28 janeiro, 2012

A grávida de Taubaté

Fernando Gurgel Filho
Fantasia por fantasia, prefiro acreditar na velhinha de Taubaté, criação do Luis Fernando Veríssimo, do que na gravidez de quadrigêmeos da sua conterrânea. Nesta nem a velhinha acredita.
Mas o caso pode assumir contornos indesejáveis, com a possibilidade de acontecer com o marido da grávida de Taubaté o mesmo que aconteceu na piada de um outro marido cuja gravidez da esposa era falsa. Ou psicológica, o que dá no mesmo.
Na piada, o marido começa a dar tiro para todo o lado porque o pessoal na cidade passou a chamá-lo de "pai do vento".
Depois de muita confusão, o delegado da cidade, prendeu-o e passou algumas horas tentando mostrar ao "pai do vento" que ele não devia se importar com aquilo, que ele devia ignorar e que assim as pessoas esqueceriam o ocorrido.
No dia de soltá-lo ainda perguntou, esperando pela reação do preso:
- Como está o nosso famoso "pai do vento"?
- Não se preocupe, seu delegado, isso não me atinge mais.
No dia seguinte o "pai do vento" estava preso por homicídio:
- Não entendo, o senhor não afirmou que não se importava mais de as pessoas chamarem-lhe de "pai do vento"?
- E não me importo mesmo! Mas pedir para eu encher pneu de bicicleta com o meu bilau, não dá, né?

N. do E.
O texto foi escrito antes da divulgação de ser falsa a gravidez da pedagoga de Taubaté. O desfecho que, aliás, todos esperávamos que fosse acontecer.

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