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31 julho, 2012

A garota do hino

Ó, dizei, a bandeira estrelada ainda tremula
Sobre a terra dos livres e o lar dos valentes?

(versos de Star-Spangled Banner, o hino nacional dos EUA)


Só sorrisos de mofa?
Ora, mandem para cá essa garota que cantou o hino. Pode ser através do intercâmbio cultural, e com a recomendação de que ela passe na Rádio Vanusa para uma audição.
Na próxima apresentação dela, garanto que vocês vão rir a bandeiras despregadas.

O que rola na Rádio Vanusa
♪As canções que você mixou para mim♪
♪Outras canções que você mixou para mim♪

A queda de Houdini

No clímax do filme "The Grim Game" ( de 1919) o personagem principal (Harry Houdini) deveria descer por uma corda entre dois aeroplanos. Durante a filmagem, os aviões colidiram: um deles mergulhou de uma altura de 4.400 pés em direção ao solo (a partir de 4:40, no vídeo abaixo).
Ninguém ficou ferido, mas o acidente foi filmado e a história foi reescrita para incorporar a sequência da queda do aeroplano.
O mágico Houdini se vangloriou de que "todas as acrobacias tinham sido efetivamente realizadas". Ofereceu ainda US $ 1.000 "para quem provasse que a colisão mostrada no filme não tinha acontecido."
Era genuína, tudo bem, mas o ator naquela cena não era Houdini. Era um ex-piloto da Força Aérea dos EUA, chamado Robert E. Kennedy, que tinha realizado as acrobacias e que, na edição do filme, foram entrecortadas com closes de Houdini.
Durante o acidente, Houdini tinha estado em segurança no chão, com o braço numa tipoia, em consequência de uma queda de três pés de altura.

30 julho, 2012

"MENSALÃO". Começa o julgamento pós-condenação da mídia golpista

Analise através das capas da Revista Veja o comportamento da mídia golpista em relação ao suposto mensalão e descubra a verdade sobre os fatos. De 2002 até a cassação de Demóstenes Torres, uma complexa trama de interesses particulares transformou um réu sem provas em condenado pela mídia.


DIA 2 DE AGOSTO COMEÇA O JULGAMENTO DO "MENSALÃO". 
QUEREMOS UM JULGAMENTO TÉCNICO, BASEADO NAS PROVAS E NÃO UMA CONDENAÇÃO PAUTADA PELA MÍDIA.
#JulgamentoLimpo
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-mensalao-nas-capas-de-veja

E QUANDO VAI SER JULGADO O MENSALÃO TUCANO?
Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
Começa no próximo dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal, o julgamento do chamado "mensalão do PT". Muito justo: afinal, o caso já se arrasta desde de 2005 e nós estamos em 2012. Estava na hora.
Por falar nisso, pergunto: e quando vai ser julgado o "mensalão tucano", rebatizado pela grande imprensa de "mensalão mineiro", que é bem mais antigo e vem se arrastando desde 1998?
Para se ter notícias do "mensalão do PT", basta abrir qualquer jornal ou revista, ligar o rádio ou a televisão, está tudo lá diariamente, contado em caudalosas reportagens nos mínimos detalhes, comprovados ou não.
Já o "mensalão tucano" foi simplesmente escondido pela mídia reunida no Instituto Millenium, que não quer nem ouvir falar no assunto. Quem quiser saber a quantas anda o processo que dormita no Supremo Tribunal Federal precisa acessar aquilo que o tucano José Serra chama de "blogs sujos".
[...]
Sob o título "Mensalão tucano e silêncio da mídia", o blog de Altamiro Borges tratou do assunto no último dia 10 de junho:
"Na quarta-feira passada (6), finalmente o Supremo Tribunal Federal decidiu incluir na pauta o debate sobre o "mensalão tucano", o esquema utilizado patra alimentar a campanha pela reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. A mídia, porém, não deu qualquer destaque ao assunto. Algumas notinhas informaram apenas que o "mensalão mineiro" também será julgado em breve _ a imprensa demotucana evita, por razões óbvias, falar em mensalão tucano".
Quer dizer, 14 anos depois, o STF decidiu colocar na pauta e vai começar a debater o "mensalão tucano". Nem se pensa ainda em marcar uma data para o julgamento, ao contrário do que aconteceu com o "mensalão do PT", que virou um caso de vida ou morte para a mídia e precisa porque precisa ser julgado - e todo mundo condenado - antes das eleições de outubro. Altamiro explica:
"O caso é bastante emblemático. Ele serve para comprovar a seletividade da chamada grande imprensa. O escândalo surgiu bem antes das denúncias contra o PT. A própria Procuradoria-Geral da República, ao encaminhar o caso ao STF, em novembro de 2007, afirmou que o esquema foi "a origem e o laboratório" do mensalão do PT. Ele teria sido armado pelo mesmo publicitário Marcos Valério, que montou o famoso "valerioduto" para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos e doações de empresas privadas".
[...]

Aos tempos bicudos

Enterprise, no Alabama, tem o único monumento do mundo dedicado a uma praga agrícola.
Na década de 1890 o bicudo mexicano começou a devastar as culturas de algodão do Alabama. Em 1916, todo o algodão do Estado se achava infectado pelo inseto, o que causava de 20 a 40 milhões de dólares por ano em prejuízos econômicos. Inseticidas, queima controlada e programações inovadoras de plantio foram tentados, mas nada funcionou.
H.M. Sessions, um empresário local, convenceu endividados agricultores locais a substituir o algodão pela cultura do amendoim. Diante da excelente produção deles, agricultores vizinhos logo seguiram o exemplo e, em 1917, o condado obteve a maior safra de amendoim do país.
Com o cultivo do amendoim tendo provado ser mais rentável do que o algodão, em 1919, outro empresário, Roscoe Fleming, propôs a criação de uma estátua dedicada à praga "que tinha sido um arauto da prosperidade". E uma estátua clássica, de 1.800 dólares, foi encomendada a um escultor italiano. Trinta anos depois, a imagem ampliada de um bicudo foi acrescentada no topo da estátua. Nada poderia ser mais explícito.

A Virtue of Necessity, Futility Closet

29 julho, 2012

Um sequestro simulado

Ocorreu em março, na Pennsylvania, durante uma reunião de um grupo de jovens.
Os adolescentes foram levados com os olhos vendados por homens armados (com as armas descarregadas, embora não soubessem disso). Transportados numa van até a casa de um pastor de sua igreja, no local a que foram conduzidos encontraram o pastor coberto de sangue e sofreram interrogatórios agressivos.
O evento foi planejado para ensinar os jovens que os cristãos, muitas vezes, enfrentam perseguições e que, por tais razões, precisam de ser assim preparados antes de servirem como missionários em outros países.
Os pais deram queixas na polícia.

A maratona épica de Dorando Pietri

A primeira vez que Londres sediou os Jogos Olímpicos foi em 1908. Naquele ano, os jogos deveriam acontecer em Roma. Mas... com o Monte Vesúvio em período de franca erupção, os jogos foram transferidos para a capital inglesa.
Uma competição internacional em que o cabo-de-guerra e a caminhada de dez quilômetros eram esportes oficiais, as mulheres competiam usando saias compridas, e os homens levavam 10,8 segundos para completar a corrida de cem metros.
Naqueles jogos, o corredor italiano Dorando Pietri protagonizou, em 24 de julho de 1908, um dos episódios mais dramáticos da história olímpica.
Após liderar solitário os últimos quilômetros da maratona, ele chegou ao Estádio Olímpico White City completamente exaurido e desorientado, caindo ao chão da pista de atletismo por diversas vezes. Próximo da chegada e do desfalecimento completo, Dorando - que levou cerca de dez minutos para completar os 400 m da volta na pista - foi ajudado pelos fiscais (destaque para aquele de megafone em punho) a cruzar a linha de chegada, com o que acabou sendo mais tarde desclassificado em prol do norte-americano Johnny Hayes, que chegou na segunda posição sem nenhuma ajuda.


