31 julho, 2011

A primeira noite em Paris

A respeito do texto A síndrome de Paris, ocorreu-me a lembrança de um ótimo texto escrito por um colega do Banco Central, aí de Fortaleza. Aliás, todos os textos da autoria dele são excelentes. O nome do colega é Antonio Coelho Bezerra de Farias Filho. Consultei-o e ele autorizou a publicação. 
Fernando Gurgel Filho, de Brasília

A primeira noite em Paris
Antonio Coelho Bezerra de Farias Filho
A primeira noite em Paris a gente nunca esquece. Lembro-me bem, foi no dia 2 de agosto de 1985, uma sexta-feira. Mas até chegar aquela sexta, houve outras sextas de muita ansiedade. Naquela época não era tão fácil viajar quanto é hoje. Não havia internet para fazer reservas de hotéis com antecedência, não havia e-mail para resolver pendências durante a viagem e, principalmente, não havia cartão de crédito para esticar o orçamento numa emergência. De parecido, somente o preço da passagem: mil dólares, há 26 anos.
Eu nunca tinha saído do Nordeste, nunca tinha andado de metrô e mal sabia conjugar o verbo to be. O cenário era cinza. Mas a vontade de viajar era tanta que eu só enxergava azul, vermelho e branco. A primeira providência foi comprar um livro das edições de ouro, “Aprenda francês em 30 dias”. Como só havia três semanas até a viagem, priorizei três seções: “no aeroporto”, “na estação de trem” e “na padaria”. Deixei de lado “no restaurante” e “no hotel”. A verba era muito curta, a conta não fecharia, eu não poderia ir a restaurantes nem me hospedar em hotéis.
O plano era ficar vários meses na Europa, até o dinheiro acabar ou o frio chegar, o que ocorresse primeiro. Naquelas circunstâncias, ainda mais, as duas necessidades básicas de um nordestino em terra estrangeira eram comer e dormir. Comer não me preocupava muito, bastaria escolher uma das duas opções: almoço ou jantar. Um bom café da manhã eliminaria o almoço. Em dias em que não houvesse hospedagem, o café não estivesse já no preço, seria o almoço a principal refeição do dia. Dado o aperto no orçamento, não poderia me hospedar todos os dias nem mesmo em albergues. Teria de alternar: noites em albergues, noites em estações de trem. Sim, tinha ouvido dizer que era muito comum mochileiros dormirem nas estações. Um dos problemas é que eu não me enquadrava nem mesmo na categoria dos mochileiros. Mas só fui descobrir isso lá. Um mochileiro, por definição, usa mochila. Não levei uma mochila nem propriamente uma mala. Levei uma espécie de sacola grande com duas alças. Duas pessoas a carregariam melhor. Tive ajuda logo no primeiro dia, vocês verão.
Um amigo, ao saber do meu plano, tentou me convencer a desistir dele. Vendo que não iria ter êxito, restou-lhe tentar me ajudar de outra forma. “Tenho uma amiga, casada com um francês, que mora em Paris. Ela é gente boa”, disse ele. Pensei: resolvido o problema da hospedagem. Havia outro problema a ser resolvido antes de partir, um doméstico: como explicar aos meus pais que eu iria viajar à França com pouco dinheiro, sem nunca ter saído do Nordeste, sem saber falar quase nada. Mas antes de contar o plano, comprei a passagem. Do contrário, correria o risco de eles me convencerem a desistir da viagem. “Mãe, a senhora não se preocupe. Tenho um amigo que tem uma amiga casada com um francês. Eles moram em Paris. Meu amigo já telefonou para eles. Vou ficar hospedado lá. É só nos primeiros dias. Depois, fico em hotéis. É tranquilo”. Ela virou-se para o meu pai e disse: “Antonio, convença esse menino a desistir disso, tá vendo que não vai dar certo?!”. Meu pai também não aprovava a ideia, mas ele não queria admitir: “Lenita, deixa o menino ir, vai ser bom pra ele, sair de casa, aprender”, disse meu pai, sem convicção.
Passou-se outra sexta-feira de muita ansiedade e chegou o dia do voo Air France Recife-Paris. Naquela época, tudo só se resolvia por Recife. Hoje, os portugueses da TAP trouxeram a ponte aérea Fortaleza-Lisboa; e os espanhóis da Ibéria, a ponte aérea Fortaleza-Madri. A expectativa era grande na chegada ao aeroporto Charles de Gaulle. Afinal, eu estava desempregado, levava pouco dinheiro e não tinha reserva de hotel, apenas o endereço da brasileira. Houvesse um Sarkozy em 1985 e eu teria sido deportado no primeiro voo. Mas o presidente era François Mitterrand, que nem exigia visto dos brasileiros. Grande Mitterrand. Seu representante na alfândega carimbou meu passaporte sem puxar conversa. Ainda bem. Logo no aeroporto, o livro “Aprenda francês em 30 dias” não surtia o efeito desejado. Eu tinha decorado umas frases; o problema era a pronúncia, que não se encaixava direito.
Como não sabia andar de metrô, fui de ônibus até o centro da cidade luz. De lá, consegui chegar a uma praça que ficava perto do apartamento da amiga do amigo, a brasileira casada com o francês. Eu carregava com dificuldade o sacolão e, na mão esquerda, levava o endereço da minha primeira hospedagem. Por sorte, a colônia portuguesa em Paris era grande nos anos 80. Um senhor veio me ajudar, um português. Ele me levou até o apartamento do casal e tocou o interfone. A brasileira atendeu, disse “pode subir”. No elevador, havia uma senhora com um cachorro. Ela não foi muito simpática. Pelo tamanho do sacolão, deve ter pensado “veio para ficar, é mais um imigrante”.
A brasileira, um pouco desconcertada, me recebeu bem. “Meu marido está no trabalho, vai demorar um pouco”, explicou. Ela tinha saudades do Brasil. Conversamos, contei as novidades. Era o governo Sarney, o assunto foi inflação. Enquanto o marido não chegava, aproveitei e pedi uma aula de como andar de metrô. Horas depois, já tarde, chegou o marido. Era bem mais velho do que ela. Começaram a conversar e, embora eu não entendesse quase nada do que diziam, percebia que o francês não via com muita simpatia a ideia de eu me hospedar lá por uns dias. Vá lá, que fosse uma noite apenas, a mais difícil de todas, a primeira e já estaria de bom tamanho.
Ela traduziu para mim: “Olha, não vai dar certo você dormir aqui, é agosto, um cunhado vem passar férias com a gente. Mas meu marido vai lhe indicar um hotel bom e barato”. O plano B era um albergue; e o C, uma estação de trem. Mudei de assunto: “Estou pensando em conhecer também Bruxelas, fica perto, queria visitar o principal ponto turístico de lá, a estátua do menino fazendo xixi, o Manneken Pis”. O francês emendou: “O trem sai da Gare du Nord. Levo você até a estação de metrô mais próxima”. Depois explicou que o bom de Bruxelas era mesmo só a Grand Place. Não deu tempo para mais nada. Ele foi logo pegando numa das alças do sacolão. “Vamos, antes que fique mais tarde”, apressou. No trajeto até a entrada da estação do metrô, ele segurava numa alça; e eu, na outra. Não houve diálogo. Nem poderia. Apontou para a boca do metrô e lá me deixou.
Já era noite quando cheguei à estação de trem. Procurei os mochileiros, queria me juntar com eles. Alguns já se preparavam para dormir na estação. Fui ficando. Amanhã procuro um albergue, pensei. A conversa parecia animada. No grupo, entre outros, havia uma moça da Dinamarca, um rapaz da Suécia, uma belga e um espanhol. Na verdade, ele não se considerava espanhol, era da Catalunha. Fui então apresentado ao sleeping bag. Pois é, todos usavam um saco de dormir. Eu tinha levado um colchonete com um lençol. E vocês precisavam ver o tamanho da pochete. Tudo ia bem até por volta das duas da manhã. Quando já estávamos acomodados, dormindo, chegaram uns seguranças da estação. Disseram que a gente não poderia dormir lá dentro. O jeito foi sair. E fui seguindo o grupo. O albergue iria ficar mesmo para a noite seguinte. Todos se deitaram na calçada, em frente à estação Gare du Nord. E lá dormimos. Pelo menos, tentamos.
De manhã bem cedo, com o sol no rosto, me despedi dos mochileiros e fui à padaria mais próxima. Depois do croissant, procurei um telefone, precisava ligar para minha mãe e contar como tinha sido minha primeira noite em Paris. Não tinha dormido bem, por óbvio, mas se eu contasse como tinha sido aquela noite, quem passaria a não dormir bem seria ela.
– A senhora se lembra do apartamento da amiga do amigo, a brasileira casada com o francês? Não quis incomodar o pessoal, achei melhor dormir num hotel.
– Meu filho, a viagem foi boa? Você dormiu bem ontem?
– Sim, muito bem. O hotel é perto da Torre Eiffel. Da janela do quarto, dá pra ver a torre. À noite, toda iluminada, ela fica muito bonita.
– Não deixe de mandar notícias!
– Fique tranquila, não se preocupe. Vou mandar um postal da torre. Um beijo na senhora e no pai.
Ainda pensei em dizer que eu tinha me hospedado no Ritz, mas ela não iria acreditar.

