10 setembro, 2009

O caixão de Procusto

Uma funerária de nome Cave, em Columbia, no estado da Carolina do Sul (EUA), foi recentemente fechada por uma decisão da Justiça.
O motivo
Há cinco anos, um de seus funcionários havia cortado as pernas do cadáver de James Hines (na imagem), que media 2,01 metros, para adaptá-lo ao tamanho do caixão.


O leito de Procusto
Em sua casa, Procusto (uma figura da mitologia grega) tinha uma cama de ferro, em seu exato tamanho, para a qual convidava todos os hóspedes a se deitarem. Se fossem altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama; se fossem baixos, eram por ele esticados até atingirem o comprimento suficiente. Ninguém sobrevivia, pois nunca uma vítima se ajustava exatamente ao tamanho do leito de Procusto.
O seu reinado de terror somente terminou ao ser ele capturado por Teseu. O qual, em sua cama, após prender Procusto, cortou-lhe a cabeça e os pés, aplicando-lhe assim o mesmo suplício que ele costumava infligir a seus hóspedes.
Procusto é também um símbolo para representar a intolerância do homem em relação a seu semelhante.

Um comentário:

Ynot Nosirrah disse...

Boa reflexão. São os irmãos Gurgel sempre aproveitando as notícias do cotidiano para refletir.
Falando sério, há alguns dias comentei aqui que muitos médicos não querem mais trabalhar de jaleco, mesmo em ambiente refrigerado, não foi? Essa parte do ambiente refrigerado estou dizendo agora. Disse também que nunca vi um médico psiquiatra usar jaleco, não foi? Digamos que seja meia verdade. Lembrei-me que dr. Antônio Mourão ainda usa jaleco.