Fonte: http://www.newyorker.com

01/08/2012 - Atualizando...
As Olimpíadas mal começaram e os gregos já tem 14 medalhas de débito. Jonco Stl

28 julho, 2012

Guinness

Você já se perguntou por que o livro Guinness World Records e a cerveja Guinness compartilham o mesmo nome?
Não é uma coincidência. O livro foi criado por um homem chamado Hugh Beaver, que, uma noite em um bar, entrou em uma discussão: qual seria o pássaro o mais rápido da Europa? Não encontrando uma fonte de referência para o assunto, ele percebeu que um livro que fornecesse respostas a perguntas desse tipo talvez fizesse sucesso.
Como um presente de marketing à empresa onde trabalhava, a Guinness Breweries, chamou-o de Guinness.

Peanuts. O nascimento do bebê

A comovente cena do nascimento de um amendoim obtida por fotomanipulação:


Após registrar essa cena, o artista confessou haver comido os "atores".

A propósito...
O segredo por trás da produção da manteiga de amendoim:

Bits and Pieces

27 julho, 2012

Rubem Alves. Programa "Provocações"

Antonio Abujamra entrevista o educador Rubem Alves.
O prazer demanda tempo. A gente tem que gastar tempo, porque a vida é para isso: para a gente gastar tempo. (Rubem Alves)



Nelson Cunha disse...
1 - Rubem foi muito gentil com a Educação. As escolas são perversas porque pioram as pessoas. Elas destroem as duas ferramentas que a natureza nos deu justamente para aprender: a curiosidade e o senso crítico. Saímos das escolas com raiva de aprender e prontas para obedecer. Se este for o objetivo oculto do ensino oficial, a escola cumpriu seu papel. Forma continuamente multidōes de imbecis prontos para serem liderados pelo mercado e poderes políticos e religiosos.
As escolas deveriam se limitar a ensinar a ler, fazer contas e estudar por conta própria, tudo o mais é interferência abusiva sobre a mais fantástica obra da natureza conhecida: o cérebro de uma criança.
(28 de julho de 2012 10:49)
2 - Rubem foi um crente que perdeu a fé, mas conservou a coerência. Critica com razão a demonização do sexo pelos teólogos cristãos. Virou ateu por respeito ao conceito de que Deus é bom e justo.
Explico este conceito aparentemente contraditório.
A lógica dos ateus é demolidora. Se nada acontece sem a concordância de Deus, as mazelas e injustiças terrenas são provas de que Ele não é bom nem justo. Se Ele é bom e justo, não é tão poderoso assim, portanto, defendam-se sozinhos porque Ele não pode lhes ajudar. Diante dessa lógica de que se Deus é bom e justo, mas não tem poderes para interferir na vida terrena, a maior parte da ação religiosa é inútil. A religião passa a ter valor apenas como um código moral.
(28 de julho de 2012 11:47)

Pedidos de casamento

As situações em que é impossível responder não:
Uma, quando feito com criatividade - durante um eclipse, por exemplo.


Outra, quando feito com criatividade e ALGO +.

Benjamin Franklin em nova edição

JOT DOWN
"O corpo de Benjamin Franklin,
impressor,
como a capa de um velho livro
subtraída de seu conteúdo
e despojada de seu título,
de seus detalhes dourados,
descansa aqui, alimento dos vermes,
porém,
não se perderá a obra,
pois esta (segundo ele acreditava)
reaparecerá
em uma nova e mais elegante edição
corrigida e melhorada
pelo Autor"

Epitáfio de Benjamin Franklin (1706-1790), escrito por ele em 1728. Sua primeira profissão foi a de impressor.

26 julho, 2012

Trabalho x Capital


Os superricos escondem 32 trilhões de dólares em paraísos fiscais. (E este é um cálculo conservador)
Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo
Os paraísos fiscais promovem um inferno nas receitas dos governos
Uma elite superrica esconde dinheiro em paraísos fiscais num valor calculado, conservadoramente, em 32 trilhões de dólares, o equivalente ao valor combinado da economia dos Estados Unidos com a do Japão. Se fosse declarado, esse dinheiro geraria impostos no valor de 280 bilhões de dólares.
No mundo inteiro, esta notícia está dominando os sites de notícias. No momento em que escrevo, pouco mais de três da tarde em Londres, é a matéria mais lida na BBC.
O levantamento é obra de uma organização independente chamada Tax Justice Network (TJN), Rede de Justiça Tributária. A TJN foi fundada na Inglaterra em 2003, e é apartidária. Seu comandante é James Henry, que foi o economista-chefe do colosso da consultoria McKinsey. A TNJ, como se lê em seu site, é fundamente antiparaísos fiscais e pró-transparência.
Reproduzo aqui um comentário postado no texto da BBC, e recomendado por um número expressivo de outros leitores, por considerar que ele representa a voz rouca das ruas na Inglaterra e não apenas nela. “Isso é de conhecimento público há muito tempo. Não haveria crise se os ricos pagassem imposto. Quando o governo vai perseguir este dinheiro em vez de tirar da sociedade benefícios que, comparativamente, são uma migalha?”

Ricos brasileiros têm quarta maior fortuna do mundo em paraísos fiscais
Rodrigo Pinto, da BBC Brasil
(A PROPÓSITO)
Os superrricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.
O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, mostra que os superrricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Em 2010, o Produto Interno Bruto Brasileiro somou cerca de R$ 3,6 trilhões.
O estudo cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor.
"Instituições como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm oferecendo este serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os recursos", observa.
"As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos", afirma Christensen. "No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo".

Os comedores de brasas

"Sapos estão associados com alguns mitos maravilhosos, e meu ceticismo foi, naturalmente, grande quando o meu amigo Mr. H. Martin Leake me assegurou, durante uma visita a Cawnpore, em outubro de 1915, que eles iriam comer carvão em brasa. No entanto, uma demonstração feita, depois do jantar que tivemos, logo dissipou minhas dúvidas. Pequenos fragmentos de carvão aquecidos a um vermelho brilhante foram atirados ao chão de cimento, na frente de vários sapos pequenos (Bufo stomaticus), que comumente invadem os bangalôs nessa época do ano, e, para minha surpresa, foram avidamente abocanhados e engolidos pelos sapos. Eles pareciam não sofrer quaisquer transtornos, como ainda chegavam a comer vários fragmentos de carvão em brasa... em sucessão. A provável explicação para esse comportamento é que os sapos confundissem os fragmentos luminosos de carvão vegetal com vaga-lumes, os quais são numerosos no terreno do Colégio Agrícola de Cawnpore no mês de outubro. Porém, eu repeti o experimento em Allahabad, em agosto de 1916, com os mesmos resultados, apesar de eu nunca ter observado vaga-lumes por lá, em qualquer época do ano.

(traduzido de W.N.F. Woodland, in Nature, setembro de 1920)

Em Uma rã iluminada a história se repetiu. PGCS

Precaução ou admiração?

Chuck Norris às terças
Seja lá qual for o motivo os tuiteiros de língua espanhola consagram este dia da semana a Chuck Norris.

Onde conferir
#MartesDeChuckNorris

La raíz de Chuck Norris es dolor. No intentes elevarlo al cuadrado porque el resultado es la muerte.
El cambio climático se amolda al estado de ánimo de Chuck Norris.
El verdadero significado de A.C - D.C. es antes de Chuck y despues de Chuck.
Las contraseñas de Chuck Norris son el numero "pi" completo.
Sólo Chuck Norris conoce el sabor de queso que tiene la Luna.
De niño a Chuck Norris le regalaron una cajita de legos... Hoy en día conocemos New York City.
La Redbull es la orina de Chuck Norris.

Ver também...
Chuck Norris, 70 e Os 10 maiores matadores do cinema

¿Cansado de los chistes sobre Chuck Norris?
Solo Chuck Norris puede cansarse de los chistes de Chuck Norris, pero Chuck Norris no se cansa, nunca.