Mulheres gozando

Tipos
Positiva - Sim! Sim! Sim!
Negativa - Não! Não! Não!
Geográfica - Aqui, aqui, aqui, aqui...
Matemática - Mais, mais, mais, mais...
Religiosa - Ai meu Santo, ai meu Santo...
Suicida - Eu vou morrer, eu vou morrer...
Homicida - Eu te mato, eu te mato...
Sorveteira - Ai Kibon, ai Kibon, ai Kibon...
Zootecnista - Vem, meu macho!!! Vem, meu macho!!!
Torcedora de Futebol - Vaaaai, entra com bola e tudoooooo!!!
Tipo mulher do Rubens Barrichelo? - Não para! Não para! Não para!
Ambiciosa - Eu quero tudo!!! Me dá tudo!!!
Margarina - Que Delícia, que Delícia...
Pornográfica - PQP! Vai, FDP!
Professora - Sim! Isso! Por aí! Agora! Exato! Isso!
Sensitiva - Tô sentindo, tô sentindo...
Desinformada - O que é isso? O que é isso?
Analista de Sistemas: OK.
Flanelinha - Vem! Vem! Vem! Aíííí!.. Agora, para.
Psicóloga - Freud! Freud! Freud mais?

O presente tema foi escolhido por ser hoje (31 de julho) o Dia Internacional do Orgasmo. Esta data foi criada há seis anos por sex shops inglesas, depois que uma pesquisa constatou que... 80 por cento das mulheres inglesas nunca haviam sentido um orgasmo.
Como domingo é dia de vídeo no blog, o vídeo de hoje insere-se no clima de comemoração da data. É matar dois coelhos com um só cacetada.

Orgasmo na moto

30 julho, 2011

xirtaM

Matrix ao contrário...
É a história de como Keanu Reeves deixa as drogas para conseguir um emprego estável em uma empresa.

+ sinopses de filmes que você pode ver ao contrário em Películas al revés.

"Deus lhe pague"

Um homem foi levado em situação de emergência a um hospital administrado por freiras, onde foi operado do coração.
Depois da operação, ao despertar uma freira o abordou.
- Sr. Plínio, a operação foi um sucesso. Mas precisamos saber como pensa em pagar a conta do hospital. O senhor tem seguro médico?
- Não.
- Pode pagar, então?
- Acho que não, irmã.
- Mas... tem parentes próximos?
- Só uma irmã, que é solteira e sem ganhos, pois é também uma freira...
- Ora, nós, as freiras não somos solteiras. Estamos casadas com Deus.
- Ótimo. Por favor,envie a conta a meu cunhado.
Foi assim que surgiu a expressão "Deus lhe pague".
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Post scriptum
Dicas de blogs são sempre interessantes para nossos internautas. O blog "Entrementes" do médico cearense Paulo Gurgel é um dos mais acessados por nós. É que, além de criativo, traz textos preciosos que são verdadeiros achados. Neste sábado (30/07), ele conta como surgiu a expressão "Deus lhe pague".
Nonato Albuquerque, Gente de Mídia


Deus lhe pague, meu caro Nonato. Mas não do jeito que deu origem à expressão.
PG

29 julho, 2011

Os prós e contras dos prós e contras

Os prós
1 - Você pode dividir um assunto em prós e contras como forma de antecipar os resultados de uma decisão.
2 - É mais fácil entender um assunto complexo através de uma visão comparativa dos fatores que o influenciam.
3 - Comparar fatores positivos e negativos estimula o debate, do qual pode resultar a melhor tomada de decisão.
4 - Outros podem ajudá-lo na elaboração de uma lista de prós e contras, com a inclusão de fatores que você ainda não havia levado em consideração.
Os contras
1 - O instinto é superior à razão.
2 - Se os prós e os contras se equivalem a lista pode acabar inútil.
3 - Uma vez concluída essa lista, já passou a oportunidade de tomar a decisão.

Citações de Mae West

  • Você sabe, para deixar uma pessoa encrencada são necessárias duas.
  • Entre dois males, escolho sempre o que ainda não experimentei.
  • Quando sou boa, sou ótima, mas quando sou má, sou melhor ainda.
  • Quando as mulheres erram, os homens vão atrás.
  • Homens são todos parecidos, exceto aquele que você encontrou  — que é diferente!
  • Obrigada, adorei cada centímetro.

Mary Jane West (1893-1980)
Atriz e escritora norte-americana com grande popularidade nos anos 1920 e 1930. Sua forma de representar e seus textos eram por demais desafiadores para a sociedade puritana da época. Faziam sucesso, mas eram boicotados pela grande imprensa. Uma de suas peças, "Sex", foi retirada de cartaz e lhe rendeu uma condenação a oito dias de prisão por "corromper a juventude".

Em 1972, ouvi um oficial da Brigada Paraquedista, no Rio de Janeiro, dizer que estava a acontecer um "Mae West". Num salto em que o paraquedas acidentalmente se dividira em dois, pela interposição de uma de suas cordas, e ficara ao descer com a aparência de um imenso sutiã. Uma das características físicas de Mae West era o seu busto avantajado. PGCS

Poderá também gostar de ler
O orgasmo feminino.

Post scriptum
"Citações de Mae West" foi republicada no Luis Nassif Online, em 31/07/2011 - 10:03.

28 julho, 2011

Do Caburaí ao Chuí

Conhecendo ou não o fato, creio que nada vai alterar na vida de ninguém. Apenas alguns neurônios vão dar um tempo até se acostumar com a idéia.
Porque, segundo medições feitas em 1998, o ponto mais setentrional do Brasil não é o Rio Oiapoque, no Amapá, como se pensava e estudava até há pouco tempo.
O ponto mais setentrional do Brasil fica no Monte Caburaí, em Roraima. Um erro de "apenas" 84,5 km!
Então, meus prezados e prezadas, nada de falar mais - muito menos ensinar - que o Brasil vai "do Oiapoque ao Chuí".
O litoral brasileiro, realmente, se estende "do Oiapoque ao Chuí".
Porém, medido de norte a sul, o Brasil vai "do Caburaí ao Chuí". Com rima e tudo.

