Algum tempo depois, surge o programa "Uma Terra, Duas Águas", com objetivo de implementar a cisterna maior, com capacidade para armazenar 52 mil litros e voltada para produção. Os modelos mais instalados são o do calçadão retangular e o da enxurrada, que ainda hoje são construídos.
Porém, os técnicos enxergavam um problema, sobretudo, na cisterna de calçadão: a tecnologia consumia muito espaço nas terras dos pequenos agricultores, aproximadamente 200 m² de área de cimento, onde a água da chuva é jorrada. Foi aí que os técnicos se debruçaram em busca de outra solução.
Em 2007, teve início as primeiras experiências para criar uma cisterna com calçadão circular em que a água que atingisse seu teto também fosse captada, possuindo a mesma capacidade de estocamento: 52 mil litros. Com 80 m² de área, que escorre para as fendas nas bordas, surge a tecnologia batizada de Chapéu do Padre Cícero, por causa do seu formato (foto). E também para homenagear o Padre que incentivava a construção de uma cisterna em cada casa.

Apesar de ser certificada pela Fundação Banco do Brasil, em 2013, a tecnologia dessa cisterna ainda é pouco difundida no Nordeste e se restringe à região do Cariri, onde foi criada pela Associação Cristã de Base. O custo de cada cisterna "Chapéu do Padre Cícero" é R$ 6 mil, sendo 40% menor que o custo da convencional, pois utiliza-se de menos material e de menos mão de obra.
Texto e foto de Antonio Rodrigues, publicado em 15/02/2018, no Diário do Nordeste
(condensado por PGCS)
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