O físico norte-americano Leon Max Lederman (1922 - 2018) morreu nesta quarta-feira, 3, de complicações relacionadas a uma demência senil. Em vida, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física, em 1982, por sua pesquisa sobre neutrinos e se tornou um autor de sucesso depois de cunhar a expressão "partícula de Deus", que ainda é usada para descrever o bóson de Higgs. Mas, ultimamente, Lederman tinha retornado às manchetes por ter vendido a medalha de seu prêmio Nobel.
Apesar de uma carreira impressionante como acadêmico, pesquisador e divulgador científico, Lederman teve de vender a medalha da premiação para pagar as contas médicas referentes ao tratamento de sua demência. Em 2015, um comprador anônimo ficou com a medalha de ouro por 765 mil dólares. Agora, os obituários lembram a vida de Leon Lederman, mas também criticam o sistema de saúde dos Estados Unidos, o único país rico que não garante atenção médica a todos os seus cidadãos.
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Às vezes chamado de "Mel Brooks da física", o Dr. Lederman era conhecido por seu humor e estilo de palestra envolvente. ("Eu sou tão velho", disse ele quando ganhou o Nobel, "que me lembro de quando o Mar Morto estava apenas doente.") Ele trouxe uma faísca inovadora para a ciência a partir da Segunda Guerra Mundial, quando, como soldado, ajudou desenvolver o radar Doppler.
"Foi um golpe cruel quando fui pego em alta velocidade, anos depois, com uma arma de radar Doppler", disse o Dr. Lederman à revista Smithsonian, em 1993,"e o juiz não se importou quando eu expliquei que tinha ajudado a criar a coisa".
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