Fernando Gurgel Filho
N. do E.
Essa reforma ortográfica geográfica foi péssima, Fernando. Significa dizer que eu induzi meus leitores ao erro, ao escrever a expressão "do Oiapoque à Marilena Chaui", na entrevista que fiz de Jorge George, um cearense de escol. Espero, pelo menos, que "o ponto mais oriental do Brasil e do continente americano" continue na praia de Cabo Branco, em João Pessoa. Não quero perder a glória de um dia ter traçado uns camarões com cerveja por lá e agora ficar sabendo de que festejei em vão. PG

A síndrome de Paris

Ah, Paris, a Cidade Luz! Todo ano, mais de 45 milhões de pessoas visitam a cidade, mas cerca de 1 milhão desses turistas deslumbrados (principalmente japoneses) adoecem daquilo que foi apelidado de síndrome de Paris.
O que poderia causar o tão estranho efeito?
Dan Lewis, da Now I Know explica:
"A síndrome de Paris é caracterizada por um conjunto de perturbações psíquicas sofridas pelo visitante, incluindo muitas vezes sintomas orgânicos, tais como tonturas, aumento da frequência cardíaca e suores. Casos extremos vêm com uma sensação de perseguição e até alucinações. E a maioria dos afetados são japoneses.
A causa? Mais provável é que ela seja uma mistura de vários fatores: o jet lag de uma viagem longa; a euforia (semelhante à síndrome de Stendhal) de estar a tirar as grandes férias da vida; a barreira da língua; e, mais criticamente, o choque cultural."
Como a BBC observou em uma discussão sobre a síndrome:
"Os visitantes vêm com uma visão profundamente romântica de Paris e a realidade pode transformá-la em choque. Um encontro com um motorista de táxi grosseiro ou um garçom parisiense que grita para os clientes que não sabem falar francês, dentre outras situações, podem ser tolerados por pessoas de outras culturas do Ocidente. Mas, para os japoneses, acostumados a serem educados e prestativos e que vivem numa sociedade em que as vozes raramente são alteadas, essas experiências na cidade de seus sonhos podem ser desastrosas." 

27 julho, 2011

Jornal do PARQUE

Tendo por objetivo ser um veículo de expressão dos moradores e profissionais da região que abrange os bairros do Cocó (onde se situa o Parque Ecológico do Cocó), Papicu, Dunas e Guararapes, (*) acaba de ser lançado o Jornal do PARQUE.
Feito numa linguagem simples e acessível, abordando questões de interesse dos moradores da região, como segurança e trânsito, além de questões relativas à saúde e à qualidade de vida, o Jornal do PARQUE também divulgará atividades artísticas e culturais e estará atento à questão ecológica, incentivando a relação saudável do progresso da região com a defesa do meio ambiente.
A edição impressa do jornal, que nicialmente sai com uma tiragem de cinco mil exemplares, terá periodicidade mensal e o seu conteúdo poderá ser também acessado no site (em construção) do órgão.


(*) O morador da região pode receber gratuitamente o seu exemplar do JP, bastando enviar nome e endereço completo para o e-mail: jp@marciogalvao.com.br

À mão, não

O estado norte-americano de Indiana, seguindo uma tendência de mais de 40 estados do país, aboliu a exigência do ensino de letra cursiva em suas escolas. A nova norma recomenda aos professores não dar ênfase na aprendizagem da letra cursiva – escrita manuscrita em que as letras são arredondadas e ligadas umas às outras pelas pontas – e focar em outras habilidades, como a digitação de textos em teclados. Desse modo, os educadores norte-americanos conferem menos importância à prática de caligrafia, algo que sempre foi tradição no país. Na prática, a norma significa o desestímulo ao trabalho de uma das formas da escrita à mão – e mantém-se a exigência do ensino da letra de forma (também chamada de “imprensa”), o que acarreta na diminuição do tempo gasto com a aprendizagem da forma manuscrita. A medida adotada por Indiana é um reflexo do crescente peso das novas tecnologias na sala de aula. Os responsáveis por sua adoção creem que o uso cada vez mais frequente pelos alunos de computadores torna desnecessário que a criança concentre esforços na forma cursiva.


Ler a notícia completa em Carta Capital de 25 de julho de 2011.

Medicina digital. Slideshow

:-)

26 julho, 2011

Construção de ferrovia

Por que o mineiro gosta de trem?
A nova ferrovia entre Rio e São Paulo custará 50 bilhões de reais. Não seria mais inteligente comprar as máquinas que vocês vão ver agora? Ou produzi-las em maior número aqui mesmo no Brasil. Com 20 máquinas destas, ao final de 5 anos, o Brasil teria sua malha ferroviária multiplicada por quatro. Atualmente são 30 mil quilômetros. Haveria grande diminuição do custo de vida por barateamento do transporte. Redução de invalidez e de mortes por acidentes nas estradas. Limpeza do ar que respiramos porque as locomotivas podem ser elétricas. A manutenção de uma ferrovia é infinitamente mais barata do que a rodovia, sem se falar na segurança que oferece.
O Brasil desativou grandes trechos ferroviários, especialmente na minha região central de Minas. Quando vou de passeio pela nossa zona rural, deparo-me com grandes cortes e aterros tomados pela vegetação. São linhas ferroviárias antigas cujos trilhos e dormentes foram criminosamente vendidos como sucata. Trem e bonde eram considerados transportes ultrapassados, o moderno era a rodovia.
Moro ao lado da ferrovia Vitória Minas há 35 anos. São 90 trens por dia com 350 vagões cada um. Nào se escuta falar em acidente na linha, tal a sofisticação dos controles. A linha é de mão dupla e um trem não consegue se aproximar do outro na mesma linha. É detido automaticamente por controles duplicados. Uma maravilha tecnógica é sua central de monitoramento. O trem de passageiros entre Belo Horizonte e Vitória tem só 19 vagões e transporta 1.700 passageiros. Tivesse 350 vagões transportaria 31 mil pessoas, o que equivale ao transporte realizado por 626 ônibus em cada viagem. Há ainda trens que transportam o seu carro com a família dentro. Imaginem o conforto de chegar ao seu destino e sair dirigindo?
Vejam agora como se constrói uma ferrovia em tempo recorde e,quem sabe, com baixo custo. Não seria melhor para o Brasil investir em máquinas assim (*) e cancelar esta maluquice em alta velocidade. Para viajar com rapidez e custo infinitamente menor, já existe o avião. Para concluir: o trem é seguramente o meio de transporte mais econômico, confortável, seguro e durável.
Viva o TREM, uai!

(*) Máquinas que constroem 1,5 km de ferrovia por dia (em Israel). VÍDEO

Nelson Cunha, de João Monlevade - MG

N. do E.
Aqui a prova terminal de que, no Brasil, o mineiro é quem mais entende de trem.

Botas de 400 milímetros



O paulistano prevenido certamente não vai dispensar o uso de botas como estas (mostradas na imagem) quando for enfrentar a próxima enchente na cidade.
O que elas oferecem a mais?
Funcionam como pluviômetro.

25 julho, 2011

Nem todos odeiam o PowerPoint

Ela pensava que era apenas outra reunião de trabalho.
Mas ele tinha algo mais em mente...



Na sala de reuniões de uma agência de publicidade (Deutsch, Los Angeles), um dos funcionários pede a colega de trabalho em casamento, no meio de uma apresentação com o PowerPoint.

