FHC e a não-arte de ser paiO comandante Rolim teve um filho fora do casamento. Informado, foi até a esposa, colocou um papel na sua frente dando procuração para que ficasse com todas as ações da TAM. E lhe disse:
- Tive um filho, vou assumir e quero que tenha todos os direitos dos nossos filhos. Se você não aceitar, pode ficar com todas as ações da TAM que eu vou recomeçar a vida.
O menino foi aceito. Temporão, foi a alegria dos últimos anos do comandante. Pelas informações, tornou-se um rapaz sério, responsável, empreendedor e amigo de seus irmãos.
Rolim era uma figura pública. De algum modo, o episódio poderia afetar a imagem da TAM, os investimentos, já que incluiria algum fator de instabilidade no núcleo de controle da companhia. Mas nem vacilou.
Essa história de que todo exercício de poder necessita de mesquinharias contra terceiros – até contra um filho! -, do exercício diuturno e obsessivo do personalismo é masturbação sociológica
No fundo – e, no futuro, será tema de bons estudos sobre FHC, quando a psicanálise se aproximar mais das ciências políticas -, o egocentrismo exacerbado cria uma insensibilidade ampla que impede ao candidato a Estadista entender o ponto central das mudanças de um país: a alma do seu povo.
Comentário de EntreMentes
O não pai, reconhecendo o filho dezoito anos após, acaba de ser pai. Durante esse tempo, o não-filho residiu em Portugal, Espanha e Inglaterra junto com a mãe, uma jornalista que tinha os salários pagos pela organização Globo. E ele, a partir de agora, pode se considerar filho de um candidato a "estadista", já que o pai é natural de um dos estados de nossa Federação.
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