A sonda New Horizons, ao passar por Plutão, marcou um momento de orgulho na história da exploração do espaço.
Capturadas pela sonda, as fotografias em alta resolução de Plutão explodiram na Internet. O que fez com que algumas pessoas engraçadinhas realizassem certos "ajustes" nelas.
Numa delas, reconhece-se a imagem da cabeça do cão Pluto; em outra, Plutão é a "Estrela da Morte".
O teclado para violão que é amigo dos seus dedos
Problemas com os dedos ao tocar violão? Talvez você fique com os dedos doloridos depois de tocar esse instrumento. Agora há uma solução!
Eu sou Don Bacon, o inventor do Finger Friendly Guitar Company Keyboard.
O objetivo aqui é realmente fazer você aprender a tocar violão, não só de um modo indolor, mas dramaticamente mais fácil do que tradicionalmente tem sido. Como surgiu essa ideia?
Quando eu tentei aprender a tocar violão, eu não fui inicialmente bem sucedido. Foi uma experiência frustrante e fiquei muito decepcionado. Mas eu tinha certeza de que eu estava indo para me tornar, pelo menos, um violonista ocasional decente.
Antes de me aposentar, minha profissão me levava a muitas casas particulares. Por vezes, vendo um violão esquecido em algum canto, eu perguntava: "Oh ... você toca?". Mas não havia violonistas naquelas casas. Pois as respostas variavam de: "Oh,,, eu costumava...", "Eu arranhava" a "Não, não realmente". Eles queriam tocar violão, mas ficavam frustrados e decepcionados, e acabavam deixando seus violões de lado. Mas eles não tinham se livrado deles, porque ainda queriam tocá-los. E eu concluí que as razões pelas quais eles desanimaram de aprender a tocar violão, eram exatamente as mesmas razões que me fizeram desistir do instrumento.
No pain, no gain
Aqui vou dar também meu testemunho. Eu sou Paulo Gurgel. Quando comecei a aprender a tocar violão meus dedos ficavam muito doloridos. Para agravar o problema, o violão em que eu praticava tinha cordas de aço. Em momentos, eu sentia como se estivesse percutindo minhas polpas digitais sobre afiadas lâminas. Com o passar do tempo, fui criando calosidades nos dedos que me protegiam das cordas. Esses calos foram depois sendo substituídos por uma pele de aspecto normal que não doía mais durante/após uma sessão com o instrumento. Adiante, ao trocar as cordas de aço por cordas de nailon, a coisa ficou então "mamão com açúcar".
Em 2005, com os ânimos acirrados pelo debate sobre o ensino da Teoria da Evolução das Espécies nas escolas públicas estadunidenses, uma nova frente de polêmica sobre o currículo das Ciências surgiu em Kansas. "Cientistas" do Evangelical Center For Faith-Based Reasoning (ECFR), instituição líder da física evangélica no mundo, passaram a afirmar que a Teoria da Gravidade também tinha suas falhas.
Não explicava, por exemplo, por que as faíscas sobem. (*)
"As coisas não caem porque existe uma força gravitacional, mas porque uma inteligência superior, Deus, as empurra para baixo", declarou o físico Reverendo Gabriel Burdett, porta-voz do ECFR, dando início à criação de "Teoria da Queda Inteligente".
(*) As naves espaciais também sobem.
Como não se ouve falar mais dessa teoria é bem possível que uma força superior e vingativa a tenha empurrado para baixo. Ad aeternum.
Um experimento mental de mecânica quântica explicado facilmente
O gato mais famoso da física é o fio condutor desta breve história animada de divulgação sobre a mecânica quântica, que pretende de uma forma breve explicar a clássica experiência mental de Schrödinger e ensinar algumas de suas conotações. Por exemplo: é graças a esse gato que você vê o que é mostrado no vídeo do seu computador. Nessa experiência mental, toma-se um gato e coloca-o numa caixa fechada. No interior da caixa, há um dispositivo radioativo que tem 50 por cento de probabilidade de matar o gato na hora seguinte. Ao final dessa hora, a questão é: qual é o estado do gato? O senso comum sugere que o gato estará vivo ou morto. Mas Schrödinger assinalou que, segundo a física quântica, antes de abrir a caixa o gato estará, ao mesmo tempo, vivo e morto. Somente ao abrir a caixa é que veremos o estado bem definido. Até o último momento, portanto, o gato é uma espécie de probabilidade difusa: meio uma coisa, meio a outra. Pode parecer absurdo, porém segundo a física quântica é assim. Para Schrödinger, tudo isso pareceu tão filosoficamente inquietante que ele abandonou a teoria que ajudara a criar para dedicar-se à biologia.
A ironia disso tudo:
A internet – que foi construída para que todos pudessem ver vídeos de gatos – deve em parte a sua existência a um gato imaginário.
A melhor maneira de conseguir uma resposta correta na Internet não é fazer uma pergunta. É publicar uma resposta errada.
– Ward Cunningham, criador do WikiWikiWeb
Oulipo
[lê-se "ulipo"].
É a abreviação de "Ou vroir de Littérature Potentielle", que se traduz aproximadamente por "Oficina de Literatura Potencial".
Reunindo principalmente matemáticos/escritores franceses, ela foi fundada em 1960 por Raymond Queneau e François Le Lionnais. O escritor italiano Italo Calvino foi um de seus membros.
A Oulipo visa a busca de novas formas de escrever através de técnicas restritivas. Essas restrições – que incluem o "S+7" (todo substantivo substituído pelo sétimo substantivo seguinte de um dicionário) a "bola de neve" (poema em que cada verso é uma palavra e que cada palavra é uma letra mais longa do que a anterior), o "lipograma" (escrita que exclui uma ou mais letras), o "univocalismo" (poema com uma só vogal), os palíndromos etc. – são consideradas pelo grupo como meios de desencadear ideias e inspirações.
Uma das obras da escrita oulipiana: "Prazeres singulares", por Henry Mathews, em que 61 pessoas de diferentes idades, nacionalidades e estilos de vida descrevem cenas de masturbação.
Um filhote de cão monta a guarda a um bebê que dorme. Em sua função de proteger o bebê, ele recusa-se a dormir. Mas suas pálpebras estão cada vez mais pesadas. O conforto do quarto, a temperatura agradável e o sono profundo do bebê, tudo parce conspirar contra o dever canino. E ele finalmente cede.
Bons sonhos, crianças.
Em 2003, a NASA enviou dois pequenos veículos exploradores (Rovers) a Marte. Equipados com diversos instrumentos de exploração do meio ambiente, Spirit e Opportunity (nomes desses veículos gêmeos) eram capazes de se locomover em Marte a fim de realizar pesquisas geológicas locais, inclusive sobre a existência de formas primitivas de vida no Planeta Vermelho.
Cada veículo foi transportado em seu próprio foguete e pousou na região equatorial de Marte, no espaço de alguns dias de diferença, um em cada lado do planeta.
Essa exploração robótica de Marte também está sendo acompanhada pelo XKCD.
2010:
– Depois de seis anos, Spirit parou de funcionar mas Opportunity se mantém firme.
– É forte o pequeno Rover!
2015:
– Onze anos... Uau!
– A missão original não era para durar apenas 90 dias?
– Bem, isso está começando a ficar estranho.