Uma ponte até certo ponto

Esta ponte (foto) liga a ilha da Zelândia (Dinamarca) à Suecia, através do estreito de Öresund. Com 7845 metros de comprimento, é a maior ponte rodoferroviária da Europa.
Foi uma solução criada pela engenharia contemporânea para não atrapalhar a movimentação local dos navios.
Inicia-se como ponte, num certo ponto mergulha para se transformar em túnel submarino (deixando acima o espaço necessário para a passagem dos navios), e adiante ressurge como ponte.
Concluída em 1999, a ponte-túnel foi considerada um marco histórico por possibilitar que, sete mil anos após a Idade do Gelo (quando a Dinamarca e a Suécia formavam um só território), estes dois países ficassem mais uma vez fisicamente unidos.

24 julho, 2011

Titina para os íntimos



A palavra mais longa em todos os idiomas é o nome químico de uma proteína. Ela tem 189.819 letras pela nomenclatura IUPAC, e você precisaria de 11 horas para pronunciá-la completamente a uma velocidade normal. Começa com Metionil... e termina em ...isoleucina, mas é conhecida também por Titina.

O xilofone-propaganda de um telefone

Kenjiro Matsuo e o xilofone que toca a Cantata 147 de Jesus Alegria dos Homens, de Bach.
O que disse a crítica:
É um japonês que usa madeira norte-americana para fazer um instrumento musical da América Latina que toca a música de um compositor alemão na propaganda de um telefone celular (feio) fabricado na China.
O resultado deste vídeo publicitário da Sharp é um show de criatividade, planejamento e GLOBALIZAÇÃO, digo eu.


Aqui está o vídeo do making-of.

23 julho, 2011

Bicicletas livres

  
por Fernando Gurgel Filho

Outro dia ouvi falar de um livro de ficção que descrevia uma cidade onde os carros não tinham dono. Os carros simplesmente ficavam parados onde o usuário o deixava e, se alguém precisasse, podia usá-lo livremente. Não sei quem era o responsável pela manutenção, conserto ou abastecimento, mas a idéia é original e bastante atraente.
Pouco depois, vi a notícia que a prefeitura de Paris inaugurou um sistema parecido. É um sistema de aluguel de bicicletas em pontos espalhados por toda a cidade. O ciclista aluga a bicicleta em um lugar e pode deixar em outro.
A prefeitura se encarrega de manter o número equilibrado em cada ponto, devolvendo as bicicletas para os lugares que porventura fiquem com déficit de bicicletas. E o usuário não precisa se preocupar pois, ao retornar, poderá alugar outra bicicleta e deixá-la no local de destino.
Parece que por lá as coisas têm funcionado. São mais de dez mil bicicletas rodando nas ruas de Paris e a prefeitura promete colocar mais dez mil nas ruas até o final do ano.
Não sei se por aqui a coisa funcionaria. Talvez fosse necessário repor umas mil por dia. Talvez a necessidade de controle tornasse o custo proibitivo, mas creio que é uma boa idéia.
A Universidade de Brasília parece que tentou fazer algo parecido, mas as bicicletas tinham uma estranha mania de sumir. Não se sabe se as bicicletas não gostaram dos alunos ou se os alunos gostaram demais das bicicletas e resolveram "adotá-las" para sempre. Fora do campus, claro.

Do editor para o colaborador:
A foto abaixo fornece alguma pista sobre o sumiço das bicicletas?


Postagens relacionadas:
Casamento ou bicicleta?, Um (b)elo achado, A Lua e as marés, Bicicultura, Bicicleta e automóvel e Novas frentes.

Contra trotes

Ao lado, eis a foto de um equipamento especialmente criado para eliminar os alarmes falsos de incêndios feitos por pessoas maldosas.
Não encontrei referências de tempo e lugar sobre esse equipamento. Mas o Bits and Pieces que divulga a "novidade" diz que essa caixa de chamada (call box) só permitia a realização de discagem com a mão do usuário aprisionada num compartimento. Obrigando o mesmo a esperar a chegada dos bombeiros - com a chave para libertá-lo - e com a mangueira para apagar o fogo (não necessariamente nesta ordem).
Não sei o motivo por que um equipamento assim tão prático não pegou. Teria sido por que "macaco velho não mete a mão em cumbuca"?

22 julho, 2011

Lacônicas

1
A história sobre o Dr. Abernethy e uma de suas pacientes é um clássico. Ele era um homem de poucas palavras e a paciente, uma senhora de meia idade, sabia disso.
Entrando em seu consultório, ela descobriu o braço e disse, simplesmente, "queimadura".
"Um emplastro", indicou-lhe o médico.
No dia seguinte, ela retornou, mostrou-lhe o braço e disse "melhor".
"Manter..."
Alguns dias se passaram até Dr. Abernethy vê-la outra vez. Então, ela disse:
"Ótimo. E seus honorários?"
"Nada", respondeu o médico, explodindo numa loquacidade incomum. "Você é a mulher mais sensata que eu já conheci em minha vida!"
William Walsh Shepard, Handy-Book of Literary Curiosities, 1892

2
Uma ordem religiosa incluía entre suas exigências o voto de silêncio. Um adepto só podia quebrá-lo uma vez a cada dez anos. Nessa ocasião, ele procurava o superior da congregação, dizia duas palavras e, em seguida, ficava calado por mais dez anos.
Um deles fez as quebras permitidas de silêncio, nas três vezes a que teve direito, com as seguintes palavras: "cama dura", "comida ruim" e "vou embora".
"Vá mesmo, você não se adaptou aqui nestes trinta anos", respondeu-lhe o superior.
Foi uma resposta meio longa para o padrão da ordem, reconheço, mas se tratava de se livrar de um espírito por demais rebelde.
PGCS

3 
Lacônico é o que é dito em poucas palavras, de forma breve, resumida, sintética. Homens de poucas palavras, quase taciturnos e algos rudes eram os antigos habitantes da Lacônia, parte do Peloponeso, de que Esparta era a capital. Diz-se, para exemplificar, que um ateniense enviado como arauto levou-lhes esta advertência: "Se chegarmos a essa cidade, nós a arrasaremos." E a resposta foi meramente esta: "Se..."
(apud Raimundo Magalhães Jr.)

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Paulo,
Semana passada operei uma menina de seis aninhos. Tinha um tumor de pálpebra e usei anestesia local porque a mãe garantiu que a garotinha iria colaborar.
Conversei minutos antes com a paciente mirim e me certifiquei de que se tratava de uma personalidade especial: tranquila, decidida e inteligente.
Acompanhe uma parte do diálogo.
- Doutor! Posso dizer pelo menos "ai" durante a operação?
- Claro que pode. Pode até chorar.
- Chorar, não choro.
Acredite que disse dois "ais" durante o período e nada mais. Nem uma lágrima, nem um movimento, nada, nada.
Está a caminho de se tornar a mulher ideal: calada e sem frescuras.
Nelson Cunha



A propósito, Nelson:
Os japoneses consegiram desenvolver um modelo de câmera fotográfica ultra-rápida. É uma máquina que consegue tirar a fotografia de uma mulher com a boca fechada.
PGCS

