03 fevereiro, 2025

Proteção da biodiversidade da Terra

Para evitar a 6ª extinção em massa, cientistas propõem proteger 1,2% da Terra.
Em um artigo revolucionário publicado recentemente na revista Frontiers in Science, um grupo de pesquisadores e conservacionistas ligados à ONG norte-americana Resolve, propõe uma solução inédita para proteger a biodiversidade existente na Terra, preservando uma área equivalente a 1,2% da superfície do planeta.
Com um custo factível e um cronograma realista, o plano define áreas que devem ser protegidas a tempo de evitar as extinções mais factuais e iminentes. Ao todo, são 16.825 locais atualmente desprotegidos, que abrigam espécies raras ou em risco de extinção, em 164 milhões de hectares de terreno.
O custo dessas milhares de "arcas de Noé" ecológicas ficaria em torno de US$ 169 bilhões (ou R$ 822 bilhões). A boa notícia é que 38% desses refúgios já estão anexos a áreas de conservação ambiental existentes, ou ficam a menos de 2,5 quilômetros delas. Esse fator será crucial para reduzir os custos de aquisição e gestão dos terrenos. Além disso, a maioria destes "hotpoints" estão concentrados em áreas tropicais, e se restringem a cinco países principais: Filipinas, Brasil, Indonésia, Madagascar e Colômbia.
Para os autores, preservar essas áreas críticas não tem a ver apenas com a proteção da fauna, mas é parte de uma estratégia maior para proteger o planeta. Isso porque as regiões futuramente resguardadas, principalmente as florestas, são na prática enormes sumidouros de carbono, que ajudarão a reduzir os gases de efeito estufa na atmosfera.
Extraído de: Tecmundo
N. do E.
Extinção em massa é um termo utilizado para caracterizar catástrofes naturais que têm a capacidade de eliminar cerca de 75% das espécies em pouco tempo.
As cinco extinções em massa anteriores :
- do Ordoviciano-Siluriano
- do Devoniano
- do Permiano-Triássico
- do Triássico-Jurássico
- do Cretáceo-Paleogeno.
O novo evento é chamado de extinção do Antropoceno e é a única extinção em massa causada por seres humanos. Destruição de habitat naturais, poluição e agricultura desenfreada são apenas alguns dos fatores que contribuem para a próxima extinção.

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