11 dezembro, 2018

A busca de um esquivo planeta

Em janeiro de 2016, os astrônomos Konstantin Batygin e Mike Brown publicaram um artigo em que apresentavam a teoria de que deveria haver um nono planeta no sistema solar. Seria um planeta com um tamanho semelhante ao de Netuno, umas 10 vezes a massa da Terra e que percorre uma órbita enormemente ovalada de 10.000 a 20.000 anos.
Estaria a uma distância média 20 vezes maior do Sol que a de Netuno, atingindo um mínimo de 300 unidades astronômicas (UA) do Sol e um máximo de 1.000. Cada UA equivale a 150 milhões de quilômetros.
Mas, apesar desse estudo estar apoiado em dados e raciocínio consistentes, ninguém viu esse planeta até agora. Isto também não é surpreendente, porque além do fato de que o céu é muito grande, seu brilho pode ser até 25.000 vezes menor que o de Plutão, quando o planetaoculto está em sua órbita na parte mais distante do Sol.
No entanto, Batygin e Brown foram capazes de determinar que, atualmente, o planeta 9 deve estar em uma área do céu entre as constelações de Órion e Touro, e é lá que eles estão tentando localizá-lo. O problema é que, mesmo reduzindo o campo de busca à área do céu entre as duas constelações, a quantidade de céu sob investigação é ainda enorme. E telescópios, como o Hubble ou o Keck, não deram conta do tal desafio.
Sai o 9, entra o 9
Desde 2007, Batygin e Brown usam o telescópio Subaru, no Havaí, para tentar encontrar o planeta 9. Seria irônico que os autores do estudo sobre a existência do nono planeta fossem exatamente os seus descobridores. Mike Brown, um dos autores, foi também o descobridor de Eris, o planeta anão que fez Plutão perdeu o status de nono planeta do sistema solar.
[https://www.microsiervos.com/archivo/ciencia/complicada-busqueda-planeta-9.html]

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10/12/2018 - Em tempo
A NASA anunciou hoje (10) que a Voyager 2 ultrapassou a heliopausa, a última fronteira na qual os ventos solares do nosso Sol ainda têm algum efeito importante no espaço. Essa é a segunda vez na história da humanidade em que um objeto feito pela espécie humana cruzou essa fronteira. A primeira foi em 2012, quando a Voyager 1 concluiu o mesmo feito.
Dentro da heliosfera, os ventos solares da nossa estrela são praticamente onipresentes e impedem grande parte das partículas externas entrarem no nosso sistema. Mais distante do Sol, a influência desses ventos diminui e partículas subatômicas conhecidas como raios cósmicos começam a dominar o espaço.
A barreira entre a influência dos ventos solares e os raios cósmicos, a heliopausa, foi ultrapassada pela Voyager 2 no dia 5 de novembro. Contudo, por conta da distância da Terra, só foi possível confirmar essa marca mais recentemente considerado a demora nas comunicações.
As Sondas Voyager tiveram um importante papel em observar vários planetas mais distantes da Terra e, agora, partem para a fronteira do Sistema Solar. Apesar de terem atravessado a barreira da heliopausa, a última fronteira só deve ser alcançada em cerca de 300 anos.
Essa barreira é onde orbitam objetos como cometas e outros elementos cósmicos, chamada de “Nuvem Oort”. Para ultrapassar totalmente essa nuvem, as Voyager 1 e 2 levaria mais 30 mil anos. Estima-se, contudo, que os aparelhos estarão funcionais por apenas mais 10 anos.
As sondas também carregam discos dourados, criados pela NASA como mensagens da humanidade para outras possíveis cavilações extraterrestre decifrarem.
[https://www.tecmundo.com.br/ciencia/137020-voyager-2-segundo-objeto-humano-entrar-espaco-interestelar.htm]

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