A Conduta CTA

O Professor Geraldo Gonçalves, regente da disciplina de Reumatologia da Faculdade de Medicina, era também o responsável pelo Ambulatório dessa especialidade, no Hospital das Clínicas da UFC.
Suas aulas práticas eram muito concorridas, mercê da sua competência e bem-querência, associada ao trato humanitário que dava aos sofridos pacientes que ali chegavam.
Em 1969, Paulo Gurgel, aluno do quarto ano, estreava nesse ambulatório, um serviço caracterizado pela agilidade no atendimento e pelo aprendizado propiciado a vários acadêmicos, simultaneamente, sob a direta orientação do Prof. Geraldo.
Certa vez, depois que o acadêmico Paulo fez a anamnese, o paciente foi examinado pelo professor, sob os olhares atentos dos seus alunos. Concluso o exame físico, o docente indaga ao estudante Paulo:
- Enfim, qual é a sua impressão diagnóstica?
- Penso que, de acordo com a história clínica e também com os achados do exame físico, esse senhor tem artrite reumatóide - respondeu Paulo.
- Parabéns! O seu diagnóstico está correto. Mas qual será a sua conduta nesse caso, meu rapaz?
- Acho que devo prescrever antiinflamatórios e corticóides - explica o estudante.
- Você está no rumo certo; porém, o mais apropriado é a "Conduta CTA" - estimula o professor.
- "Conduta CTA"? Desconheço tal conduta, mestre. É algo novo que ainda não está em nosso livro-texto?
- Isso não é teórico, meu filho; mas, uma questão prática, bem adequada à nossa realidade.
Nisso, o Prof. Geraldo Gonçalves levanta-se e vai até o armário para retirar algumas amostras para entregar ao paciente, e pontifica com toda a sua espirituosidade:
- "Conduta CTA" significa "Conforme Tenha no Armário".
Para bem guardar na lembrança, o querido mestre juntava as amostras grátis, recebidas dos propagandistas de remédios, que, com regularidade, o visitavam em sua clínica particular, para suprir o seu precioso armário do Ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas, os quais eram dispensados aos enfermos despossuídos. Não era ele um Robin Hood, tirando dos ricos para dar os pobres, mas, movidos por seus caros princípios da caridade cristã, guardava para distribuir com quem nada tinha, o que vinha às suas mãos, de graça e sem nenhum favor.

SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da - Contando causos: de médicos e de mestres. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011. p.28-29.

21 julho, 2011

Segura, peão!


Dois homens estão discutindo sobre suas posições sexuais preferidas.
Um deles diz que prefere a "de rodeio". E o outro pergunta:
- Como você faz isso?
- É fácil. Eu digo à minha esposa para ficar de quatro sobre a cama. Pelas tantas, quando ela já está realmente  gostando da coisa, eu sussurro no ouvido dela: "Sua irmã gosta dessa posição também."
- E então?
- Bem, daí para frente, eu tento não cair durante oito segundos.

Nomes perfeitos para médicos especialistas

:-)
Ana Lisa - Psicanalista
K. Godói - Proctologista
Sara Dores da Costa - Reumatologista
Jamil Jonas Costa - Urologista
Glauco Matoso - Oftalmologista
Ema Thomas - Traumatologista
Malta Aquino Pinto - Venereologista
Inácio Filho - Obstetra
Iná Lemos - Pneumologista

20 julho, 2011

O bônus e o ônus

Mineiros chilenos: Urzúa, Illanes e Segovia
(em recente entrevista coletiva)
O governo chileno, que faturou alto com os resultados da operação de resgate dos mineiros presos pelo desabamento de uma mina em Atacama, tem agora uma conta a acertar na justiça.
Um grupo de 31 mineiros, dos 33 que ficaram presos durante 69 dias no desabamento de uma mina no norte do Chile, entrou com uma ação contra o Estado por negligência, considerando que o mesmo não garantiu a segurança antes do acidente.

br.notícias.yahoo.com

Pegando o Redentor para Cristo

Um símbolo do cristianismo, o monumento Cristo Redentor tornou-se um dos ícones do Rio de Janeiro e do Brasil mais reconhecidos internacionalmente. No dia 7 de julho de 2007, em Lisboa, no Estádio da Luz, foi eleito como uma das novas sete maravilhas do mundo. O Guiness World Records, em sua versão de 2009, considera este monumento a maior estátua de Cristo.

19 julho, 2011

O contador de espirros

"Uma vez, eu estava contando meus espirros e fiquei perturbado, quando vi alguém espirrar e, a seguir, não olhar atentamente para o relógio, pegar o celular ou abrir o notebook para escrever algo. Testemunhando que as pessoas espirram e não anotam, fiquei inquieto e confuso: como elas estão perdendo seus espirros, deixando-os ir para o lixo?"
Peter Fletcher conta seus espirros e escreve sobre eles no site SNEEZECOUNT. Ele começou essa contagem a 12 de julho de 2007 e, no momento, ficamos todos sabendo que ele já espirrou 2.590 vezes.
Cada espirro tem sua própria postagem, incluindo data e hora, local em que aconteceu, intensidade e, quase sempre, algum comentário.

A propósito, contando os espirros deste blog:
Criar GIFs animados e Uma luz sobre um reflexo.

Paradas de ônibus

O site Crookedbrains fez uma seleção das 25 paradas de ônibus mais criativas do mundo. Uma delas (foto abaixo) encontra-se na cidade de São Paulo e divulga a Copa Mundial de Futebol.

Ver todas.
Itapiúna - CE

18 julho, 2011

Que é o amor?

O amor não libera a criança que existe dentro de você. O nome disso é cesariana. O amor é outra coisa.
O amor não faz você sentir-se especial. O nome disso é deficiência física. O amor é outra coisa.
O amor não faz você ouvir sinos enquanto beija. O nome disso é pegação atrás da igreja. O amor é outra coisa.
O amor não deixa você quente, nem leva você apra cama. O nome disso é dengue. O amor é outra coisa.
O amor não deixa você molinho e manhoso. O nome disso é cachaça. O amor é outra coisa.
O amor não te deixa temporariamente cego. O nome disso é spray de pimenta. O amor é outra coisa.
O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez. O amor é outra coisa.
O amor não faz você ouvir o próprio coração. O nome disso é estetoscópio. O amor é outra coisa.
O amor não faz você ficar simpático e amoroso de repente. O nome disso é Natal. O amor é outra coisa;
O amor não liberta. O nome disso é alvará de soltura. O amor é outra coisa.
O amor não faz você ver o mundo cor-de-rosa. O nome disso é veadagem. O amor é outra coisa.
O amor não faz você ver tudo com outros olhos. O nome disso é transplante. O amor é outra coisa.
O amor não faz você se sentir sempre acompanhado. O nome disso é encosto. O amor é outra coisa.
O amor não leva você por caminhos tortuosos, nem o assusta de vez em quando. O nome disso é trem fantasma. O amor é outra coisa.
O amor não faz você chorar sem motivos. O nome disso é cebola. O amor é outra coisa.
O amor não faz você perder a noção do tempo. O nome disso é horário de verão. O amor é outra coisa.
O amor não faz você se sentir em outro mundo. O nome disso é autismo. O amor é outra coisa.

Então, afinal, o que é o amor?

Boa pergunta!

Fonte: web (através de Fernando Gurgel)

Memória. A cassação de Vinicius

Ruy Castro, em seu festejado livro "Chega de saudade - a história e as histórias da Bossa Nova", relata como se deu o afastamento de Vinicius de Moraes da carreira diplomática.

"'Assunto: Vinicius de Moraes. Demita-se esse vagabundo.
Ass. Arthur da Costa e Silva. 
Com este grosseiro memorando ao chanceler Magalhães Pinto, o marechal-presidente decretou a saída do poeta do corpo diplomático em fins de 1968. Vinicius recebeu a notícia em alto-mar, a bordo da banheira de sua cabine no navio Eugênio C. Chorou convulsivamente, porque adorava o Itamarati, embora detestasse a burocracia do serviço público e nunca tivesse ligado para a carrière. Algum tempo antes, pedira para ser agregado, o que significava uma licença de dois anos, sem vencimentos e sem contar para a promoção, apenas para a aposentadoria. Na primeira oportunidade, ao promover uma caça aos 'alcóólatras, pederastas e subversivos' do Itamaraty, enquadraram-no vagamente nesta última categoria e mandaram-lhe o bilhete azul".
CASTRO, Ruy. Chega de saudade - a história e as histórias da Bossa Nova
São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p.408-409.