James Holmes, um consumidor
por Carlos Latuff, Carta Capital
[...] Nos Estados Unidos a indústria cinematográfica e armamentista sempre andaram de mãos dadas. Hollywood tem sido vitrine para o lobby das armas. É a forma mais eficiente de publicidade. Raramente um filme americano na TV ou no cinema não tem ao menos um personagem disparando armas, mesmo em comédias ou filmes românticos como Ghost e Titanic. Assim como os filmes de Humphrey Bogart e James Dean estimularam muita gente a fumar, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis (foto) certamente inspiraram outros tantos a comprar ao menos uma pistola.
E aí fica a pergunta. Porque tanta perplexidade com a ação de James Holmes? O atirador do Colorado não fez nada que a sociedade e o mercado não conhecessem e incentivassem. Ele foi até uma loja, comprou máquinas de matar de forma legal e fez exatamente o que se espera delas. Matou. James Holmes é portanto um consumidor, e o mercado agradece. A indústria armamentista não vai parar por causa das vidas ceifadas à bala naquele cinema em Aurora, muito menos pelos mortos em ataques de aviões não-tripulados estadunidenses no Paquistão e no Afeganistão. É tudo negócio, nada pessoal.
Mais importante que nos debruçar sobre o perfil psicológico de James Holmes é analisar o caráter do establishment que tornou possível sua ação brutal.

Terremotos da multidão

Dois anos atrás (24/07/10), 21 pessoas foram esmagadas até à morte pela multidão que compareceu ao festival de música Love Parade, em Duisberg, Alemanha. Não houve um estouro, um empurra-empurra intencional, nem uma histeria em massa que causasse as mortes.
Então, como é que essas 21 pessoas morreram?
Dirk Helbing e Pratik Mukerji parecem ter a resposta.
A maioria das mortes ocorreu por causa de um fenômeno conhecido como "terremotos da multidão". Que ocorrem quando a densidade de uma multidão se torna tão grande que os indivíduos são forçados ao contato corporal, uns com os outros.
Quando isso acontece, forças são transmitidas em cadeia, através da multidão, de um corpo para outro. Uma transmissão de força semelhante à que ocorre em um material granular como a areia numa ampulheta, por exemplo.
Este tipo de encravamento pode fazer com que as forças cresçam até níveis letais. Além do mais, essas cadeias de transmissão podem enviar ondas de pressão no meio da multidão.
É isso o que mata. Não é em si a densidade global da multidão, mas sim a transmissão de forças de uma maneira quase aleatória. O que faz com que as pessoas caiam, criando um efeito dominó na multidão que esmaga as pessoas à morte.
As conclusões de Helbing e Mukerji se baseiam, em grande parte, na análise de vídeos do desastre, que foram gravados por pessoas do público, na época. E esses vídeos, que dão uma visão macabra dos acontecimentos, foram também reunidos pelos autores em uma página da web. Link

Fontes
'Crowd Quakes' Were A Key Factor In LoveParade Disaster, Technology Review
Crowd Disasters as Systemic Failures: Analysis of the Love Parade Disaster, Cornell University Library

23 julho, 2012

Mau tempo na Holanda

Holandeses protestam contra o mau tempo
Alguns países simplesmente não parecem ter problemas reais. Este fim de semana um protesto foi organizado em Amsterdã contra o mau tempo. Nas três primeiras semanas de julho, a capital holandesa foi contemplada com mais de 150 mm de chuva.
Bastante é bastante. Os manifestantes exigiram, pelo menos, duas semanas de tempo ensolarado. E a página deles no Facebook rapidamente reuniu mais de mil comentários.
Embora o número dos que participaram da manifestação tenha sido um tanto decepcionante (foto), os protestos deles aparentemente surtiram efeito. Assim é que, na semana em curso, haverá tempo ensolarado na Holanda.
Mas não se sabe que autoridade vai cumprir a exigência.


No Ceará...
A vaia ao sol já completou 70 anos. G1

SAMU 192

Quem já precisou de socorro para alguém em casa, via pública ou local de trabalho, sabe o alívio que dá quando liga para o 192 e a ambulância do SAMU chega ao local.
Com equipes treinadas para lidar com emergências, o SAMU atende onde o paciente está. Chegando naqueles minutos cruciais que podem fazer a diferença entre a vida e a morte para quem é atendido.
SAMU é a sigla do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, um programa criado em 2004 pelo então ministro da Saúde Humberto Costa. Ler DECRETO Nº 5.055, de 27 de abril de 2004, que institui o SAMU e dá outras providências :)
Atualmente, o SAMU 192 está presente em todos os estados brasileiros com 165 centrais de regulação que abrangem 2.052 municípios. São 121.967.804 habitantes com acesso ao serviço, o que corresponde a uma cobertura de 64% da população brasileira. O Ministério da Saúde pretende ter 100% de cobertura da população pelo SAMU 192 até o final de 2014.
As despesas com o custeio do SAMU são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite, entre a União, os Estados e os Municípios.
O programa é financiado pelas três esferas de governo com as despesas divididas nestas proporções:
União: 50%
Estado: 25%
Município: 25%
A ÚNICA EXCEÇÃO É O ESTADO DE SÃO PAULO QUE NÃO APLICA UM ÚNICO CENTAVO NO SAMU. Ler denúncia publicada no site Viomundo, de Luiz Carlos Azenha :(
Isto faz com que os municípios paulistas tenham de arcar com 50% das despesas, o que evidentemente cria dificuldades para a expansão do programa no Estado.
Se o SAMU já funciona em sua cidade, não hesite em telefonar para o 192 nas seguintes situações:
* Problemas cardiorrespiratórios
* Acidentes de trânsito com vítima
* Queimaduras graves
* Maus tratos
* Trabalhos de parto com risco de morte para mãe ou feto
* Tentativas de suicídio
* Traumas em geral
* Afogamentos
* Choques elétricos
* Acidentes com produtos químicos
* Transferência entre hospitais de doentes com risco de morte

A propósito desta nota, recebi do colega Winston Graça um relato bem circunstanciado do processo de criação do primeiro SAMU no Brasil. Deu-se em Fortaleza, Ceará, a partir de 1988, com os trabalhos do Grupo de Coordenação do Sistema de Emergência Médica Pré-Hospitalar, do qual Winston tomou parte. Aqui implantado, o sistema serviria de modelo para a criação dos serviços de emergência pré-hospitalar que existem em muitos municípios brasileiros. (PGCS)
Onde ler o relato: 406 - Pioneirismo no Ceará, Acta Pulmonale

Santos Dumont

Santos Dumont contornando a Torre Eiffel
com o dirigível número 5. Esta fotografia
é frequente e erroneamente identificada
como sendo do dirigível número 6. 
Alberto Santos Dumont nasceu a 20 de julho de 1873, em Palmira (cidade renomeada em sua honra para Santos Dumont) - MG, e faleceu a 23 de julho de 1832 em Guarujá - SP. É hoje o 80° aniversário de sua morte.
Ele projetou e construiu os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch, em 1901, quando, em um voo, ele contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo no século XX. Com essa proeza, Santos Dumont foi o primeiro aeronauta a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares.
Ele também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião com um motor a gasolina. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros a uma altura de dois a três metros com o Oiseau de Proie, no Campo de Bagatelle, em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros com o Oiseau de Proie III. Esses voos foram os primeiros, homologados pelo Aeroclube da França, de um aparelho mais pesado que o ar e, possivelmente, a primeira demonstração pública de um veículo que levantou voo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para seu lançamento.


Apesar de os brasileiros considerarem Santos Dumont o inventor do avião, na maior parte do mundo esse crédito é dado aos irmãos Wright. Em 17 de dezembro de 1903, decolando com a ajuda de uma catapulta, os irmãos Wright voaram em seu Flyer 1 durante 19 segundos.
rsrsrsrsrs...
EntreMentes acha que o mundo deve a eles, principalmente, a invenção da expressão "voo da galinha".

