
Eis a experiência - inesquecível - vivida pelo terceiro de quatro eleitos que aqui deram seus testemunhos.
Juvenal, 56, leitor inveterado - "Bem, eu sou agnóstico. Mas um dia deus dormiu lá em casa. Na pessoa de um vendedor de enciclopédia que bateu à minha porta, com a proposta de vender uma coleção por um plano especial. Não tem ninguém mais bibliomaníaco que eu, mas, ultimamente, eu vinha me privando do hábito. Sem dinheiro para comprar livros e, por vezes, até o jornal. Os tempos bicudos... Aí, eu disse ao vendedor que desculpe mas não dá... Ele até não insistiu muito. E desabafou que fizera uma rota enorme, achava-se naquele momento longe de casa... Já era noite, e eu entendi aquela conversa mole como um pedido de hospedagem. Então, mandei que ele arriasse os livros num canto da sala, e mostrei-lhe o quarto onde ele podia descansar o corpo afadigado. E, noite adentro, enquanto ele ressonava, fiz meu serviço esperto na enciclopédia. Bendita a hora em que fiz meu curso de leitura dinâmica! De modo que, quando o homem despertou pela manhã, eu já estava no verbete 'zwinglianismo'. Depois disso, voltei à realidade só que mais instruído."
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