29 setembro, 2008

Microliteratura

A chamada microliteratura vem ganhando espaço (apesar de usá-lo tão pouco) nesses tempos tecnológicos. Associada, muitas vezes, às idéias do minimalismo.
Nela estão o microconto, o micropoema, o haikai e outras produções literárias assemelhadas.
No caso do microconto, costuma-se limitá-lo a um teto de 150 caracteres. A concisão, no entanto, não é a única característica do microconto. Este, mais do que mostrar, deve sugerir. Cabendo ao leitor a tarefa de preencher - com a imaginação - as "elipses narrativas" do microconto.
Estabelecer um limite de 150 caracteres permite, por exemplo, o microconto ser enviado como "torpedo" por um telefone celular, o que em si já evidencia a sua ligação com as novas tecnologias de informação e comunicação.
Uma variante do microconto é o nanoconto, do qual se exige um máximo de 50 letras. Como este, a seguir, escrito pelo guatemalteco Augusto Monterroso, que tem apenas 37 letras:


Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.

Publico-o acompanhado de minha microcrítica: gostei.

Desenho de Murilo Silva

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