03 julho, 2009

Zé Pinto

Francisco Magalhães Barbosa (1925-2004), escultor cearense, conhecido como Zé Pinto.
Iniciou-se nas artes plásticas somente aos cinquenta anos de idade, em 1975, criando composições a partir da soldagem entre si de peças de sucata, resultando daí figuras humanas ou de animais de grande singularidade: palhaços, “Carlitos”, cangaceiros, dançarinos, ferreiros etc. Enfim, uma variedade de tipos humanos (como esta escultura "Padre Cícero", do acervo da Casa do Ceará em Brasília) e de animais mais diversos, representados sempre de forma criativa e bem humorada. Com essas criações, Zé Pinto realizou mostras individuais e participou de várias mostras coletivas em que obteve premiações. Várias de suas esculturas, de grandes dimensões, permaneceram expostas nas décadas de 80 e 90 em via pública, no canteiro central da Avenida Bezerra de Menezes, defronte ao ateliê do artista, em Fortaleza (CE).

"Zepintismo"
Explorando os trocadilhos, Zé Pinto também gostava de criar frases espirituosas. Algumas delas se tornariam populares no Ceará.
"O humilde não tem hum mil de jeito nenhum.
O martelo prega religião?
Quem tem pouca fé não bebe café.
A mulher quando pede biscoito ela está querendo de novo?
Quem anda na linha o trem pega?
Pegar devia ser com os pés e não com as mãos.
A agulha falou para a linha: ô coisa comprida!"
Fonte: Revista ARSENAL de Literatura, novembro de 1980

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