Carlos Castello Branco, em edições diferentes de sua coluna jornalística, no ano de 1990, publicou duas cartas - a primeira, de um missivista anônimo, amigo do poeta; a segunda, de Laetitia C. de Moraes Vasconcellos, irmã de Vinicius - que estão integralmente transcritas no site VINICIUS DE MORAES, seção Outros olhares, sob os títulos "Como Vinicius de Moraes deixou o Itamarati" e "Ainda sobre a cassação de Vinicius de Moraes".
À consideração dos leitores. PGCS

17 julho, 2011

Xingando em nagô

1970
Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde tinham acabado de inaugurar a parceria com o disco "A Arca de Noé", fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino. Encontram o Brasil em plena ditadura militar. A censura em alta, a Bossa em baixa. Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.
O poeta é visto como comunista pela cegueira militar, e ultrapassado pela intelectualidade militante que, pejorativa e injustamente, classifica sua música de "easy music". No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria. Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois. Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles "a tonga da mironga do cabuletê", que significa o pêlo do c... da mãe. O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde-oliva inspiram o poeta.
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la num show no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa. E o poeta ainda se divertia com tudo isso: "Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô".

Fonte: CASTELLO, José. Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 456p.

A informática na Idade da Pedra

:-)

Onde ver outros cartoons do gênero: Stone-age computers.

16 julho, 2011

Les voyeurs

Faz tempo que eu não visitava o Awkward Family Photos. É uma galeria virtual de fotos de famílias do mundo inteiro, nas quais um dos membros tenha sido fotografado em situação constrangedora. Às vezes, toda a família.
Para avivar o interesse dos leitores sobre o website, eu escolhi esta foto:


Les voyeurs = Os brecheiros, no bom português.

Preservativos. Diferentes apresentações

POR QUE AS CAMISINHAS VÊM EM PACOTES DE 3, 6 E 12 UNIDADES?
Um homem caminha no interior de uma drogaria acompanhado por seu filho de dez anos.
Ao passarem pela seção de preservativos o menino pergunta:
- O que é isso, pai?
O pai responde:
- São preservativos, filho. Os homens usam para fazer sexo seguro...
- Ah, sim..., responde o menino, pensativo. Eu já ouvi falar disso nas aulas de educação sexual na escola.
Ele olha para a prateleira, apanha um pacote de três preservativos e pergunta:
- Por que há três neste pacote?
O pai responde:
- Estes são para garotos do Segundo Grau. Um para a sexta, um para o sábado e um para o domingo.
- Legal, diz o menino.
A seguir, o menino pega um pacote com seis e pergunta:
- E estes? São para quem?
- São para garotos da Faculdade, o pai responde. Dois para a sexta, dois para o sábado e dois para o domingo.
- Uau! - exclama o menino. Então, quem usa estes? - pergunta o menino, já tendo apanhando um pacote com doze.
Com um suspiro, o pai responde:
- São os homens casados, filho. Um para janeiro, outro para fevereiro, outro para março... e assim por diante até dezembro.

Anedota enviada por e-mail pelo médico cearense Nilo Mendonça.



Flagrante de um homem casado abrindo com os dentes a sua camisinha mensal. Este esforço físico (que inclui o que fará nos momentos seguintes) o deixa muito extenuado e exige dele um longo período de recuperação. PGCS

15 julho, 2011

Um "site" de chocolate

Foi feito inteiramente de chocolate por um dos melhores chocolateiros de Portugal, com todos os botões e links também esculpidos em chocolate e, a seguir, com tudo sendo fotografado em alta resolução para a construção do site.
Também veja o vídeo com o "baking of" do site.


Trata-se de uma jogada inteligente de marketing do fabricante da cerveja "Sagres Preta Chocolate", que "não tinha dinheiro suficiente para realizar uma campanha na mídia impressa ou na televisão".

Vulcões no Brasil

Se você depende da crença de que não existem vulcões no Brasil para sustentar algum tipo de ufanismo vai se decepcionar com o que eu vou afirmar. Existem vulcões no Brasil.
Como o Pico do Cabuji, também conhecido como Peito de Moça, que fica no município de Angicos, Rio Grande do Norte. No caminho entre Natal e Mossoró, e há quem diga que ele, com seus 590 metros de altitude, é o verdadeiro Monte Pascoal. Bem, como é um Peito de Moça que já mirrou (desde o Holoceno), é melhor eu seguir viagem.
À ilha de Trindade, que tem numerosos centros vulcânicos. A cerca de 1200 quilômetros da costa do Estado de Espírito Santo, e com íngremes paredões, essa ilha só pode ser visitada de helicóptero. E uma pequena guarnição da Marinha brasileira que vive por lá diz nunca ter visto sinais de atividade vulcânica. Precisaria ter residência fixa na ilha há 40 mil anos para ter pisado na lava ainda quente.
Ah, o Vulcão de Nova Iguaçu! Situado no município de mesmo nome no Rio de Janeiro, este vulcão está completamente extinto. Aliás, pode até não ter existido. As comunidades acadêmicas estão divididas e mantêm há anos acaloradas discussões sobre a realidade do vulcão, indo das placas tectônicas ao fluxo piroclástico. Etc. A mim pouco importa que grupo vá ganhar a contenda, eu não preciso deste vulcão para acendrar (sinônimo de limpar com cinzas) a alma do meu Brasil varonil.
Não muito longe de Nova Iguaçu, mais precisamente na capital do Estado, é onde eu encontro finalmente o meu argumento a fortiori. Ocorre no Rio de Janeiro a maior concentração de vulcões do mundo. A cidade tem centros vulcânicos para islandês nenhum botar defeito. Disfarçados de bueiros da Light, eles explodem a todo instante pela cidade, inquietando a população. E basta uma centelha num desses hot points para garantir a sua ignição.

Paulo Gurgel

14 julho, 2011

Plunct, Plact, Emoticon

À primeira vista, o carimbo mostrado abaixo parece um modelo comum; porém, ao ser manuseado, descobre-se que é um carimbo para fazer emoticons.
Emoticons japoneses que, dizem, são mais complexos e interessantes do que os emoticons ocidentais.



Leitura complementar: 10 Things You Didn't Know About Emoticons

Feliz aniversário, Netuno!

journeytothestars
Dependendo de ter como ponto de referência o centro de massas do sistema solar ou o centro do Sol, a 11 de julho de 2011, ou, a 12 de julho, respectivamente, Netuno completou sua primeira órbita, a contar de quando foi descoberto em 23 de setembro de 1846.
O planeta levou quase 165 anos terrestres para fazer essa revolução em torno do Sol. A serem traduzidos para... 1 ano de Netuno, daí o aniversário.
Um exemplo bem diverso é Vênus, que tem os anos mais curtos do que os dias.

Poderá também gostar de ver
O ritmo dos planetas.

13 julho, 2011

Escreva Pola, Escreva

Que Pola é essa?
Não, não é uma pergunta feita pelo Cebolinha!
Pola é a escritora que encantou o mundo literário em Paraty.
Fernando Gurgel

PARATY FASHION WEEK por Tutty Vasques.

