09 junho, 2025

Fitorremediação

Em locais que aconteceram acidentes nucleares (Chernobyl em 1986; Fukushima em 2011), girassóis são cultivados para que auxiliem na recuperação do ambiente degradado pela radioatividade.
Os girassóis têm algumas propriedades que os tornam ideais para esse trabalho de limpeza nuclear:
  • Crescem muito rápida e facilmente em quase qualquer lugar.
  • Armazenam a maior parte de sua biomassa em folhas e caules, de modo que o material radioativo absorvido pelas plantas pode ser descartado sem desenterrar suas raízes.
  • São tolerantes a níveis altos de poluentes, podendo acumulá-los em grandes quantidades em seus tecidos.
Essa técnica de usar plantas para limpar ambientes poluídos é chamada de fitorremediação.
O processo funciona porque os isótopos radioativos mimetizam os nutrientes que os girassóis absorvem naturalmente: o césio 137 se assemelha ao potássio, que as plantas precisam para a fotossíntese, e o estrôncio 90 passa pelo cálcio, que fornece suporte estrutural à planta.
A espécie de girassol Helianthus annuus L também remove outros metais tóxicos, como Cu ²⁺ , Cd ²⁺ , Ni ²⁺ , Pb ²⁺ e Zn ²⁺ , de soluções aquosas de forma eficaz. A Phytotech, uma empresa de fitorremediação de Nova Jersey, usou jangadas flutuantes de girassóis para limpar a água radioativa de Chernobyl. As raízes submersas do girassol retiraram tanto o césio 137 quanto o estrôncio 90 da água. Após esse processo os girassóis são descartados como lixo radioativo.
Fonte: Girassóis, limpadores de resíduos nucleares?

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