2023:
– A bateria está totalmente desconectada. Como pode Opportunity continuar se movendo?
– Talvez nunca o saibamos.
2450 (em Marte colonizado por terrestres, Capital do Império Marciano):
– Tudo o que você está vendo iluminado é o nosso reino.
– Que é aquela zona escura?
– É a metade do planeta que pertence a Opportunity. Nunca devemos ir lá.
É incrível a quantidade de informação que você recolhe, indo a um empresário de projeção e dizendo-lhe: "Parabéns por você estar desistindo deste negócio".
As lições mais importantes que você pode aprender com alguém com experiência são as coisas que você não acha importantes até ter experiência.
Seria fantástico viver em um avião que voa aleatoriamente ao redor do mundo.
Eu não ganhei na loteria. Este jogo é estúpido. Eu deveria comprar mais bilhetes na próxima vez.
Advogado normal: "Você não pode fazer issso". Advogado startup: "Interessante. Deixe-me ver como você pode fazer isso".
Uma má ideia bem executada vale mais do que uma boa ideia mal executada.
Ectoplasma. Eu amo o jeito como esta palavra sai de minha garganta.
Dentro de cinco anos, a nossa forma de pagar as coisas mudarão completamente. Visa e Master Card comerão até ~ 2% do PIB dos EUA, o que é estúpido.
Ganhar é muito mais divertido quando você tem bons concorrentes.
Respeito é difícil de obter, fácil de perder e impossível de recuperar.
Se você quer a cura para uma doença rara, deseje-a para um bando de gente rica.
O governo anunciou nessa segunda-feira (24) uma reforma administrativa para cortar gastos. Os planos incluem o fim de dez ministérios e o corte de mil cargos de confiança.
Em 1985, no governo José Sarney, eram 25 ministérios. O governo Fernando Collor reduziu para 16. Itamar Franco aumentou para 23. Fernando Henrique deixou o governo com 32 ministérios. O presidente Lula, com 37. E o governo da presidente Dilma tem atualmente 39 ministérios.
Só para comparar: o governo do Estado de SP tem atualmente 25 secretarias.
Fonte: TV Globo, Jornal Nacional, edição de 24/08/2015
Reportagem: Governo anuncia planos de eliminar 10 dos 39 ministérios
Observe o leitor como os últimos governos federais aumentaram o número de seus ministérios com relação ao número de ministérios do governo imediatamente anterior:
Itamar: +7 (44 por cento)
FHC: +9 (39 por cento)
Lula: +5 (16 por cento)
Dilma: +2 (5 por cento)
A Ponte (El Puente/The Bridge) é uma história animada sobre a importância e a utilidade da colaboração.
Autor: Ting Chian Tey
Personagens: Alce, Urso, Guaxinim e Coelho
Na tentativa (infrutífera?) de conter os gastos de um perdulário, apela-se inclusive para a citação da célebre frase acima.
Mas, no Reino Unido, há um bom número de árvores em que o dinheiro "cresce" nelas. São as árvores que carregam as esperanças financeiras de seus "aplicadores". Daqueles que, explico aqui, inserem uma ou mais moedas na casca de uma árvore, acreditando que o dinheiro vai retornar multiplicado para eles. Pecunia parit pecunia.
A foto ao lado veio do Kuriositas onde tem mais.
Dica de outro local em que você pode aplicar o seu rico dinheirinho: Moedas na Fonte
É mais fácil transportar cerveja do que café
Usando câmeras de alta velocidade para gravar as ondas de movimento que se formam na superfície da cerveja escura Guiness, da cerveja âmbar Heineken e do café, pesquisadores descobriram os efeitos de isolamento da espuma.
Nesses experimentos controlados de laboratório, eles anotaram o seguinte:
Quanto mais espuma estava presente, menos líquido se derramava.
O movimento da espuma nas paredes do recipiente era responsável pela absorção da energia.
Apenas algumas camadas de bolhas já faziam toda diferença.
Nem todas as cervejas reduziam o que se derramava na mesma proporção.
Vídeo da 67ª. Reunião Anual (23 a 25 de novembro de 2014) da Divisão de Dinâmica dos Fluidos da Sociedade Americana de Física
"Garçom, suspenda o cafezinho e me traga outra caneca de cerveja – com colarinho, por favor!"
Evite ser vítima de acidentes elétricos
Manutenção - A rede elétrica interna deve passar por manutenção a cada cinco anos.
Fios e tomadas - O cuidado precisa ser intensificado, principalmente se houver crianças na residência. Verifique se os fios estão bem isolados e tampe as tomadas com protetores.
Chuveiro elétrico - Nunca ajuste a temperatura do chuveiro com ele ligado. Desligue a fonte para isso.
Geladeira - Este ou qualquer outro equipamento que esteja dando pequenos choques precisam ser trocados e não podem ser doados.
Secador de cabelo e chapinha - Use-os em um local seco, como o quarto. Após o banho, com o corpo ainda molhado, não é recomentado.
Raios e trovoadas - Durante estas ocasiões não use celulares ou outros dispositivos que estejam carregando. Evite também utilizar o telefone fixo.
Fonte: Programa Casa Segura, do Instituto Brasileiro do Cobre
Um vídeo do Canal VH1 que busca – com senso de humor – combater o bullying aos nerds.
Lembrando que estes amanhã podem ser os chefes de seus ofensores.
Os aficionados pelo futebol encontraram um oráculo improvável durante o campeonato europeu de 2008: um polvo chamado Paul. Antes de cada partida, seus tratadores no Centro de Vida Marinha, em Oberhausen, Alemanha, colocavam duas caixas de comida em seu tanque, sendo uma com a bandeira da Alemanha e outra com a bandeira do país do time adversário. Surpreendentemente, Paul escolheu corretamente o vencedor em quatro dos seis jogos da Alemanha.
Quando alguns observadores expressaram ceticismo, Paul passou a escolher os vencedores de todos os sete jogos da Copa do Mundo na Alemanha, em 2010, bem como o da final entre Espanha e Holanda, obtendo uma taxa global de sucesso de 85 por cento. [1] [2]
Concorrentes surgiram ao redor do mundo, entre os quais um periquito na Cingapura, um papagaio alemão e um crocodilo de água salgada chamado Dirty Harry, que previu o resultado das eleições gerais da Austrália arrebatando uma carcaça de frango que oscilava sob uma caricatura da primeira-ministra Julia Gillard.
Talvez devêssemos parar enquanto estamos na frente.
O primeiro selfie humano no espaço – também incluindo a Terra – foi aparentemente tomada por Edwin "Buzz" Aldrin, em 1966, durante a missão Gemini 12.
Note-se que Aldrin ao posar para si próprio usava o seu volumoso traje espacial, luvas grossas etc. Essa foto foi tomada numa era pré-smartphones, muitos anos antes da invenção do pau do selfie.
Hoje, selfies de astronautas/residentes da Estação Espacial Internacional (ISS) aparecem tão regularmente nas mídias sociais que já não despertam mais interesse.
N. do E.
Buzz Aldrin [1] [2] [3] [4] é uma das celebridades internacionais favoritas do blog EM. Outras são: Chuck Norris, Justin Bieber, Lady Gaga e Stephen Hawking.
A sinestesia – do grego syn (junção) + esthesia – (sensação) é a transferência de uma sensação sugerida por um sentido para outro sentido.
