Sabes de uma coisa? Presentes são futilidades! Muitas vezes, são eles dados em total desacordo com as personalidades de quem os dá e os recebe. Noutras, apenas para preencher uma falsa necessidade que a sociedade de consumo criou. Então, ao invés de te oferecer um mimo cujo desfrute logo acaba, eis-me a te presentear com dinheiro. Sim, com dinheiro que é o modo de não me equivocar jamais.
O fato é que outra vez aniversarias, minha cara. Para a minha indizível felicidade (pois o que é a felicidade senão a soma desses momentos em que te procuro?). Ah, acima do bem e do mal, está o teu regaço amigo, onde encontro proteção contra a dissipação e a esbórnia. Sem que eu, na grande conta em que te tenho, haja um instante sequer chegado a teus limites.
Em ti deposito todas as minhas expectativas. Porque sei que serão depois confirmadas no saldo de nossa amizade. E tudo que te modifica me interessa. És leve, gentil, intimorata. És frasco - ouso fazer a presente comparação - a encerrar o mais ambicionado dos extratos. E, ainda, louvo a tua lealdade e correção, ó aplicada companheira destes tempos difíceis!
Feliz aniversário, minha caderneta de poupança.
Em ti deposito todas as minhas expectativas. Porque sei que serão depois confirmadas no saldo de nossa amizade. E tudo que te modifica me interessa. És leve, gentil, intimorata. És frasco - ouso fazer a presente comparação - a encerrar o mais ambicionado dos extratos. E, ainda, louvo a tua lealdade e correção, ó aplicada companheira destes tempos difíceis!
Feliz aniversário, minha caderneta de poupança.
PGCS
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