O físico brasileiro César Lattes nasceu em 1924 na cidade de Curitiba . Em 1943, formou-se em Física pela USP e, no ano seguinte, iniciou suas pesquisas no continente europeu sob a orientação dos professores Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini.
Em 1947, trabalhando em raios cósmicos na Universidade de Bristol, Grã-Bretanha, com Cecil Powell e Giussepe Occhialini, descobriu uma partícula, o méson pi, de importância para o entendimento da estabilidade do núcleo atômico. No ano seguinte, colaborando com Eugene Gardner no ciclotron da Universidade da Califórnia, EUA, produziu artificialmente essa partícula.
De volta ao Brasil, em 1949, criou, junto com outros colegas, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas que logo se tornou um importante centro formador de cientistas. E sua influência pessoal foi preponderante na criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), ainda hoje o maior órgão financiador de pesquisas no país.
Em 1962, participou do grupo que fundou a Universidade Estadual de Campinas, em cujo Departamento de Física (um dos mais conceituados centros de ensino e pesquisa no país, atualmente) trabalhou até se aposentar em 1986.
O cientista César Lattes, ao falecer em 2005, havia já recebido inúmeras comendas e medalhas. No entanto, não foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física, o qual foi dado em 1950, pela descoberta do méson pi, a Cecil Powell. Apesar de ter sido Lattes o primeiro autor do histórico artigo da revista Nature que descreveu a descoberta da partícula. E a razão para esta aparente negligência é que, naquela época, a política do Comitê do Nobel era dar o premio para o líder do grupo de pesquisa, somente.
O CNPq, ao criar a sua base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciência e Tecnologia, designou-a de Plataforma Lattes em homenagem a este grande cientista brasileiro.
Ilustra o artigo a reprodução de um desenho que representa o pesquisador César Lattes, feito pelo cartunista Valber.
Um comentário:
Gran científico de origen italiano
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