Leia este trecho de uma obra de Mário de Andrade:
"Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha, meio manacá, meio alfazema."
No período acima, Mário misturou diferentes tipos de sensações: visuais, olfativas e gustativas. A isso chamamos sinestesia, figura de linguagem que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido.
Leia estes outros exemplos:
"Vamos respirar o ar verde do outono." (autor desconhecido)
(respirar = olfato / verde = visão)
"Sempre havia, ao amanhecer, uma cor estridente no horizonte." (Giuliano Fratin)
(cor = visão / estridente = audição)
"E um doce vento, que se erguera, punha nas folhas alagadas e lustrosas um frêmito alegre e doce." (Eça de Queirós)
(vento = tato / doce = paladar / frêmito = tato / doce = paladar)
"A melodia do pianista era doce e rósea em suas sublimes imensidões." (Giuliano Fratin)
(melodia = audição / doce = paladar / rósea = visão)
"Estende a mão trazendo a chuva, tocando o som do trovão." (Tiago Iorc)
(tocando = tato / som= audição)
A sinestesia, que também é aplicável à descrição de fenômenos provocados por condições neurológicas, não deve ser confundida com a cinestesia. A cinestesia diz respeito à capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão.
Ele está vivendo o seu sonho, eu lhes conto. Nenhum de nós vive assim, como ele, tão próximo do estilo de vida das cabras. Mas aí está ele, ao lado de seus irmãos e irmãs caprinos, comendo a grama em uma encosta íngreme.
Thomas Thwaites, 34, é um artista londrino. No passado, ele tentou construir uma torradeira a partir do zero. Isso não foi um pequeno esforço, já que a mineração do ferro foi o ponto de partida para a fabricação de sua torradeira. Além de que, para fundir o ferro, ele precisou usar o seu forno de microondas na potência máxima. O desafio de viver como um caprino
Como você poderia esperar, este novo projeto, inevitavelmente, levou-o a tentar viver como uma cabra. Um bode, aliás.
Ele explicou ao Daily Mail que este estilo de vida inspirado na vida animal poderia oferecer às pessoas uma alternativa para o futuro da cibernética.
Thwaites, que está interessado em transumanismo (seja lá o que isso signifique), acredita que nem todo mundo vai querer se tornar um cyborg no futuro. E que a biorobótica poderia ser usada pelas pessoas que, ao invés de evoluir, preferem involuir.
"Inicialmente, eu queria ser um elefante, mas não estava indo muito bem", confessou Thwaites. "Eu visitei uma xamã, e ela me disse: 'você é um idiota'. Então, eu decidi ser um bode."
Thwaites trabalhou com um zoólogo para desenvolver os membros protéticos. Ele está agora tentando atravessar os Alpes acompanhado de um rebanho de cabras.
Em artigos veiculados pelos meios de comunicação social é comum usar alguma forma incorreta para se referir ao "lagarto tirano rei". TRex, T-Rex, Rex t, rex, Tyrannosaurus Rex etc. Tudo isso está errado e precisa parar. Tyrannosaurus rex, e por extensão T. rex, é o nome científico de uma espécie de dinossauro e, portanto, deve ser grafado em conformidade com as regras relativas a nomes científicos. Fundo rápido
Em 1753, Carl Linnaeus publicou Species Plantarum, exhibentes plantas rite cognitas, ad genera relatas, cum differentiis specificis, nominibus trivialibus, synonymis selectis, locis natalibus, secundum systema sexuale digestas, que, essencialmente, fixou as regras para a nomenclatura binomial, a qual ainda hoje é usada para a classificação da maioria dos seres vivos.
Chama-se binominal porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras: o nome do gênero e o restritivo específico, normalmente um adjetivo que qualifica o gênero.
Há livros inteiros (especialmente o Código Internacional de Nomenclatura Botânica e o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica) que estabelecem as regras para os nomes científicos das espécies. Regras básicas
Os nomes utilizados são em latim ou numa versão latinizada da palavra ou palavras que se pretende utilizar.
O primeiro termo, o nome genérico, é sempre escrito começando por uma maiúscula, enquanto o descritor específico nunca começa por uma maiúscula, mesmo que seja derivado de um nome próprio.
As subespécies, por sua vez, têm um nome composto por três termos, colocados na seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico.
Os nomes devem ser sempre escritos em itálico. Quando manuscritos, ou quando não esteja disponível a opção de escrita em itálico, devem ser sempre sublinhados.
O nome genérico pode ser encurtado para a primeira letra do nome, acrescida de um ponto, mas o nome específico só pode ser escrito na íntegra.
Para demonstrar; o nome da nossa espécie é o Homo sapiens. Homo é o gênero a que pertencemos e sapiens é o nome da nossa espécie. Agora que o nome da nossa espécie apareceu completo nesta postagem, podemos encurtá-lo para H. sapiens.
No caso do dinossauro, mencionado no primeiro parágrafo, o seu nome científico correto é Tyrannosaurus rex. Seu gênero é Tyrannosaurus (que pode compartilhar com o Tyrannosaurus bataar, também chamado Tarbosaurus bataar) e seu descritor específico é rex. Uma vez que o seu nome apareceu completo nesta postagem, podemos encurtá-lo para T. rex. Você pode estar se perguntando
Por que eu deveria me importar com isso?
A resposta curta é simples: se há uma maneira certa de fazer uma coisa e uma maneira errada de fazer a mesma coisa, e elas requerem a mesma quantidade de esforço, então você deverá optar por fazê-la da maneira certa.
A resposta mais longa é que existem apenas 26 letras no alfabeto latino (bem. 22, pois as letras j, k, w, e y também são incluídas). Embora apenas as espécies estreitamente relacionadas podem compartilhar um gênero, um descritor específico pode ser reutilizado uma e outra vez para gêneros diversos. Isso causa problemas quando duas ou mais espécies compartilham um descritor específico e pertencem a gêneros que começam com a mesma letra. Agora, no caso de uma combinação popular como o T. rex, fica ridículo como pesquisadores e afins tomam emprestado alguns dos holofotes do Tyrannosaurus rex. Outros bichos e não-bichos que você pode chamar de T. rex T. rex: Tachyoryctes rex - um rato-toupeira do Quênia T. rex: Tetragonodon rex - um crustáceo marinho T. rex: Thoristella rex - um caracol do mar T. rex: Trialeurodes rex - um inseto hemíptero (mosca-branca) T. rex: Tyrannasorus rex - um besouro fóssil T. rex: Tyrannobdella rex - uma sanguessuga da Amazônia T. rex: Tyrannoberingius rex - um molusco fóssil T. rex: Tyrannomyrmex rex - uma formiga da Malásia
T. Rex: Tyrannosaurus Rex - uma banda de rock inglesa da década de 1970
T-Rex - um restaurante temático em Downtown Disney, Orlando
T-Rex - um cyclecar da Campagna
T-Rex - um caminhão Bremach
T-Rex - um caminhão Dodge
Na sexta-feira (21) a presidente Dilma Rousseff vai inaugurar, em Cabrobó-PE, a primeira etapa de uma das obras mais importantes para o Nordeste, em todos os tempos: a transposição das águas do Rio São Francisco para o semiárido nordestino. O projeto, iniciado pelo ex-presidente Lula em 2007, será a redenção hídrica para 12 milhões de pessoas que enfrentam a falta de água nesta região, mesmo quando não há seca grave.
