07 fevereiro, 2018

Um problema insolúvel "resolvido"

Um artista pobre é visitado por um viajante do tempo. O viajante é um crítico de arte que tinha visto no futuro o trabalho do artista e está convencido de que ele é um dos maiores pintores do seu tempo. Ao olhar para pinturas atuais do artista, o crítico percebe que o artista ainda não atingiu o auge de sua capacidade. Ele dá-lhe algumas reproduções de suas futuras obras e, em seguida, retorna para o futuro.
O artista passa o resto de sua vida copiando estas reproduções em tela, garantindo a sua reputação.
Qual é o problema aqui?
Kurt Gödel mostrou, em 1949, que a viagem no tempo pode ser fisicamente possível, e que não há nenhuma contradição em o crítico de arte chegar ao sótão do artista, dar-lhe as reproduções e, mais tarde, admirar as cópias do pintor - esse ciclo pode simplesmente existir no tecido do tempo.
"Ninguém duvida do valor estético das pinturas do artista, nem de que as reproduções do crítico refletem esse valor", escreve o filósofo Storrs McCall, em "An Insoluble Problem". Acrescentando que "o enigma reside ... em encontrar onde a criatividade artística entra na equação" e que "ao contrário dos 'tradicionais' paradoxos das viagens no tempo, este problema não tem solução".

Esperando ansiosamente a recompensa pela solução do enigma, Craig Bourne e Emily Caddick Bourne oferecem no artigo abaixo quatro respostas ao quebra-cabeça de McCall.
http://dx.doi.org/10.1590/0100-6045.2016.v39n4.ce

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