09 março, 2021

Uma explosão em cadeia com energia incomensurável

Quer tirar um cientista do sério?
Diga para ele que o LHC (Large Hadron Collider), o Grande Colisor de Hádrons, é uma "máquina do fim do mundo". Até mesmo Brian Cox, possivelmente o físico mais popular do Reino Unido na atualidade, apresentador de séries sobre ciência no canal público BBC, perdeu a paciência e saiu soltando palavrões sobre quem diz que os experimentos com as micropartículas são uma ameaça. Para os leigos aterrorizados com a possibilidade de um colapso do vácuo quântico, em que uma terrível reação em cadeia liberaria uma quantidade de energia incomensurável, capaz de destruir não só a Terra como até mesmo o Sistema Solar.
O professor Kepler Oliveira (apud "Como o mundo pode acabar?", em Terra - Ciência), coloca os fatos sob esta perspectiva:
"A energia das partículas que estamos estudando é desprezível comparada com qualquer colisão de dois automóveis que vemos todos os dias."
LHC
É o maior acelerador de partículas do mundo, o qual, conforme a ampla divulgação a respeito, entrou nesta data (10/09/2008) em funcionamento. Situado na fronteira da França com a Suíça, a 100 metros de profundidade e ocupando um túnel circular de 27 quilômetros, o LHC se destina a acelerar feixes de prótons. Até uma alta velocidade em que, ao se colidirem, os prótons liberarão outras formas de partículas e energia. A seguir, pela análise dos resultados obtidos no LHC, importantes teorias da Física poderão ser confirmadas, fazendo avançar o conhecimento humano em sua busca pela origem do Universo. Ou, por seu fim, com a Terra sendo sorvida por um grande buraco negro que se formará no acelerador, conforme acreditam os catastrofistas de plantão.
Este vídeo mostra o LHC "invadido" por um grupo de rappers que dá uma "aula magna" sobre o assunto.

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