Quando Lula lançou o projeto enfrentou o ceticismo dos opositores que afirmavam que o projeto era inviável e não sairia do papel. Agora ele começa a virar realidade. As obras sofreram atraso, mas o governo promete concluí-las no ano que vem. A transposição retirará do São Francisco apenas 1% do volume de água do rio que é despejado inutilmente no mar. Serão beneficiados os estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, nos quais se concentra o polígono das secas, e um total de 390 municípios onde vivem 12 milhões de habitantes.
A transposição das águas acontecerá através de dois grandes eixos, representados por 402 km de canais cortados em terreno acidentado, em que muitas vezes foram necessários dinamitar pedreiras e remover obstáculos: o eixo Norte, que sai de Cabrobó, em Pernambuco, rumo aos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. e o eixo Leste, que vai da usina de Itaparica (BA) até o rio Paraíba do Norte, na Paraíba. E ainda haverá um canal de 70 km, ligando Cabrobó ao Rio Ipojuca, no agreste pernambucano.
Ao longo dos canais existirão, quando a obra estiver totalmente pronta, 30 represas que guardarão água para os períodos de estiagem ou para abastecer os canais quando as estações bombeadoras estiverem desligadas, economizando energia. Serão nove estações de bombeamento, três no eixo Norte e seis no eixo Leste, que darão impulso às águas nas regiões de maior aclive.
O vídeo abaixo mostra a incontida alegria dos peões nordestinos, que gritam: "vai jorrar!", no momento em que o primeiro teste da obra está sendo realizado. E as águas do Velho Chico vão jorrando para levar alívio ao sofrido povo nordestino. A viabilidade da obra aqui começa a ser provada.
Lowell Lincoln Wood, Jr. astrofísico estadunidense.
Em 1965, obteve o título de PhD em Geofísica da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, por sua tese intitulada "Processos hipertermais na atmosfera solar".
A partir de 7 de julho, Lowell ultrapassou Thomas Edison em patentes emitidas nos Estados Unidos. Como atual detentor de 1.122 patentes, Lowell Wood é o inventor mais prolífico de seu país – em todos os tempos. Busca realizada em 19/08/2015 no U. S. Patent Office.
"Matuitar" é uma fusão de matutar (refletir sobre algo) com tuitar (postar no Twitter).
It's hard for me to trust people who have long hair and always wear it down. Their physiology must be so different to mine.
— Julia Santo (@lookitsjulia) August 13, 2013
É difícil para mim confiar em pessoas que têm cabelos longos e sempre os usa para baixo. Sua fisiologia deve ser muito diferente da minha.
Por que os macacos comem piolhos?
Eles são muito nojentos. Tanto os macacos quanto os piolhos. ~ Natsumi Yagami, Yahoo! Respostas
Não são apenas eles.
"Existe, também a bicharia que nasce sobre os homens, como grandes piolhos vermelhos que têm por vezes na cabeça. Apanham-nos com tamanho desdém, quando mordidos ou picados, que se vingam deles com risadas. Conversando com esses bárbaros, via, certas ocasiões, as mulheres que catavam os insetos na cabeça de suas filhas e demais crianças, tantos quanto podiam encontrar, e os comiam em seguida, além de zombarem de mim quando me punha a rir de tal vilania."
THEVET, André (1502-1590). A cosmografia universal de André Thevet, cosmógrafo do Rei. Coleção Franceses no Brasil – Séculos XVI e XVII, vol. II. Rio de Janeiro, Batel; Fundação Darci Ribeiro. 2009, 186p.
Robert Todd Lincoln, o filho mais velho de Abraham Lincoln, é tema de uma coincidência desagradável na história dos EUA: ele é a única pessoa conhecida por ter estado presente ou nas proximidades dos assassinatos de três presidentes estadunidenses.
Quando ele chegou a Washington, em abril de 1865, seus pais o convidaram para ir ver "Our American Cousin", no Ford's Theater, com eles. O jovem oficial estava tão exausto de sua jornada que pediu para ser dispensado do convite a fim de ter uma boa noite de sono. Naquela noite, John Wilkes Booth atirou em Abraham Lincoln, e Robert estava ao lado do pai quando ele faleceu na manhã seguinte.
Em 1881, o prestígio político da família Lincoln e o seu destaque como advogado qualificaram-no para se tornar secretário de Guerra da recém-empossada administração James A. Garfield. Em julho do mesmo ano, Robert Lincoln preparou-se para viajar de trem a Elberon, New Jersey, com o presidente, mas essa viagem não aconteceu. Antes de o trem sair da estação, Charles Guiteau atirou em Garfield, que morreu de complicações da ferida dois meses depois.
No entanto, isso não foi tudo para Robert Lincoln. Duas décadas se passaram sem um assassinato presidencial, mas a estranha sorte de Lincoln levantou a cabeça novamente em 1901. A convite do presidente William McKinley, ele viajou para Buffalo para participar de uma exposição pan-americana. Ele estava a caminho de se encontrar com McKinley quando o anarquista Leon Czolgosz disparou contra o presidente, por duas vezes, à queima-roupa.
Após estes três incidentes, Robert Lincoln recusou-se a participar de todas as funções presidenciais. Ele observava secamente que havia "uma certa fatalidade com a função presidencial quando estou presente".
Steven Johnson salienta que, assim como a evolução das abelhas deu às flores suas cores e a evolução do pólen alterou o projeto das asas do beija-flor, a coisa mais notável sobre as inovações é a maneira como estas precipitam mudanças inesperadas que reverberam muito além do campo ou da disciplina que está no epicentro da inovação em particular.
Apontando para a imprensa de Gutenberg - já em si um exemplo de natureza combinatória de avanços criativos - Johnson escreve:
"A invenção da imprensa por Johannes Gutenberg criou um aumento na demanda por óculos, devido á nova prática da leitura por europeus em todo o continente, os quais passaram a perceber que estavam precisando deles. E a demanda do mercado por óculos, por sua vez, incentivou um número crescente de pessoas a produzir e experimentar as lentes, o que levou à invenção do microscópio, que, logo em seguida, nos permitiu perceber que nossos corpos eram feitos de células microscópicas. Você não pensaria que a tecnologia da impressão teria algo a ver com a expansão da nossa visão até a escala celular, assim como você também não pensaria que a evolução do pólen iria alterar o design da asa de um beija-flor. Mas é por esse caminho que a mudança acontece."
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são os chamados gigantes gasosos do Sistema Solar.
Em 2014, um grupo de cientistas apontando um telescópio para Urano constatou que o planeta é sede de violentas tempestades no espectro do metano. A atmosfera de Urano apresenta 2,5 por cento de metano em sua composição (o que confere ao planeta uma cor azul).
O metano é também o mais conhecido dos gases intestinais. Junte-se o nome do planeta (em inglês) com a ideia de flatulência para ele, e o que teremos?
Uma piada pronta.
Um animal enigmático, como o gato, usa a anatomia e o comportamento para se esconder. Nada a ver com a camuflagem, o recurso que é utilizado por muitos animais, inclusive grandes felinos, para atacar mais eficazmente suas presas.
