26 novembro, 2006

Caminhando e aprendendo - 1

NENÚFARES
No Parque do Cocó onde gosto de fazer minhas caminhadas apareceram alguns nenúfares. São plantas aquáticas formadas por folhas flutuantes, entre as quais despontam botões que florescem, e que fazem de um recanto do mangue o seu novo habitat. Para o enlevo dos fortalezenses que circulam nas trilhas do parque.
Na natureza há muitas espécies de nenúfares. A mais famosa delas é a vitória-régia, nativa dos rios da bacia amazônica, cujas folhas alcançam dois metros de diâmetro. E dizem que uma delas é capaz de suportar o peso de uma pequena criança. Sem que ambas afundem.
Admito ser isso possível mas antes preciso de alguma prova. Uma foto que alguém me envie, por exemplo.

Um comentário:

Paulo Gurgel disse...

Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci (a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites. Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela os recusava. E mal podia esperar a noite chegar quando saía para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Esperava sua subida e descida no horizonte e já quase de manhãzinha saía correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua. Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar.
Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse para ir em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé. Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exultar de felicidade! Finalmente estava ali, bem próximo de suas mãos Jaci. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas, mas acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas a refletir o clarão do luar. Naiá virou a Vitória Régia, a grande flor amazônica de águas calmas que só abre suas pétalas ao luar.

http://www.amazonia.com.br/folclore/lenda_regia.asp