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31 maio, 2015
EntreMentes, em Brasília
O Jornal da Casa do Ceará em Brasília prestigiou-nos ao publicar recentemente, em seu número 273 (março), uma coletânea de cinco posts do blog EM.
Este mensário, com sede em Brasília, tem como editores os jornalistas JB Serra e Gurgel e Wilson Ibiapina.
O primeiro é também o autor do "Dicionário de Gíria" (www.dicionariodegiria.com.br), o mais completo glossário do gênero no Brasil.
Migingo como dói
É difícil acreditar que um pedaço de terra que cobre apenas metade de um acre seja um tema de muita controvérsia, mas Migingo, uma pequena ilha de pesca no Lago Vitória, na África Oriental, é exatamente isso.
Quênia e Uganda reclamam que a ilha está dentro de seus territórios, o que provoca muita tensão entre os pescadores de cada país, pois todos acreditam ter o direito de usá-la para pescar.
A Ilha Migingo é apenas um pontinho no mapa, mas (de perto) como dói.
Quênia e Uganda reclamam que a ilha está dentro de seus territórios, o que provoca muita tensão entre os pescadores de cada país, pois todos acreditam ter o direito de usá-la para pescar.
A Ilha Migingo é apenas um pontinho no mapa, mas (de perto) como dói.
30 maio, 2015
A mudança no uso do tabaco por escolares nos EUA
O uso do cigarro eletrônico (e-cigarette) entre os jovens já ultrapassou o uso do cigarro tradicional, pela primeira vez, de acordo com dados recém-divulgados pelos Centers for Diseases Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos.
Embora o uso do cigarro esteja em baixa entre os jovens, isso não significa que menos adolescentes estejam consumindo tabaco. O aumento do uso do narguilé e dos cigarros eletrônicos - que produzem vapor em vez de fumaça, mas que ainda contêm nicotina - vem anulando o declínio no consumo dos cigarros tradicionais pelos jovens.
O estudo, publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report, identificou uma grande mudança no uso do tabaco por eles. Nos últimos anos, os cigarros tradicionais, que sempre foram a forma mais popular de tabaco, caíram para o terceiro lugar. Entre os estudantes do ensino médio, 9,2 por cento disseram que tinham fumado um cigarro no mês que antecedeu o estudo, em comparação com 13,4 por cento que disseram que tinha fumado um e-cigarette e 9,4 por cento que tinham fumado o narguilé.
"E-cigarettes são baratos e altamente disponíveis, vêm em sabores apelativos para a juventude, e são novidade. Então, não é surpresa que os jovens procurem experimentá-los. A experimentação é da natureza de uma pessoa jovem" disse Robin Koval, CEO e presidente da organização Legay for Health, ao site The Huffington Post.
A Food and Drug Administration (FDA), que regula a venda e comercialização de cigarros tradicionais, bem como de muitos outros produtos, atualmente não tem autoridade sobre os cigarros eletrônicos e o narguilé. Em abril de 2014, propôs estender a sua autoridade de regulamentação a esses produtos, mas a regra ainda precisa entrar em vigor.
Tom Frieden, diretor do CDC, disse que os jovens acreditam amplamente - e de forma imprecisa - que estes produtos são de alguma forma mais seguros do que os cigarros tradicionais.
"A nicotina é perigosa para crianças e adolescentes de qualquer idade", disse ele. "O cérebro humano ainda está em desenvolvimento durante esses anos, e o uso de nicotina está associado com o retardo do processo cognitivo".
Os defensores da saúde pública estão agora dirigindo o foco para as regras propostas pela FDA a serem implantadas em breve. Para Villanti, diretor associado do Schroeder Institute for Tobacco Research and Policy Studies,"somos sempre os azarões na luta contra o Big Tobacco. Eles vão montar desafios legais a qualquer coisa que o FDA coloque em sua frente, mas isso não é uma razão pela qual não sigamos essas regras."
Fonte
E-Cigarettes Are Now More Popular With Young People Than Regular Cigarettes, por Jesse Rifkin. In: HUFFPOST
Leitura complementar
Comparação dos anos escolares Brasil-EUA. VIVER NOS EUA
267 - O uso do narguilé, Acta Pulmonale
352 - A moda do cigarro eletrônico, Acta Pulmonale
632 - As conclusões da AHA sobre os cigarros eletrônicos, Acta Pulmonale
Dia Mundial sem Tabaco
31;05/2015 (amanhã)
Embora o uso do cigarro esteja em baixa entre os jovens, isso não significa que menos adolescentes estejam consumindo tabaco. O aumento do uso do narguilé e dos cigarros eletrônicos - que produzem vapor em vez de fumaça, mas que ainda contêm nicotina - vem anulando o declínio no consumo dos cigarros tradicionais pelos jovens.
O estudo, publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report, identificou uma grande mudança no uso do tabaco por eles. Nos últimos anos, os cigarros tradicionais, que sempre foram a forma mais popular de tabaco, caíram para o terceiro lugar. Entre os estudantes do ensino médio, 9,2 por cento disseram que tinham fumado um cigarro no mês que antecedeu o estudo, em comparação com 13,4 por cento que disseram que tinha fumado um e-cigarette e 9,4 por cento que tinham fumado o narguilé.