Um gato de casa usa a flexibilidade natural para se esconder em lugares que um predador jamais levaria em consideração. Nas caixas, por exemplo.
A caixa é só isso. Dentro dela, um gato se sente invisível, que é exatamente como ele gosta de se sentir.
Para fazer a fundação de um edifício você precisa de um dispositivo mecânico: um bate-estaca (pile driver). Mas... se você não tem um?
Então, você usa a força da peãozada.
Revirando meus livros, porque uma prateleira despencou, dei de cara com uma das "preciosidades" que guardo com carinho. Uma gramática de Gaspar de Freitas, de 1937, "Lições praticas de Grammatica Portugueza", "De accordo com os ultimos programmas do Exame de Admissão ao Curso Secundario". Tudo escrito assim mesmo.
Apesar de ter feito o Exame de Admissão em 1962, juro que utilizei essa coisa pra estudar gramática. Não sei como consegui sequer aprender algo com aquilo.
Além de completamente ultrapassada, parecia que estava estruturada para desencorajar qualquer estudante que porventura tivesse um mínimo de interesse em aprender algo da língua materna.
Alguém já ouviu falar em canaz, fatacaz, façoila, feanchão, fradalhão, fradegão, lobaz, truanaz???
Alguém, em toda a vida, já viu alguma dessas palavras escritas em qualquer um dos milhões de livros escritos em lingua portuguesa? Ou traduzidos para?
Alguém, em toda a vida, já ouviu alguém falar, ou sequer mencionar, alguma dessas palavras?
Creio, com sinceridade, que, nem os mais antigos de nós, poderia responder "sim" a essas perguntas. Por uma única razão: são palavras que nos ensinavam como aumentativo de alguma coisa, nas boas e, nem tanto, gramáticas que nos eram esfregadas nas nossas fuças, mas que nunca seriam usadas. À época do aprendizado já intuíamos que aquilo era letra morta, não iria nos servir para nada. Absolutamente nada na vida.
Será que, atualmente, o ensino de português mudou alguma coisa? Ou continua transmitindo essas trevas linguísticas inúteis?
Estes agricultores descobriram, após anos de pesquisas junto às cercas de sua propriedade, o que parecia impossível: como obter rápida e temporariamente o tão sonhado "abdome tanquinho".
Pensamento da estação "Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária." – Karl Marx
E quem és? disse eu ao aguaceiro que cai suave,
Que, estranhamente, me deu esta resposta, aqui traduzida:
Eu sou o Poema da Terra, disse a voz da chuva,
Eterno ergo-me impalpável
da terra e do mar sem fundo,
Em direção ao céu, de onde,
surgindo sob uma forma vaga,
completamente transformado e no entanto o mesmo,
Desço para banhar a aridez, os átomos,
as camadas de pó do globo,
E tudo o que nelas sem mim
seria apenas sementes adormecidas e por nascer;
E para sempre, de dia e de noite,
devolvo a vida à minha própria origem
e torno-a pura e embelezo-a,
(Porque a canção, saída da sua terra natal,
depois de cumprido o seu dever e ter deambulado,
Ouvida ou não na sua hora, regressa com amor).
Embora continuem populares, os livros e programas de auto-ajuda têm sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados. De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.
O livro "God is My Broker" (Deus é meu Agente) afirma: "O único modo de se tornar rico com um livro de auto-ajuda é escrever um". Livros de auto-ajuda também são criticados por conter afirmações pseudocientíficas (*) que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos" e citações de teorias de outros autores que não condizem com o livro.
Outra grande crítica à auto-ajuda é o oferecimento de coisas que podem não ser atingidas pelo leitor como riqueza ou saúde, bastando acreditar em si mesmo, porém quando o leitor não atinge a meta proposta pela auto-ajuda, ele se torna infeliz por ser incapaz de realizar seus desejos.
Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro "I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional" (Eu sou Deficiente, Você é Deficiente), critica o movimento da auto-ajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas.
Pense no abdome do vaga-lume como uma caixa preta da bioluminescência. Há cerca de 60 anos, os cientistas sabem os ingredientes básicos que entram nessa caixa - coisas como oxigênio, cálcio, magnésio e uma substância química natural chamada luciferina. E eles também sabem o que sai da caixa - fótons, ou luz, sob as formas de lampejos amarelos, verdes, laranjas e até mesmo azuis, aqueles que você vê piscando em seu quintal nas noites de verão.
Mas, até recentemente, as reações químicas reais que produzem a luz do vaga-lume estavam envoltas em mistério. Especificamente, dois dos ingredientes acima mencionados, o oxigênio e a luciferina, não são suscetíveis de reagir entre si do modo que seria necessário para produzir luz.
Agora, o mistério foi resolvido.
Os experimentos de Branchini mostram que o oxigênio envolvido no brilho do vaga-lume é o ânion superóxido, uma forma de oxigênio molecular que contém um elétron extra. Isto é o que dá ao oxigênio a propriedade de reagir com a luciferina.
Ele acrescenta que esses ânions superóxidos poderiam explicar a bioluminescência em toda a natureza, do plâncton aos peixes de profundidade.
Vaga-lume ou vagalume?
"Vaga-lume", antes, era escrito assim e também sem hífen: "vagalume". As duas possibilidades estavam autorizadas pela 4ª edição do Vocabulário Ortográfico. Nesta atual 5ª edição, somente a forma hifenizada é permitida. O verbo "vagalumear" continua escrito assim.
Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 serão disputados em Pyeongchang, na Coreia do Sul, A grande esperança de o Brasil ganhar uma medalha nesses jogos vem de um esporte muito pouco conhecido em nosso país: o curling.
Eis um de nossos atletas (foto) se preparando com afinco para a competição.
Estamos avançando pela era geológica Antropoceno, na qual deverá ocorrer a sexta extinção em massa na história do planeta. Um estudo recente publicado no periódico "Science" concluiu que as espécies existentes no mundo hoje estão desaparecendo em uma velocidade mil vezes maior que o ritmo natural de extinção. Segundo pesquisadores, em 2100, entre um terço e metade de todas as espécies da Terra poderá estar extinta.
Em consequência disso, está havendo um aumento nos esforços para proteger espécies, e governos, cientistas e organizações sem fins lucrativos tentam construir uma versão moderna da Arca de Noé. A nova arca certamente não terá a forma de um grande barco, e sim de uma série de medidas, incluindo migração assistida, bancos de sementes, novas reservas ecológicas e corredores de deslocamento baseados nos possíveis lugares para onde as espécies irão migrar.
As questões envolvidas são complexas. Que espécies deverão ser salvas? Aquelas mais ameaçadas de extinção ou as que têm maior chance de sobreviver? Animais carismáticos, como leões, ursos e elefantes, ou os mais úteis para nós?
Formada em 2012 pelos governos de 121 países, a Plataforma Intergovernamental de Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES, em inglês) é uma iniciativa que visa a proteger e a restaurar espécies em áreas selvagens e resgatar outras, a exemplo das abelhas, que desempenham funções vitais para os ecossistemas habitados por humanos. Cerca de três quartos da produção mundial de alimentos dependem basicamente das abelhas. [...]