22 julho, 2012

♪What a Wonderful World♪

É uma canção escrita por Bob Thiele e George David Weiss. Foi gravada pela primeira vez por Louis Armstrong e lançada como compacto em 1967. A intenção era que "What a Wonderful World" servisse como um antídoto ao carregado clima racial e político nos Estados Unidos. Ela faz apologia das coisas simples do dia-a-dia e mantém um tom otimista com relação ao futuro, incluindo uma referência esperançosa aos bebês que nascem no mundo: "They'll learn much more / than I'll ever know" (Eles aprenderão muito mais do que eu jamais saberei).
Inicialmente, a canção não obteve êxito nos Estados Unidos. A partir de 1968, no Reino Unido, foi quando e onde "What a Wonderful World" começou a sua carreira de sucesso.
Vídeo
"What a Wonderful World" sendo apresentada em diferentes gêneros musicais (16) pelo grupo CDZA - collectivecadenza.

LADRÕES DE BICICLETAS. Formas de proteção

Há muitas formas de proteger uma bicicleta contra roubos. Na figura abaixo, mostro uma delas: destaca-se pela praticidade, baixo custo e eficácia.


Aprenda a fazer ► BIKE SECURITY

Em tempo
Outra forma é o CADEADO PARA BICICLETA (não é um cadeado comum). Nelson Cunha, que mandou a segunda dica, acrescenta que esta opção "tem a vantagem de elevar o patrimônio".

Homem x Máquina

A disputa de um homem (abrir) com uma máquina (fechar). Um minuto após a máquina apela.
A máquina não tem a paciência do ser humano.


Onde já vi coisas parecidas: The Most Beautiful Machine e Unplugging - 2.

21 julho, 2012

N + 8 = Noite?

A origem da palavra "noite"
Em muitos idiomas europeus, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8 na respectiva língua.
A letra N é o símbolo matemático de infinito e o 8 deitado também simboliza o infinito. A palavra NOITE, então, significa, em várias línguas, a união do infinito!

Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano: notte = n + otto

Fonte: circulando por e-mail

Opinião do Origem da Palavra - Site de Etimologia
"Não, não há ligação.
NOITE vem do Latim NOX e “oito”, de OCTO.
Em Português, acabaram resultando, por convergência, em palavras até parecidas, com duas sílabas, com o mesmo ditongo na primeira sílaba, com a mesma consoante no início da segunda – mas não são aparentadas."

Dirran. A entrevista de um craque

DIRRAN (com biquinho para pronunciar em francês correto) - Jogador do Rio Grande do Norte meio agalegado/sarará. Era entroncadinho e tinha as pernas curtas.
Há alguns anos, quando o Clube Atlético Potengi ainda jogava no Machadão contra o Potyguar de Currais Novos, na 2ª divisão do Campeonato do Rio Grande do Norte, um jogador atleticano se destacava fazendo dribles desconcertantes, lançamentos perfeitos e muitos gols. O narrador da Rádio Poti não cansava de gritar:
- Dirran é um craque, Dirran é a revelação do futebol norte-riograndense.
E era Dirran para cá, Dirran para lá …
No final do jogo, o Clube Atlético Potengi perdeu por 3 x 1, mas o destaque daquele jogo foi o jogador Dirran.
Vendo aquele sucesso todo do jogador atleticano, um jovem repórter da Rádio Poti foi fazer uma entrevista com o craque na beira do gramado e foi logo perguntando:
- Você tem parentes na França? Esse seu nome é de ascendência francesa?
O jogador, olhando espantado para o repórter, respondeu:
- Não sinhô, é meu APELIDO...

Observação
Esse diálogo existiu de fato. O jornalista Maurício Menezes, que corre o Brasil apresentando o show "Plantão de Notícias", possui uma cópia dessa gravação e a apresenta em seu espetáculo. A plateia morre de rir.
Germano Gurgel enviou esta história.

20 julho, 2012

Ressurge... mas não surge



Não é de agora.
Que Batman vem ignorando os apelos da polícia de Gotham City para defender a população local das ameaças feitas pelos criminosos. Tampouco foi visto em Aurora, Colorado, para participar da caçada ao maníaco que, na sessão de estreia de um filme, perpetrou um massacre no interior de um cinema. Com o agravante de que é ele o personagem principal do tal filme.
O Comissário Gordon acha que o Cavaleiro das Trevas não anda bem. Pode inclusive estar passando pelo problema de não saber discernir o que é prioridade do que não é.

Soluções tecnológicas - 5

Para o transporte de água a longa distância:

shlyahtich's blog

Com brinco não se brinca

Deu-se o acontecimento num barzinho da moda na Aldeota. Dríncávamos eu e minha mulher, quando ela, pondo a mão em uma das orelhas, subitamente exclamou: "perdi um dos brincos". E pôs-se a percorrer com o olhar o chão do barzinho, em busca de uma pequena esfera de ouro, o brinco extraviado, secundado por mim. Que logo considerei um empreendimento difícil, tantas eram as reentrâncias do piso daquele lugar.
Pessoas das mesas vizinhas passaram a olhar com espanto o casal da vista baixa, isto é, nós. Reforçado, depois de algum tempo, pela participação do faxineiro da casa com vassoura e pazinha à mão. Mas o diabo do brinco não conseguia ser localizado para desespero de minha mulher, em virtude de ser um adereço com importância afetiva: o par de brincos pertencia à nossa filha de dois anos.
Em má hora, minha esposa o tomara "emprestado", por combinar com a roupa com que ia sair.
Procura que procura, o brinquinho acabou sendo encontrado. Pelo faxineiro que nos ajudava espontaneamente e que assim se fez merecedor de uma gorjeta. Então, minha mulher tratou logo de recolocar o brinco na orelha, quando lá deixou cair... desta vez, a rosca do brinco. Depois do diminuto, íamos agora enfrentar o infinitamente pequeno.
Fiquei de fora da nova busca. Enquanto pensava sobre o que poderia esperar de alguém que, dias atrás, perdera uma das lentes de contato. Na verdade, não a perdera, a lente apenas migrara da córnea para um dos cantos do olho, deixando a mulher "chorosa" até que o caso fosse esclarecido.
Apesar de estar perdido no mais difícil dos terrenos, a rosquinha do brinco também foi encontrada. Pelo mesmo e bom ajudante que recebeu uma gorjeta complementar (do tamanho inversamente proporcional ao do objeto localizado, a regra era essa). Quanto à esposa, esta recebeu um conselho meu. Somente usar brincos grandes, de pingente, e que repicassem ao cair.
Não é todo dia que a gente encontra por aí alguém com olhos de lince. Vai ver capaz de enxergar até micróbio de caspa.
PGCS (1992)

19 julho, 2012

Não procrastinem!

Recomendo a leitura desta postagem, de 17/07/12, do Huffington Post. Que tem como assunto a suposta falsificação da certidão de nascimento do Presidente Obama.
Sobretudo recomendo a leitura completa dos comentários à postagem.
Por que não adiar a indispensável leitura
No momento em que escrevo esta nota (19/07/12), já são 24.006 comentários distribuídos em 370 páginas.

Quem sois?



Peledona,
uma fusão das imagens de Pelé e Maradona.
Foi criada pela agência de publicidade La Facultad, do Equador, para divulgar a excelência de uma cola de alta pressão.

Taí, eu não sabia que Pelé e Maradona davam liga.

Caixa de papelão

Como os diferentes animais reagem quando são colocados dentro de uma caixa de papelão

Gato: tem sobrecarga sensorial.
Cão: aceita o destino.
Hamster: come a caixa toda.
Lagarto: lagarteia.
Pássaro: dorme (acha que é noite).
Criancinha: fecha o bico.

