Foi Sir Percival Pott, um notável clínico londrino do século XVIII, quem primeiro estabeleceu a associação entre a ocupação de limpador de chaminés e o câncer de pele do escroto. Em Londres, assim como em outras cidades, o ofício de limpador de chaminés era exercido preferencialmente por rapazes e adolescentes de constituição esbelta, os quais trabalhavam apenas com a “roupa de baixo” (calções da época), onde se acumulavam resíduos da combustão da lenha. Depois de alguns anos dessa prática, era comum o aparecimento do câncer do saco escrotal, região que ficava em contato mais direto com aqueles resíduos. Pela primeira vez se assinalou um risco profissional por exposição a um agente cancerígeno, graças à Percival Pott, por sua observação de transcendência ao associar o câncer de escroto com a profissão de limpador de chaminés.
Trecho extraído de Breve Histórico do Câncer Ocupacional, um dos 33 capítulos do recém-lançado livro Observatório Médico: Crônicas e Ensaios do Cotidiano, de autoria de Marcelo Gurgel, médico do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Trecho extraído de Breve Histórico do Câncer Ocupacional, um dos 33 capítulos do recém-lançado livro Observatório Médico: Crônicas e Ensaios do Cotidiano, de autoria de Marcelo Gurgel, médico do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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