A Arca de Noé da Embrapa
O novo Banco Genético da Embrapa localizado em Brasília/DF pode ser comparado a uma Arca de Noé e possui uma característica importante: pela primeira vez no Brasil, as pesquisas de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos estarão reunidas em um só espaço. O país é rico em recursos genéticos e sua biodiversidade compreende 20 por cento de todas as espécies de plantas, animais e microrganismos do planeta, o que representa o maior patrimônio biológico do mundo. O conhecimento e a conservação desses recursos são fundamentais para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar da população, por isso, várias instituições brasileiras, incluindo unidades da Embrapa, empresas estaduais de pesquisa, universidades, entre outras vêm investindo no desenvolvimento de pesquisas e ações para assegurar a conservação e o uso adequado dos recursos genéticos.
O experimento original com Coca e Mentos, salvo erro de citação de pesquisa, aconteceu em 2006. Depois disso, outros "cientistas" reproduziram a experiência tantas vezes que ela se viralizou na internet. Mas acabou caindo no esquecimento.
Em 2014, o experimento precisava ser épico para [ainda] ser notícia.
Foi o que alguém fez, com a roupa coberta de Mentos, ao pular num tanque cheio de Coca-Cola.
Veja como foi:
No século 18, o jurista inglês Jeremy Bentham (1748–1832) projetou o Panopticon (imagem), um modelo estrutural que poderia ser aplicado às mais diversas instituições (penitenciárias, por exemplo), como forma de otimização da vigilância e de economia de pessoal que realiza tal função.
Esta estrutura era caracterizada por um edifício circular com uma torre de vigilância e as celas dispostas em sua volta. Cada uma das celas teria uma abertura para a entrada de luz e portas com grades para a difusão da luz no interior do edifício.
Porém, a difusão da luz se daria de um modo que o encarcerado não conseguisse enxergar o exterior, nem o vigilante presente no centro da torre. Todo esse mecanismo estrutural tinha como objetivo a impactação psicológica sobre os encarcerados, para que eles se sentissem observados todo o tempo. Sem conseguir enxergar o que ocorria externamente ao edifício, eles seriam tomados por um enorme sentimento de solidão, mesmo que estivessem "acompanhados" pelo vigilante. Bentham acreditava que este impacto nunca seria esquecido por aqueles que passassem por lá. Com isso, o local atuaria como uma espécie de prevenção para que o encarcerado, por receio de voltar novamente à instituição, não mais tornasse a delinquir.
Ele estava tão obcecado com a ideia que propôs colocá-la em prática, pessoalmente. "Permitam-me construir uma prisão neste modelo", escreveu ele ao Committee for the Reform of Criminal Law. "Eu vou ser o carcereiro. Vocês vão ver que o carcereiro não terá salário. Não vai custar nada à nação".
Ele passou grande parte da década de 1790 tentando emplacar seu projeto. E, como não conseguiu encontrar apoio, o Panopticon nunca foi construído.
No Wikipédia, você lê que a Teoria Panóptica de Bentham tinha um alcance maior. Além das penitenciárias, o autor preconizava a sua aplicação nas fábricas, manicômios, hospitais e escolas.
Em 6 de agosto de 1945, uma bomba de fissão de urânio, de codinome "Little Boy", foi detonada pelos Estados Unidos sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, outra bomba de fissão, desta vez de plutônio, de codinome "Fat Man", foi explodida sobre a cidade de Nagasaki, no Japão. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil pessoas — a maioria civis — por causa dos graves ferimentos decorrentes das explosões e da radiação. O papel dos bombardeamentos nucleares na rendição do Japão e se seu uso foi ético ainda hoje são objetos de discussão.
Lanternas de papel em rio de Hiroshima para lembrar as vítimas da bomba de 1945
Pai, o que você quer no Dia dos Pais?, perguntava com carinho.
Na maioria das vezes, perguntava por perguntar. A grana era curta. Muito curta, mesmo. E a gente ainda gastava com futilidades do dia a dia. E o presente, quase sempre, era um cinto novo, um par de meias... Quando melhorava um pouco, dava para ser um perfume - se viesse com um desodorante junto, era o top do top -, uma caixa de sabonetes... Hoje, talvez "evoluisse" para um apareclho celular ou coisa assim. Mas o importante era a lembrança.
A resposta era sempre doída:
- Não quero nada, filho. A única coisa que quero é que vocês sejam felizes.
- Ah, pai...!
Esse "Ah, pai...!" deveria ser completado com um gesto de carinho ou com a frase "... vocês sabem como somos gratos a vocês, como amamos vocês! De todo o coração!", mas ficava apenas, e sempre, no "Ah, pai...!".
Pior era quando a resposta do pai vinha acompanhada do inevitável sermão:
- Quero paz, tranquilidade, mas vocês só dão preocupação. Não sei o que vocês veem nessas farras? Vocês acham que esses amigos vão lhes dar futuro? Amigos assim não dão manga de camisa pra ninguém. Vocês têm todo o futuro pela frente e, final de semana, ficam nessa rotina vazia de botecos e andanças de madrugada. Correndo riscos desnecessários...
E seguia uma longa lista das bobagens recentes que fazíamos. E que tínhamos consciência que fazíamos. E mais consciência ainda que eram bobagens, mesmo. À época, nos parecia um sermão interminável e irritante.
- Tá bom, pai, vou perguntar pra mãe o que o senhor precisa, falava resignado.
E a mãe desfiava a mesma ladainha.
Hoje, talvez um pouco tarde, entendo-os perfeitamente, mas não tenho coragem de repetir a frase fatídica.
Ah, mas como gostaria de repeti-la. Com todo o sermão, carinho e amor de pai.
A regra da igualdade não consiste senão em aquinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do orgulho e da loucura. Os apetites humanos conceberam inverter a norma universal da criação, pretendendo, não dar a cada um na razão do que vale, mas atribuir o mesmo a todos como se todos se equivalessem. Rui Barbosa
Na Guatemala, a vida após a morte é algo a ser comemorado, e este aspecto cultural do país é facilmente visto em seus cemitérios. Espalhados pela zona rural da Guatemala, esses cemitérios apresentam lápides e mausoléus pintados nas cores recordadas como favoritas dos mortos. É a forma que os amigos e familiares deles encontram para homenageá-los. Alguns desses cemitérios coloridos, especialmente aqueles nos departamentos de Sololá, Chichicastenango e Xela, tornaram-se atrações turísticas.
Quatro horas da manhã, um homem, visivelmente bêbado, cai não cai, caminha pela rua escura e deserta.
Um carro da polícia se aproxima e um dos policiais fala:
- Meu amigo, esta rua deserta é muito perigosa. É melhor tomar cuidado. Que mal pergunte, onde o amigo vai a uma hora destas?
- Estou indo assistir a uma palestra.
- Palestra?! A esta hora? Sobre o quê?
- Sobre os efeitos do álcool e das drogas no corpo humano. Os danos causados pela esbórnia. A farra na degradação da vida amorosa conjugal. Os impactos negativos sobre o sistema nervoso central e periférico advindos dessa vida desregrada. Dos malefícios aos órgãos internos e também externos devastados pela ingestão desenfreada de fumo, álcool e drogas ilícitas. E a vida sem Deus no coração.
- Ô meu, fala sério! E quem vai dar uma palestra destas a esta hora da madrugada?
- Minha esposa, quando eu chegar em casa.