18 julho, 2012

Gabriela subiu no telhado

Como não conseguem muitas vezes pegar o sinal da Tim, seus usuários passaram a pegar no pé da operadora. Criando e divulgando sátiras na internet em que ironizam o desempenho da mesma.
Uma das mais gozadas é a que satiriza a célebre cena da Gabriela (Sônia Braga) no telhado. Obviamente, a pipa foi substituída por um telefone móvel.
Ô raça!


Pensamento
"Evite acidentes. Faça tudo de propósito." ~ Tim Maia

VACA. Na cabeça

Um vaso ou os perfis de duas cabeças humanas?
Este é o mais clássico exemplo das figuras que provocam ilusão de óptica.
Virou clichê na internet, e eu não gastaria uma postagem do MeanWhile para mostrar essa imagem a meus exigentes leitores. Estariam vendo-a pela infinitésima vez.
A menos que ela aparecesse na cabeça de uma vaca.

17 julho, 2012

Um prêmio aos grasnidos

FHC ouviu o galo cantar; achou que era um tucano
por Saul Leblon, Carta Maior
Fernando Henrique Cardoso recebeu um prêmio da Biblioteca do Congresso dos EUA, cuja primeira edição agraciou a tradição dos intelectuais arrependidos da esquerda. O polonês Leszek Kolakowski inaugurou a fila do 'Pluge' em 2003 depois de concluir uma baldeação do marxismo ortodoxo à rejeição radical da obra de Marx, classificada por ele como a "maior ilusão do século XX". No caso de FHC, o prêmio de U$ 1 milhão brindou os desdobramentos políticos de suas reflexões sobre a dependência. No entender dos curadores, elas teriam demonstrado como os países periféricos "podem fazer escolhas inteligentes e estratégicas (leia-se dentro dos marcos dos livres mercados) mesmo estando em desvantagens em relação às nações industrializadas".
O tucano não decepcionou. Na entrevista após embolsar o galardão falou grosso. E acusou Lula de ser responsável pelas agruras atuais da indústria nativa (perda de competitividade e de peso no PIB), ao interromper as reformas liberalizantes. Isso mesmo, aquelas das quais seu governo foi um instrumento e cuja correspondência no plano internacional, como se verifica, legou-nos um mundo de fastígio e virtudes sociais. O diagnóstico do sociólogo, como se sabe, vem ancorado em atilada visão macroeconômica.
Graças a ela, o Brasil frequentou o guichê do FMI por três vezes em seus oito anos de mandato. Mais recentemente, em 29 de setembro de 2011, quando o governo Dilma reduziu a Selic pela primeira vez e começou a armar o país contra a segunda avalanche da crise vinda da Europa, FH advertiu no jornal Valor: "A decisão (de cortar os juros) se mostra precipitada diante das previsões de queda do crescimento e mais inflação".
A fina sintonia com o lobby dos bancos, jornalistas e rentistas --que anunciavam o dilúvio após a queda da Selic, de estratosféricos 12,5% para 12%, contra zero nos EUA-, não se confirmou. As previsões do 'mercado' de uma inflação em alta (6,52% então), esfarelaram-se ante o peso descomunal do agravamento do quadro externo. Nesta 4ª feira, depois de um novo corte de 0,5 ponto na Selic, que atingiu um recorde de baixa de 8%, contra um pico histórico de 44,5% em março de 1999, no segundo mandato do sociólogo, ninguém mais se lembrava das doutas advertências feitas por ele em 2011.
O mundo literalmente despenca sob o peso descomunal de uma quase depressão, que avança pelo quinto ano sem perspectivas de solução nos marcos do capitalismo desregrado (leia o texto obrigatório de François Chesnais nesta pág.). Os capitais em fuga para a segurança inundam os cofres do Banco Central Europeu e do Tesouro americano, mas também do alemão, que pagam uma taxa de juro inferior à inflação. Ou seja, os ricos preferem pagar para guardar o dinheiro em títulos públicos confiáveis do que investir na produção. O nome disso é colapso sistêmico.
Mais de 17,5 milhões de empregos foram dizimados na Europa; Espanha, Grécia, Portugal, Irlanda caíram sob intervenção da banca para salvar ela própria; Obama chapinha num lodaçal de liquidez que não consegue reerguer a maior economia da terra; a China já sente a retração do comércio mundial que irradia efeitos contracionistas também no Brasil e demais fronteiras da América Latina.
Dos escombros desse desastre de proporções ferroviárias irrompe falação do tucano em defesa das 'reformas'. Sejamos francos, FH ouviu o galo cantar; achou que era um tucano áulico. A industrialização brasileira vive, de fato, uma compressão decorrente de desequilíbrios internos e externos. O fôlego industrial do país hoje é 5% inferior ao que existia no pré-crise de 2008. Quem acha que a perda é miúda deve ser informado que a corrosão ocorre justamente nos setores de ponta, aqueles que dão o comando aos demais segmentos da economia e da produção. A regressão decorre, em grande parte, da não retificação do substrato neoliberal trazido do ciclo tucano, a saber: privatizações que desguarneceram a capacidade do Estado investir na infraestrutura, indispensável à ampliação da competitividade sistêmica; liberdade de capitais; juros escorchantes; câmbio valorizado e miséria aniquiladora da demanda interna.
O governo Lula optou por atacar com maior contundência dois flancos desse modelo de inserção internacional dependente, construído pelo PSDB: o mercado de massa asfixiado pela fome de emprego, de comida, crédito e salário mínimo e o torniquete financeiro externo, feito de dívida alta e reservas baixas. Poderia ter ido além, afrontando o lobby rentista associado ao câmbio destrutivo? Tecnicamente, deveria. A resposta técnica descuida 'apenas' de um dado: a relação de forças permitiria atacar todas as frentes ao mesmo tempo?
Mal ou bem, as escolhas históricas de Lula deram ao seu segundo governo, e ao primeiro de Dilma, uma base de apoio social ampliada que hoje possibilita aprofundar o descolamento em relação à agenda neoliberal, evocada na nostálgica entrevista de FHC.
Nesse espaço dilatado pela política há uma discussão à espera de seus personagens; ela é sobremaneira urgente.
Até que ponto é possível blindar o país do vagalhão em curso apenas com doses de soro creditício e recuos graduais da Selic, como tem sido feito? Ou ainda: se o investimento privado não comparece para dar impulso sustentável a essa engrenagem, qual deve ser o espaço do Estado na resistência contracíclica à recessão?
Não se trata de menosprezar a importância dos mercados, sobretudo do mercado de capitais, mas as insuficiências da lógica privada ficaram evidentes na recente queda de braços entre o governo e a banca em torno dos spreads . A pendência só se inclinou a favor da redução do custo do dinheiro quando o governo decidiu politizar o tema e acionou uma poderosa alavanca indutora: os bancos estatais, que normatizaram o significado do interesse nacional nesse momemto. O mesmo ocorreu em 2008. Antes da crise, os bancos públicos eram responsáveis por 30% do crédito oferecido; hoje, por 40%. O crédito dos bancos públicos cresceu do equivalente a 15,5% do PIB para 22,5%. Sem eles, o lubrificante básico da atividade econômica, o crédito, minguaria como acontece na Europa agora.
Lição correlata vem da área do petróleo. O mundo estrebucha, mas a Petrobrás reafirmou investimentos de US$ 236, 5 bilhões até 2015 -- US$ 142 bilhões em exploração e produção, o que significa uma fabulosa injeção de demanda por máquinas, serviços e equipamentos. Por que a Petrobrás é capaz de fazer, enquanto outras instancias do governo patinam? Levantamentos do Ipea mostram que dos R$ 13,661 bi destinados este ano à construção de rodovias, por exemplo, apenas R$ 2,543 bilhões (18,6%) foram gastos até maio.
Uma das respostas é que a existência da Petrobrás preservou a capacidade de planejamento do país no setor petrolífero; preservou e ampliou seus quadros de alto nível, expandiu o torque de sua engenharia, formou e massificou sua mão de obra; induziu e disseminou uma estratégica cadeia de fornecedores; criou e motivou a implantação de centros de pesquisa de ponta na área. Enfim, fez tudo o que foi suprimido ou interditado no interior do Estado brasileiro nos anos 90, e que um deslocado FHC reivindicou como 'trunfo' desperdiçado por Lula. O resultado desse 'trunfo' é a brutal dificuldade enfrentada agora para destravar investimentos imprescindíveis em infraestrutura, mesmo quando não existe restrição orçamentária. Os ditos 'mercados' não dão conta do recado; o Estado foi programado para não fazer.
Se quiser de fato ir além de soluços de consumo nos próximos anos, o Brasil talvez tenha que perder o medo de discutir um tema interditado pela ideologia do Estado mínimo nos anos 90: a criação de novas empresas públicas, estatais que possam nuclear setores estratégicos e fazer o mesmo que os bancos públicos e a Petrobrás fazem hoje em suas áreas de referência - colocar o mercado para trabalhar pelo país.
A título de ilustração, vale a pena ler reportagem recente do jornal Valor (link). Ela mostra como até os batalhões de engenharia do Exército, livres do desmonte do ciclo tucano, e à margem das licitações feitas para não funcionar, conseguem entregar obras antes do prazo, em situações em que a livre iniciativa fracassa ou se torna onerosa. Roosevelt na Depressão dos anos 30, nos EUA, fez coisas que deixaram os capitalistas e a mídia de cabelos em pé. Foi acusado de comunista e odiado pelos endinheirados. Mas tinha o apoio dos sindicatos e o voto das ruas; salvou a economia do país. A lição daqueles dias vale para o governo Dilma, mas também convida os sindicatos e a CUT a irem além das reivindicações salariais. A ver.


