Sobre Edward Curtis

Em 1892, Curtis conseguiu um empréstimo, usando como garantia uma pequena propriedade da família, e investiu seu dinheiro na participação em um estúdio fotográfico em Seattle. Dois anos mais tarde, após conquistar certa estabilidade financeira, Curtis casou-se e formou família. Logo tornou-se o mais importante fotógrafo de estúdio de Seattle, e esse sucesso proporcionou-lhe um nível até então desconhecido de liberdade financeira, o que lhe permitiu passar um tempo fora do estúdio para vivenciar seu amor pela natureza. Essa exploração levou-o ao encontro de pequenos bolsões de indígenas americanos que ainda mantinham alguns vestígios de seu estilo de vida tradicional.
Essas experiências induziram Curtis a iniciar, em 1906, uma empreitada que o absorveria pelos 24 anos seguintes. Esse projeto foi a criação de sua obra-prima, "The North American Indian" ("O Índio Norte-Americano"), uma coleção de livros feitos à mão com 20 volumes e 20 portfólios. Cada coleção continha mais de 2.200 fotografias originais, além de longos textos.Ele não somente fez dezenas de milhares de negativos em todo o oeste dos Estados Unidos e do Canadá, como também atuou como principal etnógrafo, captador de recursos, editor e administrador do projeto.
Embora "O Índio Norte-Americano" represente uma inestimável contribuição para o mundo das artes, da fotografia, da etnografia e da excelência em editoração, o projeto quase matou Curtis. Ele perdeu sua família, seu dinheiro e sua saúde. Por volta de 1930 era um homem falido. Viveu o resto da vida na obscuridade, até sua morte em 1952."
Christopher G. Cardozo
Curador
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