Os primeiros Jogos Olímpicos sediados na América do Sul acontecerão no Rio de Janeiro, durante o período de 5 a 21 de agosto de 2016, com a cerimônia de abertura a ser realizada no estádio do Maracanã.
Este vídeo, a um ano das Olimpíadas, é um convite para você ir entrando no clima:
Tudo que você realmente precisa para ser contra a guerra é ter um bom senso de história. Guerras raramente terminam bem. Na verdade, a maioria acaba mal para um lado, para o outro lado, e, por vezes, para ambos os lados e para todos os outros ao redor. Guerra é uma merda. No entanto, cada vez que nos viramos, há alguém por aí que acha que devemos ir correndo para salvar alguém da morte certa. O céu está caindo, mais uma vez, e só a América pode resolver isso.
Como isso tem funcionado?
A intervenção para acabar com todas as intervenções foi no Vietnã. Ficamos lá até que 58 mil norte-americanos fossem mortos. Afora os 1.500 que nunca foram contabilizados e que estão presumivelmente mortos, exceto para aquelas pessoas que ouvem rádio e acreditam que eles ainda estão sendo mantidos em cativeiro.
Fomos para o Vietnã para ajudar a sustentar um governo impopular e, com o passar dos anos, as coisas foram ficando terríveis. Oh, meu deus, por que não podíamos simplesmente sair, pouco nos importando com o que aconteceria depois com aquelas pessoas?
Em 1962, o presidente Kennedy, o secretário de Defesa McNamara e seus conselheiros militares decidiram ficar no Vietnã, não porque era a coisa certa a fazer, mas porque simplesmente não se conseguia encontrar uma maneira de sair. E, naquela época, menos de trezentos norte-americanos haviam morrido por lá.
Mas, então houve o Iraque 1 e, em seguida, o Iraque 2, e depois houve o Afeganistão, versão 399,76 (porque, em um ponto ou outro do tempo, todos na Terra já invadiram aquele país).
Acaba mal. Portanto, fique fora disso!
Mas... estávamos certos de que a Tempestade no Deserto, a Primeira Guerra do Golfo, também estava certo. Ela acabou bem, não foi? Só que, outro Bush depois, lá estávamos nós de volta ao Iraque.
Então, o que aconteceu de novo depois que saímos do Vietnã? Houve um banho de sangue e um monte de pessoas foram mortas. Deixamos o Iraque, mas o sangue continua a fluir. Que, diabos, queremos mais que aconteça? Pegamos o décimo mais forte militar do mundo e, após tirá-lo do governo, o substituímos por algumas pessoas que fizeram negócios com a gente. Mas as pessoas que seguiam as nossas regras não continuaram sendo as pessoas que levariam outras pessoas a segui-las, Hei, isso se parece com o "Nã", não é?
Quando você entra em um país e mata algumas pessoas, e explode coisas, tem que se perguntar se pretende permanecer no lugar, como fizemos aqui na América. É assim que as guerras são vencidas. Se você não está interessado em que seja assim, o que, diabos você está fazendo? É como chutar na porta de alguém, não pegar o que tem e lhe dizer que você é amigo porque não pegou nada.
Nosso governo não tem a menor ideia de como conduzir uma guerra nem de por que as guerras são travadas.
Devemos apenas sair. E, antes de estarmos de volta, nós devemos dizer às pessoas "Lamentamos, mas vocês agora é que vão lutar suas guerras. Quando nós mesmos lutamos os resultados nunca são o que esperamos."
Como a Lua se tornou uma lata de lixo
A Lua tem sido acessível à humanidade somente nas últimas décadas. No entanto, nesse curto espaço de tempo, estima-se que o homem deixado sobre a superfície lunar mais de 170 mil quilos de detritos. Aqui estão algumas das peças mais notáveis do lixo na Lua.
Estes dois reservatórios foram cheios com amostras da água do Rio Honga, retiradas do estuário na Baía de Chesapeake, EUA.
Duas horas após, esta fotografia foi batida.
Como explicar a diferença que se observa na transparência da água de um reservatório para outro?
É que o tanque da direita também contém ostras. E elas filtraram toda as algas que existiam no tanque em que foram colocadas.
Normalmente, uma única ostra pode filtrar até 7,5 litros de água por hora. E isso traz enormes benefícios para o ecossistema.
MAIS...
... bem informado do que gerente de funerária.
... chato do que chinelo de gordo.
... pesado do que sono de surdo.
... enrolado do que briga de polvos.
... baixo do que voo de marreca choca.
... gorduroso do que telefone de açougueiro.
... babado do que boi com aftosa.
... demorado do que enterro de rico.
... corado do que bunda de mandril.
... falso do que nota de três reais.
... folgado do que colarinho de palhaço.
... grosso do que dedo destroncado.
... perigoso do que barbeiro com soluço.
... difícil do que varrer escada para cima.
... fácil do que a tabuada do 1.
... desajeitado do que embrulho de velocípede.
... perdido do que calcinha em lua-de-mel.
... grosso do que reboco de igreja.
A comparação, segundo Hênio Tavares, é o confronto de dois ou mais objetos em que depreendemos algum ponto de contato. E, como tal, é um dos recursos básicos da linguagem humana.
Portanto, não subestimemos a importância da comparação; esta constitui o primeiro passo da metáfora (PGCS).
De uma conversa em Paris, na École Normale Supérieure, entre David Graeber e Thomas Piketty, publicada na revista Mediapart e traduzida do francês para o siteThe Baffler.
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Piketty: "Um dos pontos que eu mais aprecio no livro de David Graeber é o elo que ele mostra entre a escravidão e a dívida pública. A forma mais extrema de dívida, diz ele, é a escravidão: os escravos sempre pertencem a outras pessoas e o mesmo, potencialmente, acontece a seus filhos. Em princípio, um dos grandes avanços da civilização tem sido a abolição da escravatura.
Como Graeber explica, a transmissão intergeracional da dívida que a escravidão reencarnada encontrou foi a moderna forma no crescimento da dívida pública, o que permite a transferência de endividamento de uma geração para a seguinte. É possível imaginar um exemplo extremo disso, com uma quantidade infinita de dívida pública no valor de não apenas um, mas de dez ou vinte anos de PIB, um fato que cria, para todos os efeitos, uma sociedade escravista, em que toda a produção e toda a criação de riqueza são dedicados ao pagamento da dívida.
Dessa forma, a maioria seria escravizada pela minoria, o que implica uma reversão para os primórdios da nossa história.
Na realidade, ainda não estamos nesse ponto. Há ainda uma abundância de capital para compensar as dívidas. Mas essa forma de olhar para as coisas nos ajuda a entender a nossa estranha situação, em que somos considerados culpados e estamos continuamente assaltados pela afirmação de que cada um de nós é o "dono" de trinta a quarenta mil euros de dívida pública do país."
[...]
Piketty [ao final]: "Quando os governos ocidentais querem enviar um milhão de soldados para o Kuwait para impedir que o petróleo do Kuwait seja apreendido pelo Iraque, eles fazem isso. Vamos ser sérios: Se eles não têm medo de um Iraque, eles não têm razão para temer as Bahamas ou Nova Jersey. Cobrança de impostos progressivos sobre a riqueza e o capital não apresentam problemas técnicos. É uma questão de vontade política.