N. do E.
O prêmio fez ressurgir o interesse pelas obras do ex-intelectual ex-presidente FHC. ►
Ver reportagem a respeito no Tia Carmela.

O paraíso dos bibliófilos

É a Biblioteca de Livros Raros e Manuscritos Beinecke da Yale University. O edifício foi projetado pelo arquiteto Bunshaft Gordon e tem seis andares. É o maior edifício do mundo para a conservação de livros raros e manuscritos. Construído no centro da Universidade, o edifício não tem janela e é feito de mármore translúcido (para evitar a luz solar direta e proteger os livros). Em suas dimensões externas, ele guarda as proporções da pureza platônica (1:2:3).

Online Tour

16 julho, 2012

A moça do fundo

Uma cena comum de um quarto de moças. Se não fosse um certo detalhe...
Veja a foto:


Então, deu conta da situação vexatória em que se encontra a moça do fundo? Ela aparece de costas, com a bunda à mostra.
Pois bem, agora veja a fotografia outra vez, cuidadosamente.
O que você pensou ter visto é na verdade o ombro da segunda moça (a que está tirando fotografia). E tudo não passou do resultado de uma combinação de mente suja com desatenção.
O erro que eu também cometi ao fazer o slideshow PHOTOBOMBERS.

Inventores mortos por suas criações

Inventores passam anos com seus projetos, modificando-os, aperfeiçoando-os até que eles estejam prontos para mostrá-los ao mundo. A maioria deles trabalha firme no anonimato durante um grande tempo de suas vidas, embora ocorram as exceções óbvias.
No entanto, há aqueles cujas inovações, não só atraem a atenção do mundo, como também - de uma maneira ou de outra -, resultam infelizmente na morte dos próprios inventores.
O Alfaiate Voador


Franz Reichelt (1879 - 1912) estava convencido de que poderia desenvolver um traje que se transformasse em um paraquedas para aviadores. Conhecido como o "Alfaiate Voador" (inclusive pela profissão), o francês nascido na Áustria perdeu a vida, em 4 de fevereiro de 1912, ao saltar de uma das plataformas da Torre Eiffel usando seu modelo. Ele deveria utilizar-se de um boneco para o salto, porém, no último minuto, ele decidiu testar a invenção em si mesmo. Infelizmente para Reichelt e para seu legado, a crença de que este ia funcionar acabou se revelando uma ilusão (wishful thinking).

7 Great Inventors Who Were Killed By Their Own Creations, Environmental Graffiti

15 julho, 2012

Cronologia de uma surdez

Você se sente incomodado quando assiste TV e no intervalo percebe que o áudio dos comerciais é sempre aumentado? Pois saiba que as emissoras têm um ano para se ajustar aos parâmetros técnicos estipulados pelo Ministério das Comunicações, que regulamentou anteontem a Lei nº 10.222, padronizando o volume de áudio nos intervalos comerciais.
Gente de Mídia, em 14/07/12

Cronologia de uma surdez
A Lei nº 10.222 padronizou o volume de áudio das transmissões de rádio e televisão nos espaços dedicados à propaganda . A Lei, que é de 9 de maio de 2001, fixou o prazo de 120 dias para a sua regulamentação bem como para a fiscalização de seu cumprimento.
Em 22 de fevereiro de 2012, a União Federal foi condenada a elaborar, no prazo de 120 dias, a norma regulamentadora da Lei nº 10.222. Decisão da juíza titular da 10ª Vara Cível Federal, em São Paulo/SP, no julgamento da Ação Civil Pública n.º 0008416-82.2011.403.6100.
A Portaria 354, do Ministério das Comunicações, regulamentou em 11 de julho de 2012 o volume de áudio permitido nos intervalos comerciais da programação de rádio e TV. As emissoras ainda terão doze meses para se adaptar ao disposto nesta Portaria.

Um palíndromo musical de Bach

Esta é uma sequência musical de J.S. Bach que funciona para frente, para trás e de modo combinado. E ainda prossegue com a partitura sendo transformada numa fita de Möbius.



Que é uma fita de Möbius
É um espaço topológico (pergunte ao Wikipédia o que é isso) obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia volta numa delas. Deve o seu nome a August Ferdinand Möbius, que a estudou em 1858.
Propriedades da fita de Möbius
- é uma superfície com uma componente de fronteira;
- é não orientável;
- possui apenas um lado;
- possui apenas uma borda.
A propósito
- Por que o frango cruzou a fita de Möbius?
Resposta - Para chegar ao mesmo lado.
16/07/12 - Atualizando...
Meus agradecimentos ao comunicador Nonato Albuquerque que, ao republicar esta nota em Gente de Mídia, recomendou EntreMentes.

14 julho, 2012

Monsieur Mangetout

Em 22/08/10, eu falei en passant sobre as proezas do francês Michel Lotito.
Ele ficou conhecido por ter sido o homem com a alimentação mais estranha do mundo. De sua dieta constava, por exemplo, um quilo diário de metal, vidro e borracha, comido a partir de bicicletas e até de um avião.


A incrível capacidade de digerir estes “alimentos” valeu-lhe a alcunha de Monsieur Mangetout, o Senhor Cometudo.
Apenas evitava banana e ovos que não lhe faziam bem.
Ele morreu em 2007, aos 57 anos de idade, de "causas naturais".
Fonte: Obvious

Vídeo

O profano e o sagrado

Numa procissão de Cristo Rei na Espanha o profano atravessou o sagrado. Nossa!

InDICAção do vídeo: Nelson Cunha

E com Jack a bordo?

Imagem: gawker.com

Uma simulação (acima) sugere que se Rose, a personagem feminina principal do filme Titanic, tivesse dividido com Jack o escombro do navio, onde ela ficou até ser resgatada, ambos teriam sobrevivido.
O que vem gerando um fórum de discussão no Reddit. Nesse fórum, os participantes fazem cálculos em que são levados em consideração: a força da gravidade e do empuxo, as dimensões da porta, a densidade da água do mar, o peso (provável) de Rose e Jack etc.
Então, se os dois náufragos coubessem no pedaço de madeira que flutuou no local do naufrágio, teria Jack conseguido se salvar?
Meus modestos conhecimentos de Física não me habilitam a responder isso com autoridade. É apenas um palpite o que vou dizer:
Com Jack a bordo, aquela porta, prancha, sei-lá-o-quê de madeira afundaria mais rapidamente do que um navio "inafundável".