Seria uma injustiça, além de flagrante descortesia, dizer “enfim, uma cabeça pensante bonita pra dedéu”! Intelectual, do gênero que for, não é, necessariamente, feio! Está mais para esquisito pelo conjunto da obra de seus hábitos. Nada nunca tão inusitado quanto as características descritas na apresentação que a imprensa brasileira fez de Pola Oloixarac, a coisa mais fofa da Flip que hoje se encerra. Ela é, segundo o noticiário, linda, profunda, surfista, inteligente, pin-up, tecnológica, nerd, filosófica, blogueira, antropofágica, totalmente “marxista de direita” (como se define citando Alexandre Kojève). Faz snowboard, pinta as unhas de azul, mora à beira de um lago gelado, enfim, só faltava, em vez de argentina, ser boa motorista e cozinheira de mão cheia.
Não fosse o escritor português valter hugo mãe dar uma ofuscadinha na moça com sua verve literária encantadora e seu fascínio pelo Brasil, o frisson em torno da dela teria fugido de controle na Flip. “Que Pola é essa?” – perguntavam-se uns aos outros os intelectuais. O sobrenome Oloixarac rendeu-lhe o apelido “Mulher-Vulcão”. Pintou em Paraty uma espécie de Gisele Bündchen da literatura mundial. Sem nenhum demérito ao debate cultural proposto pelos organizadores do evento, foi muito bom para os participantes do encontro só pensar naquilo por alguns bons momentos da festa.
Depois de Pola, dificilmente a Flip escapará da escalação de uma musa em seu cardápio de atrações. E, pelo ti-ti-ti da beira do cais, a mais forte candidata ao posto em 2012 é a francesinha Tristane Banon, jornalista e escritora que chamou Dominique Strauss-Kahn de “chimpanzé no cio” em processo de tentativa de estupro que move em Paris contra o ex-diretor-gerente do FMI. Além de corajosa, ela usa calça jeans rasgadas na coxa, adora cachorro, vem de família socialista e, fetiche dos fetiches nesse meio, é completamente loura.

Lápis x Câmera

Pencil vs Camera
É uma série de criações de Ben Heine, um talentoso artista belga que combina fotografias com desenhos a lápis.

12 julho, 2011

Sobre a flatulência humana

Moacir Scliar (na foto) parte de uma notícia de jornal - a demissão de uma funcionária "por exceder-se em flatulência" que, após uma demanda judicial, conseguiu ser readmitida no emprego (inclusive com uma indenização por danos morais) - para fazer uma interessante revisão sobre o assunto.
Pois existem, como ele constatou, "aspectos curiosos e surpreendentes da relação humana com o corpo, particularmente no que se refere ao componente gasoso deste."
Leia seu artigo (de 2008) no Blog de André Setaro.

Marcelo Gurgel, Juliana Oliveira e Moacir Scliar (no EPI2008)


Para não dizer que eu não falei de flatos
Um termograma explicado e Mr. Methane.

PGCS
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Comentário
Algum tempo atrás, um artigo chamou-me a atenção e escrevi o texto abaixo:
Vocês conhecem o H2S, cujo nome científico é sulfeto de hidrogênio, mais conhecido como gás sulfídrico e popularmente chamado de peido, pum ou simplesmente gases?
Pois é, ele está presente também no ovo podre e na fermentação natural da uva. Ou seja, aquele vinho caríssimo, delicioso e que acompanha comidas e comíveis, antes de se tornar iguaria, teve seu momento desagradável de gás sulfídrico.
Pausa para espantar os gases: sempre fico intrigado como a humanidade começou a comer alguns alimentos estragados e como eles se tornaram o que tem de melhor em nossas mesas. Deve ter sido muita fome de nossos ancestrais. Quem recusa, hoje, um leitinho estragado (coalhada, creme de leite, queijo)? Ou um queijinho mofado ( (roquefort, camembert, gorgonzola)? Ou, ainda, frutas ou grãos podres (aluá, vinho, cerveja)? Quase ninguém, claro!
Voltemos aos nossos gases, pois agora vamos aproveitar injeção de peido. Pois é, o que não faz a necessidade?!
Com a economia em crise e as mulheres reclamando que está tudo em baixa, talvez aí esteja a nova sensação do mercado: peido engarrafado, “já vem pronto e tabelado, é somente requentar e usar” (Gil e Mutantes), pois descobriram que o gás sulfídrico é um poderoso viagra natural, além de ter “a capacidade de baixar o metabolismo, deixar-nos num estado de hibernação, abrindo o caminho para o tratamento de pessoas sob grandes traumas, em estado de choque, em operações de peito aberto, cirurgias complexas etc.”
Vinhos, ovos e libidinagens. In: Sonia Melier. 
Então, deixem de preguiça e vamos à feijoada com gosto. Misturada com uns ovos cozidos e um bom vinho. Depois dessa mistura, que vale uma excomunhão novinha em folha, é só relaxar, engarrafar e mandar para o laboratório.
Fernando Gurgel Filho

Número de Münchausen

É o número natural que tem a propriedade de ser reproduzido pela soma de seus algarismos elevados à potência pelo mesmo valor de cada algarismo.
São números de Münchausen o 1 (que não tem muita graça), o 3435 (aqui exemplificado) e o 438.579.088 (a conferir).


Pode também gostar de ler: A Constante de Kaprekar e Testando a Constante.

11 julho, 2011

Os computadores

... são como o Deus do Antigo Testamento:


Um monte de regras a serem obedecidas, nem um pouco de compaixão.

Presente de grego. Exceção

Durante a Guerra da Independência da Grécia (1821-1829) aconteceu um fato curioso. As tropas gregas enviaram um grande número de balas para seus inimigos, os soldados turcos, que se encontravam sitiados e sem munição na acrópole de Atenas.
A explicação para este inédito comportamento foi um ato de sacrifício por parte dos soldados gregos que desejavam salvaguardar o patrimônio e a identidade cultural do país. Pois, à medida que o cerco ia se fechando na acrópole, e com a munição se esgotando, as tropas otomanas já haviam tomado uma decisão. Começariam a desmontar setores do Partenon para extrair e derreter peças de chumbo que seriam convertidas em balas.
Os gregos, conscientes do dilema, optaram por ceder suas próprias balas aos sitiados, a fim de que estes não danificassem o Partenon.

10 julho, 2011

Milionário envergonhado

Um estudante árabe envia este e-mail para seu pai sheik:
Pai,
Berlim é linda, as pessoas são ótimas e eu gosto muito daqui. Mas, pai, eu fico um pouco envergonhado ao chegar na universidade com minha Ferrari 599GTB, de ouro puro, enquanto meus professores e meus amigos estudantes vêm para cá de trem.
Seu filho,
Nasser.

No dia seguinte, Nasser recebe a resposta de seu pai:
Meu caro e amado filho,
Transferi vinte milhões de dólares americanos para sua conta. Pare de nos envergonhar. Vá e compre um trem pra você também.
Com amor,
Seu pai.
Internet

Billy Blanco (1924-2011)

Nome artístico do compositor e cantor William Blanco de Abrunhosa Trindade, nascido a 5 de maio de 1924, em Belém -PA, e falecido na última sexta-feira (dia 8), no Hospital Pan-Americano, na Tijuca, RJ, onde se encontrava internado por problemas cérebro-vasculares.
Iniciou sua carreira artística nos anos 1950, apresentando-se em festa e clubes com o Sexteto Billy Blanco. Gravou suas primeiras músicas nos anos 50, surpreendendo a todos por seu estilo de samba sincopado. E obteve o primeiro sucesso com "Estatutos da gafieira", cantada por Inesita Barroso, em 1954.
Criou mais de 300 canções, algumas delas com parceiros como Tom Jobim, Baden Powell, Silvio Caldas e Sebastião Tapajós. Foram seus principais intérpretes: Dick Farney, Lúcio Alves, Dolores Duran (de quem foi namorado), Elis Regina e Hebe Camargo.
Também fez trilhas musicais para o cinema, músicas para peças teatrais e novelas, e produziu jingles para campanhas publicitárias.
Billy Blanco dedicou-se à música sem abandonar a profissão de arquiteto.


