26 janeiro, 2020

Que barbeiragem foi essa?

Fernando Gurgel
Uma historinha contada pelo meu irmão:
Meu amigo calhorda estava de malas prontas para uma viagem de sonhos à Roma. Iria à Capela Sistina, veria o Papa Francisco, depois Florença, Milão, Lago Como e mil outros lugares turísticos interessantes.
Antes da viagem, foi à barbearia onde cortava o cabelo há anos. O barbeiro, seu amigo, não gostava nada da Itália e, usando a intimidade que tinham, começou a desancar o passeio tão esperado do amigo:
- Fui duas vezes à Itália. Pura enganação. Filas enormes para ver pouca coisa, uma multidão de gente naquela praça São Pedro, povo mal humorado,
as pizzas daqui são muito melhores... Em suma, é muita ruína pra pouco tempo de ver tudo. Detestei.
Meu amigo calhorda, aborrecido com a conversa, não falou necas de pitibiribas.
Ao voltar da viagem, depois de algum tempo, voltou à barbearia para um novo corte de cabelo. O barbeiro fez a pergunta de praxe:
- E aí, compadre, como foi na Itália?
- Rapaz, nem te conto. Fui a uma missa rezada pelo Papa Francisco e ele passou assim bem pertinho de mim. Me olhou com um olhar de estranhamento, parou ao meu lado e cochichou no meu ouvido: "Meu irmão, que cabelinho mais mal cortado é esse? No Brasil não tem barbeiro, não?"
E caiu na gargalhada.



N. do E.
Tratar os clientes com gentileza e cortesia, evitando ceder à tentação da fofoca: este foi o conselho do Papa Francisco, ao receber em audiência (29/04/2019) os cabeleireiros, barbeiros e esteticistas pertencentes ao Comitê São Martinho de Porres. O santo peruano Martinho de Porres (retrato), que tem como atributos um cachorro, um gato, um pássaro e um rato comendo juntos no mesmo prato, foi proclamado em 1966 padroeiro destas categorias de trabalhadores.
Fonte: Vatican News

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