14 fevereiro, 2025

Cacá Diegues (1940 - 2025)

Nascido em 19 de maio de 1940, em Maceió, Carlos José Fontes Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo. Esteve exilado na Itália e depois na França, após a promulgação do AI-5, em 1969, durante o regime militar.
Ao longo da carreira de cineasta, Cacá Diegues fez mais de 20 filmes de longa-metragem. Entre os mais premiados estão "Xica da Silva" (1976), "Bye Bye Brasil" (1980), "Veja esta canção" (1994) e "Tieta do Agreste" (1995).
Também são filmes dele: "Ganga Zumba" (1964), "Quando o carnaval chegar" (1972), "Joanna Francesa" (1973), "Chuvas de verão" (1978), "Quilombo" (1984), "Um trem para as estrelas" (1987), "Orfeu" (1999), "Deus é brasileiro" (2003), "O maior amor do mundo" (2005) e "O grande circo místico" (2018), inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.
E deixou também, em fase de finalização, o longa "Deus ainda é brasileiro", com o ator Antônio Fagundes.
Além dos filmes, Cacá também se dedicou aos livros e publicou "Ideias e Imagens", em 1988; e "Vida de Cinema", com mais de 600 páginas sobre o Cinema Novo; e "Todo Domingo", uma coletânea de textos publicados por ele semanalmente no jornal O Globo, entre outras obras.
Em 2018, ele foi eleito para ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que pertenceu ao também cineasta Nelson Pereira dos Santos.
Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 84 anos, em decorrência de complicações de uma cirurgia na próstata.

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