13 julho, 2012

Rochas e poeira

A NASA confirmou que Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, antes de receberem as honrarias locais e mundial pelo histórico voo que fizeram à Lua, na nave Apollo 11, tiveram que atender a uma exigência das mais prosaicas: uma passagem pela alfândega norte-americana onde preencheram um formulário.
Assinado pelos três astronautas, o documento informava o itinerário deles - saída da Lua e chegada em Honolulu, Havaí, em 24 de julho de 1969 - e a carga que eles traziam: rochas e poeira da Lua.
Esse formulário até hoje se encontra arquivado na alfândega do aeroporto de Honolulu.
Delicie-se aqui.

Na época, houve rumores de que havia um litro de uísque contrabandeado na mala de Aldrin , mas isso não ficou provado.

Voo da muamba, do passado para o futuro
Em julho de 1994 a torcida brasileira estava eufórica. Depois de sucessivos fracassos em edições anteriores da Copa do Mundo, desde o mundial de 1970, o Brasil apesar de não ter apresentado um futebol encantador, sagrou-se tetra campeão do mundo, isolando-se de todos os demais países em número de títulos.
A torcida se aglomerava no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na expectativa de ver o retorno dos craques (alguns nem tanto!) e principalmente o troféu do campeonato mundial de seleções. É a glória suprema do futebol, este esporte que absorve muito do interesse e empolgação da população mundial, e com ele, cifras quase inimagináveis aos nossos pueris desejos de dinheiro nos contratos de atletas, patrocínios, premiações, etc.
Mas eis que um empecilho quase impede o pouso da aeronave. É que juntamente com o caneco a delegação trazia consigo 17 toneladas de muamba de produtos importados. Óbvio, sem a pretensão de pagar a tributação de importação.
Depois de muita pressão do Sr. Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que se posta até hoje como um verdadeiro agente com status da diplomacia brasileira, enaltecendo o ato heróico dos jogadores, ameaçou desviar o vôo para outro aeroporto, se a delegação tivesse que se submeter as inspeções e vistorias de práxis, como deve ocorrer com todo aquele que desembarca no país.
Diante de tamanha ameaça, de alguém que naquele momento se sentia mais importante e poderoso que o próprio Presidente da República, ninguém da delegação foi importunado e todo o acervo de importados e bugigangas contrabandeados foram liberados sem nenhuma inspeção alfandegária e sem o pagamento de nenhum vintém de tributos.[...]
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Sedições, blog do juiz de direito Denival Francisco

Deixando a medicina

No final da década de 1930 Juscelino Kubitschek dava a impressão de haver encerrado para sempre seu namoro com a política. A medicina lhe proporcionava satisfação, prestígio e dinheiro. Formara já um razoável patrimônio: tinha comprado uma boa casa, em estilo moderno – a primeira com piscina em Belo Horizonte. Na Força Pública, promovido a tenente-coronel médico, fora nomeado chefe do Serviço de Cirurgia do Hospital Militar.
Estavam as coisas nesse pé quando, em fevereiro de 1940, Benedito Valadares o chama ao palácio com um convite: a prefeitura de Belo Horizonte. JK recusa, não quer afastar-se outra vez da profissão. Mas a 16 de abril a nomeação é publicada no Minas Gerais, o diário oficial do estado. Tomou posse dois dias depois.
Virou prefeito sem deixar de ser médico: operava todas as manhãs no Hospital Militar e ainda chefiava o Serviço de Urologia da Santa Casa.
A última vez que empunhou um bisturi foi no Hospital São Lucas, de Belo Horizonte, quando operou de apendicite aguda o escritor Eduardo Frieiro.
JK disse então à mulher do autor de "O cabo das tormentas": "Hoje vou dar duas altas, d. Noêmia. Uma ao Frieiro, que já está bom e pode retornar a suas atividades. E outra, a mim mesmo, pois encerro, com o caso de seu marido, minha atividade profissional".
Despediu-se e saiu. "A opção, sobre a qual eu havia hesitado durante tanto tempo, acabara de ser feita. Já não era médico. Mas político."

12 julho, 2012

Um dia na vida do Perfeito Idiota Brasileiro

por Paulo Nogueira, jornalista
PIB. Chamemos de PIB. O Perfeito Idiota Brasileiro.
Vamos descrever o dia do PIB. Vinte e quatro horas na vida de um PIB para que os pósteros, a posteridade, tenham uma idéia do Brasil de 2012.
Ele acorda às sete horas da manhã. Tem que preparar o próprio café da manhã. Já faz alguns anos que sua mulher parou de fazer isso para ele, e ficou caro demais para ele pagar uma empregada doméstica.
Ele lamenta isso. Era bom quando havia uma multidão de nordestinas sem instrução nenhuma que saíam de suas cidades por falta de perspectiva e iam dar no Sul, onde acabavam virando domésticas.
PIB dá um suspiro de saudade. Chegou a ter uma faxineira e uma cozinheira nos velhos e bons tempos. Num certo momento, PIB percebeu que as coisas começaram a ficar mais difíceis. Havia menos mulheres dispostas a trabalhar como domésticas, e os salários foram ficando absurdos.
Para piorar ainda mais as coisas, ao contrário do que sempre acontecera, a última empregada de PIB recusou votar no candidato que ele indicou.
Mulherzinha metida.
Foi por coisas assim que PIB aderiu ao movimento Cansei, ao lado de ativistas notáveis como Boris Casoy, Hebe Camargo, Agnaldo Rayol e João Dória Júnior. Empolgante o Cansei. PIB quase fora a uma manifestação. Só desistiu porque era sábado e sábado a feijoada era sagrada. O protesto com certeza fora um sucesso.
O povo unido jamais será vencido.
PIB tomou o café na cozinha, com o Globo nas mãos. Assinava o jornal fazia muitos anos. Se todos os brasileiros fossem como o Doutor Roberto Marinho, PIB pensou, hoje seríamos os Estados Unidos. Bonito o choro do Bonner ao anunciar no Jornal Nacional a morte de Roberto Marinho.
Por que ainda não ergueram estátuas para ele?
Com o Globo, PIB iniciou sua sessão de leituras matinais. Mais ou menos quarenta minutos, antes de ir para o escritório.
Leu Merval. Quer dizer, leu o primeiro parágrafo e mais o título porque naquele dia o texto, embora magnífico, estava longo demais. Havia um artigo de Ali Kamel. “Um cabeça”, pensou PIB. “Deve ter o QI do Einstein.” Mas também aquele artigo –embora brilhante, um tratado perfeito sobre o assistencialismo ou talvez sobre o absurdo das cotas, PIB já não sabia precisar — parecia um pouco mais comprido do que o habitual. Deixou para terminar a leitura à noite.
PIB vibrou porque, se não bastassem Merval e Kamel, havia ainda Jabor.
Um gênio. Largou o cinema para iluminar o Brasil com sua prosa espetacular. Um verdadeiro santo. Podia estar com a sala da casa cheia de Oscar.
Começou a ler Jabor e refletiu. “Impressão minha ou hoje aumentaram o tamanho do Jabor?” PIB sacudiu a cabeça, na solidão da cozinha, num gesto de reverência extrema por Jabor, mas também achou melhor deixar para ler mais tarde. Era seu dia de sorte. Também o historiador Marco Antônio Villa estava no Globo. “Os primeiros 18 meses do governo Dilma foram fracassos sobre fracassos” era a primeira linha. Bastava. Villa sempre surpreendia com pensamentos que fugiam do lugar comum.
Como uma terrorista chegou ao poder? Bem, tenho que comprar algum livro de história do Villa. Ele com certeza escreveu vários.
Completou a sessão de leituras da manhã na internet. Leu Reinaldo Azevedo. Quer dizer, naquela manhã, leu um parágrafo. Na verdade, metade. Menos. O título. Não importava. Azevedo era capaz de mesmerizar toda uma nação com a luz cintilante de meia dúzia entre milhares de linhas que produzia incessantemente. PIB deixava escapar um sorriso de admiração a cada vez que li a palavra “petralha” em Azevedo.
Rei é rei. Um cabeça pensante. Por que será que não ocorreu a nenhum presidente da República contratar esse homem como assessor especial? Se o Brasil bobear, a Casa Branca vem e contrata.
[...]
O texto acima, uma versão revisada, atualizada e abrasileirada do Manual do Perfeito Idiota Latino-americano, dos anos 1990, pode ser lido na íntegra em Diário do Centro do Mundo, site do jornalista brasileito Paulo Nogueira, que vive atualmente em Londres. Aqui publiquei apenas a parte inicial do artigo.

