Um ode à meticulosidade oriental.
Jaime Nogueira
Este ano o prêmio Good Design Award foi para um mapa do mundo. Mas o mapa do mundo tem sido o mesmo (ou quase o mesmo) há centenas de anos. Então, o que há de tão especial com este mapa?
Para começar, falemos do arquiteto e artista gráfico Hajime Narukawa, residente em Tóquio, que tem uma antiga pendência com o mapa stual. Narukawa não concorda com o mapa de Mercator, e tem trabalhado durante anos para consertá-lo.
Em 1569, o geógrafo Gerardus Mercator criou o seu mapa do mundo. Até hoje, é a imagem que geralmente temos deste planeta. Mas apresenta grandes falhas, na medida que distorce drasticamente, por exemplo, os tamanhos da Antártida e da Groenlândia.
Então, Narukawa desenvolveu um método de projeção do mapa chamado AuthaGraph (e fundou uma empresa de mesmo nome em 2009), que visa à criação de mapas que representam todas as massas de terra e mares com a maior precisão possível. Ele assinala que, no passado, o seu mapa, provavelmente, não seria tão relevante. Até recentemente, os interesses das nações tinham ênfase nas relações Leste-Oeste. Mas, com questões como as alterações climáticas, o derretimento de geleiras na Groenlândia e as reivindicações de mar territorial, chegou a hora de estabelecer uma nova visão do mundo: uma que atenda igualmente aos interesses de todos os países do planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário