velha cidade-luz.
Um passeio onde se misturam ao mesmo tempo, presente, passado e futuro em uma viagem surrealista!
Justamente isso que é o filme: um passeio surrealista-cultural em Paris, em cenários sombrios, ocres e chuvosos, como a pintura francesa renascentista, com direito a escárnio sobre turistas endinheirados e pedantes que supostamente aprenderam sobre Paris em livros ou guias turísticos mas não a vivem nem viveram, que aproveitam o dia em piscinas de hotel ou visitas ao Monte San Michel.
Não assista ao filme se você não sabe quem foram ou não conhece a obra de: Hemingway, Gertrud Stein, Luis Buñuel, Scott Fitzgerald, e T.S. Elliot, entre outros. Não gosta de Cole Porter ou não aprecia a pintura de Degas, Matisse, Picasso, Dali e muitos outros. Eles estão lá e são personagens do filme.
Winston Graça, Saco de gato
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Post scriptum
O parágrafo final de "A minha Paris à meia-noite", belíssima crônica de Ignácio de Loyola Brandão:
"Este filme "Meia-noite em Paris" era para ter sido escrito por mim, que cultuei e me apaixonei por Paris desde as primeiras aulas de francês de mademoiselle Fanny, que nos obrigava a decorar Chateaubriand e Prévert, a ler Lamartine e Paul Valéry. Paris de René Clair e de Françoise Arnoul e Martine Carol, que mostravam os seios despudoradamente. Benfeito, não fiz o filme, fiquei bobeando, veio um nova-iorquino e colocou na tela tudo que a minha geração quis. Não fizemos, azar, outro fez. Ainda bem que fez direito e colocou nele Marion Cotillard, um êxtase. Falando nisso, o presidente francês está bem servido, a Carla Bruni é uma gracinha."
(repassada por Fernando Gurgel)
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