Minhas preferidas de Billy Blanco:
Teresa da Praia (c/ Tom Jobim) (1)
Pistom de gafieira
A banca do distinto
Mocinho bonito
Estatutos da gafieira
Se a gente grande soubesse... (2)
Pano legal
Samba triste (c/ Baden Powell)
Aparição
Lágrima flor
Aeromoça
(1) Dick Farney e Lúcio Alves cantando em dueto criaram a "versão definitiva" para esta canção. No vídeo acima (legendado em espanhol), Lúcio é substituído pelo baterista Toninho.

(2) Um momento particularmente inesquecível foi ouvir esta canção, classificada em 4º lugar no I Festival Internacional da Canção;(TV Globo, 1966), interpretada por seu filho Billinho, então com nove anos de idade, e pelo Quarteto em Cy.

PGCS

09 julho, 2011

Troféu de lama

Não apenas os porcos são premiados em competições; as fazendas em que eles vivem, também o são.
No município de Esch, Holanda, a fazenda de porcos De Jofrahoeve ganhou - numa competição limpa - o troféu de lama de 2010 porque apresentava "o melhor lamaçal em que os porcos podiam chafurdar".


A "piscina de lama" da fazenda De Jofrahoeve com alguns de seus usuários.
(Foto: Robin Utrecht/AFP)

Classificação de livros




O Ministério da Justiça do Brasil classifica filmes, jogos eletrônicos e programas de televisão.
L, 10, 12, 14, 16 e 18 são as faixas de classificação usadas.

Os livros estão fora disso.

08 julho, 2011

Onde estava você?

Quando Krushchev pronunciou sua célebre denúncia contra Stalin, comenta-se que alguém no Salão do Congresso teria dito:
- Onde estava você, camarada Krushchev, quando todas essas pessoas estavam sendo massacradas?
Krushchev parou, percorreu o Salão com os olhos e disse:
- O homem que acabou de fazer essa pergunta poderia ter a bondade de se levantar?
A tensão foi crescendo no grande Salão. Ninguém se mexeu. Ninguém abriu a boca. Até que Krushchev disse:
- Bem, seja lá quem for, já tem a resposta à sua pergunta. Eu estava exatamente na mesma posição em que você está agora.

Feldman C. e Kornfield. Histórias da Alma, Histórias do Coração. Ed.Pioneira. Portal Golfinho
(enviada por Fernando Gurgel Filho)

08/07. Aniversário de Ouro Preto

Ouro Preto - MG, cidade declarada pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, aniversaria hoje.
Aproveito para mandar um abraço a um colaborador nosso, o mineiro-cearense Nelson José Cunha, que viveu parte de sua infância a esbaldar peraltices pelas ruas de Ouro Preto.
A mais, um vídeo da Mesquita Turismo que mostra imagens (que Nelson conhece muito bem) de Ouro Preto, enquanto voa uma canção: "Voa, bicho", cantada por Milton Nascimento e Maria Rita.


Curiosidade
Está localizada no centro-oeste do estado de Indiana, EUA, a Cidade Brasil. Em inglês, City of Brazil, que é atual sede do Condado de Clay.
Na década de 1840, o proprietário de uma fazenda na região decidiu que a sua fazenda seria chamada Brazil. O Brasil estava sendo objeto de notícias naquela época, e uma notícia que especialmente chamou a atenção do fazendeiro falava sobre a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. E, no cabeçalho da notícia, constava o enunciado "City of Brazil", fonte de sua inspiração.

07 julho, 2011

O Cinemagraph

É uma foto? É um vídeo?


Bem, é mais do que uma foto, porém não é um vídeo.
Foram Jamie Beck e Kevin Burg os criadores dessa moderna técnica de "descongelar" fotografias que está sendo chamada de Cinemagraph.

Ver uma entrevista deles e outras imagens do gênero em Huffpost Arts.

Transtornos mentais. Pôsteres

-
"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre saúde mental e me deparei com uma lista de transtornos mentais. Então, escolhi alguns (para criar cartazes), colocando-me sob o desafio de defini-los em estilo minimalista. E comecei com o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo (imagem ao lado)." Patrick Smith, Adapt.

Clique sobre o link acima para ver todos os pôsteres da série. PGCS

06 julho, 2011

05 julho, 2011

Com a fotografia na ponta dos dedos

:-)
www.izismile.com
Itapiúna - CE

Penso, logo cito - 25

Isaiah Berlin, filósofo judeu:

“A raposa sabe muitas coisas, mas o porco-espinho sabe uma coisa muito importante.”

Ao lado, a ilustração de uma fábula de Esopo, A raposa e o porco-espinho, na qual a raposa é que sabe uma coisa. Já o porco-espinho...

04 julho, 2011

Manifesto pela perda de tempo

O tempo leva um pouco da vida a cada dia, com o tempo que perdemos lutando para ganhar e conquistar os frutos de nossos sonhos e ambições.
Porém, podemos ter o melhor da vida perdendo mais tempo.
Não há nada que nos faça ganhar mais da vida do que perdendo tempo com o que, para algumas pessoas, são apenas futilidades, mas que podem, com o tempo, fazer a grande diferença na vida.
Antes de reclamar o tempo perdido, comece a PERDER TEMPO agora mesmo:
- Meditando, sem pensar em nada, para ganhar paz e harmonia e, consequentemente, mais saúde.
- Lendo livros, ouvindo músicas ou vendo filmes, viajando na fantasia, para ganhar mais conhecimento, sabedoria, ou apenas por pura diversão.
- Estudando coisas sem nenhuma utilidade, por simples prazer, para ganhar mais prazer no estudo das coisas obrigatórias.
- Ficando de pernas pro ar um dia inteiro, sem fazer nada, indolente, para ganhar mais energia.
- Andando descalço na areia da praia, olhando o horizonte com a brisa batendo no rosto, para ganhar lembranças boas que durem o ano todo, ou toda a vida.
- Admirando o dia raiar ou findar, apreciando a beleza e a energia do momento, para ganhar um alto astral para o resto do dia ou da noite.
- Tomando um café com canela, sem pressa, no bar da esquina, para curtir a sensação de que o tempo parou e ainda ganhar um dedo de prosa descompromissada, sem preocupações.
- Sentado no boteco com o(a)s colegas, falando besteiras ou ouvindo seus problemas, para ganhar mais amigos e amigas.
- Conversando com os amigos e amigas, ouvindo o que gostamos ou o que detestamos, para ganhar mais confiança na luta do dia-a-dia.
- Tomando um sorvete na rua, degustando sem pressa, para ganhar o prazer do sabor pelo sabor.
- Levando os filhos para brincar no parque, andar de bicicleta, passear no zoológico, ou apenas andar na rua, para ganhar a alegria de um dia inesquecível para eles.
- Ouvindo os filhos e o cônjuge, com atenção e interesse, para ganhar um lar mais prazeroso e uma família mais acolhedora.
Vale até perder tempo ouvindo o chefe, pacientemente, para ganhar mais tempo sem fazer nada!
Não há limites para o que ganhamos com a perda de tempo.
Cada minuto de tempo perdido pode valer toda uma vida.


E QUE, DURANTE TODO O TEMPO,
TENHAMOS MUITO TEMPO PARA PERDER.


Fernando Gurgel Filho, de Brasília