Uma das maneiras mais comuns para mostrar a distância que separa a Terra da Lua é representá-las como uma bola de basquete (a Terra) e uma bola de tênis (a Lua). Em seguida, você pergunta às pessoas a que distância estariam proporcionalmente aos tamanhos em que foram representadas.
Elas geralmente abrem os braços para fazer uma estimativa da distância.
Mas,
A verdade é que se a Terra fosse uma bola de basquete e a Lua uma bola de tênis, teríamos que nos separar de cerca de 12 passos para ter a distância correta.
Vídeo Veritasium
Na distância entre a Terra e a Lua caberiam alinhados os demais planetas do sistema Solar.
A Lei de Godwin
Conhecida também como A Regra das Analogias Nazistas de Godwin, tem por base uma afirmação feita em 1990 por Mike Godwin, um advogado americano conhecido por formular essa "lei", que diz:
“À medida que cresce uma discussão na internet, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou nazismo aproxima-se de 1 (100%).”
Há uma tradição em listas de discussões e fóruns que, se tal comparação é feita, é porque quem mencionou Hitler ou os nazis ficou sem argumentos. É o fim da linha — o que pode vir depois do mal absoluto? Entregou os pontos.
Tais comparações costumam aparecer em discussões políticas e religiosas. Reductio ad Hitlerum
Uma criação do professor Leo Strauss, da Universidade de Chicago, que tem o mesmo sentido da Lei de Godwin. Vê-se que é uma adaptação marota de outra expressão: “reductio ad absurdum”. Então, quando não se há mais o que dizer, quando a coisa fugiu ao controle, surge a cartada nazista. Pronto. Discussão perdida.
Em 1º. de setembro de 1939, um rebanho de 850 ovelhas deitou-se para dormir em Pine Canyon, nas montanhas do noroeste do Utah. Quando sobreveio uma tempestade, que fez cair um raio que matou 835 ovelhas, 98 por cento do rebanho.
Tempos atrás, em 18 de julho de 1918, dois raios haviam eletrocutado 654 ovelhas em Fork Canyon, na região centro-norte de Utah.
Atacado por um tubarão durante a etapa de Jeffrey's Bay, da World Surf League, o australiano Mick Fanning retornou pela primeira vez ao mar para uma gravação para o programa 60 Minutes, da televisão americana, e encontrou justamente o que mais temia.
O tricampeão mundial, que voltou a surfar na Austrália, garantiu ter visto um tubarão enquanto surfava para o programa. Fanning, ao ver aquela barbatana se aproximando, imediatamente subiu no jet-ski e deixou a água.
Caceta! Agora Mick deve ser o sonho de consumo de todo tubarão.
Sabia dessa? Você tem cortado bolo do jeito errado durante toda a vida!
É matemática pura. O jeito que a maioria das pessoas fatia um bolo simplesmente não é interessante, a não ser que se coma o bolo inteiro de uma só vez. Isso porque o corte em pedaços triangulares deixa parte do bolo exposta ao ressecamento, o que compromete a qualidade do produto.
Neste vídeo, o autor britânico Alex Bellos demonstra uma teoria publicada na revista Nature, em 1906, que explica – de forma bastante convincente – qual seria a melhor forma de cortar um bolo.
À primeira vista pode até parecer que você está quebrando todas as regras de etiqueta, mas o resultado vale a pena. Prepare-se para mudar, de agora em diante, um hábito anacrônico de sua vida.
Nove lobos compartilham um território comum em um zoológico. Como dividir o território usando apenas dois quadrados para que cada animal tenha seu espaço exclusivo?
A Fernando Gurgel Filho que trouxe o feijão para o caldeirão
1 Feijoada à minha moda
Vinicius de Moraes
Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora — perdoe — tão tarde
(Melhor do que nunca!) este poeta
Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa.
Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz, de molho
E a cozinheira, por respeito
À nossa mestria na arte
Já deve ter tacado peito
E preparado e posto à parte
Os elementos componentes
De um saboroso refogado
Tais: cebolas, tomates, dentes
De alho — e o que mais for azado
Tudo picado desde cedo
De feição a sempre evitar
Qualquer contato mais... vulgar
Às nossas nobres mãos de aedo.
Enquanto nós, a dar uns toques
No que não nos seja a contento
Vigiaremos o cozimento
Tomando o nosso uísque on the rocks
Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão
E em elegante curvatura:
Um pé adiante e o braço às costas
Provaremos a rica negrura
Por onde devem boiar postas
De carne-seca suculenta
Gordos paios, nédio toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)
E — atenção! — segredo modesto
Mas meu, no tocante à feijoada:
Uma língua fresca pelada
Posta a cozer com todo o resto.
Feito o quê, retire-se o caroço
Bastante, que bem amassado
Junta-se ao belo refogado
De modo a ter-se um molho grosso
Que vai de volta ao caldeirão
No qual o poeta, em bom agouro
Deve esparzir folhas de louro
Com um gesto clássico e pagão.
Inútil dizer que, entrementes
Em chama à parte desta liça
Devem fritar, todas contentes
Lindas rodelas de lingüiça
Enquanto ao lado, em fogo brando
Dismilingüindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso
Em cuja gordura, de resto
(Melhor gordura nunca houve!)
Deve depois frigir a couve
Picada, em fogo alegre e presto.
Uma farofa? — tem seus dias...
Porém que seja na manteiga!
A laranja gelada, em fatias
(Seleta ou da Bahia) — e chega
Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco da gordura
Da lingüiça na iguaria — e mexa-se.
Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
— Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão...
Dever cumprido. Nunca é vã
A palavra de um poeta...— jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin
O seu Vinicius de Moraes.
2 Feijoada completa
Chico Buarque
Mulher, você vai gostar:
Tô levando uns amigos pra conversar.
Eles vão com uma fome
Que nem me contem;
Eles vão com uma sede de anteontem.
Salta a cerveja estupidamente
Gelada pr'um batalhão
E vamos botar água no feijão.
Mulher, não vá se afobar;
Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar.
Ponha os pratos no chão e o chão tá posto
E prepare as linguiças pro tira-gosto.
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão.
Mulher, você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar:
Arroz branco, farofa e a malagueta;
A laranja-bahia ou da seleta.
Joga o paio, carne seca,
Toucinho no caldeirão
E vamos botar água no feijão.
Aliás, depois de salgar
Faça um bom refogado,
Que é pra engrossar.
Aproveite a gordura da frigideira
Pra melhor temperar a couve mineira.
Diz que tá dura, pendura
A fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão.
3 Feijoada à moda de outros
Uma feijoada só é realmente completa quando tem uma ambulância de plantão.
Stanislaw Ponte Preta
Ninguém consegue ser subversivo após uma feijoada.
Barbosa Lima Sobrinho
Na laranja e na couve picada - as cores brasileiras da feijoada.
Luiz Bacellar
Não gosto de futebol, feijoada, cerveja nacional e odeio Copa do Mundo. Se pudesse escolher, moraria em Paris, NY ou Londres.
Ed Motta
Infinitivamente pessoal. Frio, música pop internacional dos anos 70, pagode, feijoada, filme de suspense e um bom suco de laranja. Se você não gostar, não faz diferença pois eu vou continuar gostando do mesmo jeito!
Mestre Ariévlis