15 fevereiro, 2008

Mosca na sopa

Comecemos por aquilo que contém a mosca, isto é, a sopa. A qual já se encontra bem na sua frente, servida em prato fundo. Apenas aguardando que você - com a fome dos diabos em que se acha - meta logo a colher. Hum... tem cheiro agradável, parece apetitosa e há tentadores pãezinhos na mesa para o acompanhamento. Comme il faut, diria o cronista mundano. E assim poderemos saltar a etapa em que você teria gritado:
- Garçom, o meu prato está molhado.
E ele:
- É a sopa.
Sim , você já se encontra depois do equívoco em questão. Quando já está prestes a sorver a primeira colherada de uma refeição que consagrou o Zarur. Mas aí... de um modo absolutamente frustante, você constata: uma mosca na sopa! Uma hórrida mosca que só Deus sabe dos monturos e de outros locais abjetos por onde andara (o inseto, bem entendido). Até que, num adejo não bem calculado, acabou sendo - como disse o Raulzito - a mosca que pousou na sua sopa. Nojo, asco, repulsa... Pensar que você jamais entra num frege-moscas, que só vai a restaurante limpo, bem administrado e com chêf (a quem manda recomendações ao se retirar satisfeito).
Então, diante do desagradável incidente, agora é chamar o...
- Garçom.

Ilustração: charge de Bello na Tribuna de Minas.

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