O lago assassino

Situado no noroeste de Camarões, o Lago Nyos encontra-se-se no flanco do Monte Oku, um vulcão inativo. Uma barragem natural, formada por rocha vulcânica, mantém o lago. A desgasificação dos materiais vulcânicos subjacentes faz com as águas do lago sejam extremamente ricas em dióxido de carbono (CO2), o qual, quando liberado em grandes quantidades para a atmosfera pode causar a asfixia dos seres vivos nas zonas vizinhas.
Esse fenômeno ocorreu em 1986, causando a morte de mais de 1.800 pessoas.
Para um lago vulcânico armazenar o gás CO2 como o Nyos, deve haver pelo menos duas condições:
1) o lago ser profundo (ter pelo menos 50 metros de profundidade).
2) O clima predominante da região ser quente (equatorial).
Atualmente, para impedir que o CO2 acumulado no Nyos cause outra tragédia (como a que aconteceu em 1986), foi instalado um grande dispersor de gás no centro do lago (imagem de uma webcam).
WIKIPÉDIA

Vídeo
O gás carbônico é invisível. Apesar de não ser venenoso, ele mata os seres vivos ao ocupar o lugar do oxigênio na atmosfera. Por ser mais denso do que o ar, ele tende a acumular-se próximo ao solo.
Isso pode ser demonstrado pelo experimento abaixo em que o gás carbônico, produzido pela reação do ácido acético (vinagre) com o bicarbonato de sódio, apaga a chama de uma vela (o princípio dos extintores de incêndio à base de CO2).



Comentário de Dr.José Mayo
Interessante também é o sistema de "desgasificação" em si mesmo...
O esquema é este:


O método consiste em um tubo vertical, entre o fundo do lago e a superfície, onde uma pequena bomba eleva a água do fundo, supersaturada de gás, por dentro do tubo. Quando a água aspirada do fundo chega a uma certa altura, e a pressão hidrostática sobre a mistura supersaturada diminui e o gás começa a se separar da água e formar microbolhas (como no champanhe). Estas vão se juntando, ficando cada vez maiores e começam a empurrar a coluna de água para cima, por arraste de empuxo, até que chegam à superfície e se libera o gás.
O que se esperava, é que uma vez iniciado o levantamento da coluna difásica pelas bolhas de gás, a bomba já não fosse necessária, já que, teoricamente, o processo se "auto-alimentaria"; sendo um sistema fechado (dentro do tubo), a água supersatura arrastada para cima, pelas bolhas, criaria um vácuo que arrastaria mais água supersaturada, do fundo do lago, para dentro do tubo, enquanto houvesse suficiente gás dissolvido na água, para realimentar o sistema.
Pelo "jato de champanhe" que você nos mostra na foto, parece que funcionou...
Saudações,

11 julho, 2012

O nariz inexpugnável

www.selfcontrolfreak.com

Clique no site acima.
Vai abrir uma janela exclusiva para o artista da foto.
Aí, eu quero ver você clicar no nariz dele!

Enviado por Winston Graça
Apontador
É sucesso de vendas no Neatoshop este apontador em forma de nariz:


Preço: $ 1.95

Uma rápida busca na internet como pencil sharpener mostra que outros orifícios corporais também já serviram de inspiração para a fabricação de apontadores de lápis.

Slideshow DESAPONTADORES DE LÁPIS

10 julho, 2012

Nações Unidas

Não sei quem primeiro observou isso. O desenho da bandeira da Noruega contém os desenhos das bandeiras de outros seis países:


As semelhanças são aparentemente acidentais. O norueguês Fredrik Meltzer, que a projetou, escolheu a cruz nórdica para refletir os laços de seu país com a Dinamarca e na Suécia e o padrão tricolor para evocar os ideais liberais da França, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos.
United Nations, Futility Closet

Poderá também gostar de hastear...
Bandeiras de Benin, A bandeira ponderada do mundo e O plágio de nossa bandeira

Um dicionário palavra-imagem

O "Google Dictionary" não é uma criação do Google, mas foi inspirado no mecanismo de buscas do site. Ao invés de definições, ele traz a primeira imagem que o Google apresenta para cada uma das 21 mil palavras do dicionário. A ideia foi de Ben West e Felix Heyes, dois designers de Londres, que consideram o livro uma espécie de "registro sem filtros da cultura humana em 2012". Isso significa, segundo eles, que "metade do dicionário é composta por fotos médicas, pornografia, racismo ou quadrinhos de baixa qualidade".
Debora Schach, Blue Bus. Fonte primária: Gizmodo


09 julho, 2012

Todo adultério será castigado

Um membro do Talibã mata uma mulher acusada de adultério na frente de uma multidão.
Onde? Na província de Parwan (perto de Cabul, a capital afegã), onde a radical organização islâmica continua a impor sua lei.
Neste vídeo de três minutos, obtido pela agência Reuters, um homem de turbante se aproxima de uma mulher, sentada no chão, e atira várias vezes, a curta distância, com um rifle automático, para o delírio e a alegria de cerca de 150 homens que assistem ao sórdido "espetáculo".


Que mundo em que vivemos! Mundo em que a maioria das pessoas se submete a uma religião que alguém inventou para controlar os demais. Mas a cenoura na vara é sempre a mesma: a promessa da vida eterna.

Solresol

O francês Jean-François Sudre (1787-1862) tinha um pensamento único, em 1817:
Se as pessoas de diferentes culturas podiam apreciar a mesma música, por que não transformar a própria música em uma língua internacional?
O resultado, que ele chamou Solresol, usava as sete notas da familiar escala de solfejo (do, re, mi ...) como fonemas em um vocabulário de 2.600 raízes. E as palavras relacionadas compartilhavam as sílabas iniciais. Por exemplo, "doremi" significava dia, "dorefa", semana, "doresol", mês, e "doredo", o conceito do próprio tempo. Além disso, para tornar mais agradável o aprendizado da língua, os opostos eram formados simplesmente invertendo as palavras. Assim, "fala" era bom e "lafa", ruim.
Ele desenvolveu essa língua para várias mídias. Além de representar uma sílaba, a cada nota também foi atribuída um número e uma cor, de modo que as palavras podiam ser expressas por batidas, luzes piscando, bandeiras de sinalização e badaladas de sino, bem como por música.
Sudre foi saudado como gênio em vida, colecionou prêmios em exposições mundiais em Paris e Londres, porém morreu sem ver a sua gramática publicada. Uma sociedade internacional promoveu o Solresol até o começo da Primeira Guerra Mundial, quando a língua passou a perder seus adeptos para o Esperanto, que foi considerado mais fácil de aprender.
Greg Ross. In: Language, Futility Closet

Leitura complementar
Grammar of Solresol by Boleslas Gajewski

Ler também...
Curso de Inglês, Sobre "falsos amigos", Tra(duz)ir, Boas falas"É grego para mim", O dom de línguas, Línguas faladas no mundo e Línguas artificiais.