"E-cigarettes são baratos e altamente disponíveis, vêm em sabores apelativos para a juventude, e são novidade. Então, não é surpresa que os jovens procurem experimentá-los. A experimentação é da natureza de uma pessoa jovem" disse Robin Koval, CEO e presidente da organização Legay for Health, ao site The Huffington Post.
A Food and Drug Administration (FDA), que regula a venda e comercialização de cigarros tradicionais, bem como de muitos outros produtos, atualmente não tem autoridade sobre os cigarros eletrônicos e o narguilé. Em abril de 2014, propôs estender a sua autoridade de regulamentação a esses produtos, mas a regra ainda precisa entrar em vigor.
Tom Frieden, diretor do CDC, disse que os jovens acreditam amplamente - e de forma imprecisa - que estes produtos são de alguma forma mais seguros do que os cigarros tradicionais.
"A nicotina é perigosa para crianças e adolescentes de qualquer idade", disse ele. "O cérebro humano ainda está em desenvolvimento durante esses anos, e o uso de nicotina está associado com o retardo do processo cognitivo".
Os defensores da saúde pública estão agora dirigindo o foco para as regras propostas pela FDA a serem implantadas em breve. Para Villanti, diretor associado do Schroeder Institute for Tobacco Research and Policy Studies,"somos sempre os azarões na luta contra o Big Tobacco. Eles vão montar desafios legais a qualquer coisa que o FDA coloque em sua frente, mas isso não é uma razão pela qual não sigamos essas regras."
Fonte
E-Cigarettes Are Now More Popular With Young People Than Regular Cigarettes, por Jesse Rifkin. In: HUFFPOST
Leitura complementar
Comparação dos anos escolares Brasil-EUA. VIVER NOS EUA
267 - O uso do narguilé, Acta Pulmonale
352 - A moda do cigarro eletrônico, Acta Pulmonale
632 - As conclusões da AHA sobre os cigarros eletrônicos, Acta Pulmonale
Dia Mundial sem Tabaco
31;05/2015 (amanhã)
A quinta força
Eu ainda acho incrível que tudo o que vejo ao meu redor seja composto por apenas algumas dezenas de partículas e quatro interações. É o que todos nós sabemos. Mas talvez isso não seja tudo o que existe?
Os físicos têm especulado, há algum tempo, que o nosso universo precisa de um quinta força para manter a taxa de expansão nele observada, mas esta força acaba por ser muito difícil de testar. Um novo trabalho (de Burrage, Copeland e Hinds, do Reino Unido, propõe agora um teste baseado na medição da atração gravitacional entre os átomos individuais.
Os físicos têm especulado, há algum tempo, que o nosso universo precisa de um quinta força para manter a taxa de expansão nele observada, mas esta força acaba por ser muito difícil de testar. Um novo trabalho (de Burrage, Copeland e Hinds, do Reino Unido, propõe agora um teste baseado na medição da atração gravitacional entre os átomos individuais.
A new proposal for a fifth force experiment, Back(Re)Action
Milla Jovovich em "O Quinto Elemento" |
29 maio, 2015
Uma rocha com 30 mil diamantes
Esta rocha vermelha e verde está recheado com 30.000 pequeninos diamantes.
Retirada de Udachnaya, uma mina a céu aberto de diamantes na Rússia, ela foi doada para a ciência.
O minúsculo tamanho dos diamantes significa que eles não têm valor comercial.
Ah, bom.
Retirada de Udachnaya, uma mina a céu aberto de diamantes na Rússia, ela foi doada para a ciência.
O minúsculo tamanho dos diamantes significa que eles não têm valor comercial.
Ah, bom.
Um alfabeto simétrico
É preciso muita arte para escolher quais letras se adequam para serem agrupadas e, em seguida, para desenhá-las de modo a criar um alfabeto perfeito do ponto de vista da simetria.
Dividido o cartaz ao meio por uma linha vertical imaginária, cada metade é a imagem em espelho da outra. Diria se tratar de um palíndromo tipográfico.
Este é um trabalho – de autor desconhecido – que eu encontrei no The Meta Picture.
Postagens relacionadas
Pulcritude e simetria, Simetrização de árvores fotografadas e Centralizado
Dividido o cartaz ao meio por uma linha vertical imaginária, cada metade é a imagem em espelho da outra. Diria se tratar de um palíndromo tipográfico.
Este é um trabalho – de autor desconhecido – que eu encontrei no The Meta Picture.
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28 maio, 2015
Cabeça, irmão
O escultor Marc Quinn escolheu um meio único para sua obra "Self" ("Auto"), de 1991.
"Self" é uma escultura congelada de uma cabeça (do artista, que serviu de modelo) feita a partir de 4,5 litros do próprio sangue, o qual foi coletado de si mesmo ao longo de um período de 5 meses.
Derramado em um molde, o sangue era a seguir congelado.
Esta escultura é até hoje mantida em um cubo transparente com unidade de refrigeração própria.
Quinn pretende fazer uma nova versão de "Self" a cada 5 anos para ir documentando sua transformação física e deterioração.
A finalidade da cabeça é lembrar o espectador sobre a fragilidade humana.
N. do E.
Atento a esse último detalhe foi que ele coletou o sangue aos poucos.
"Self" é uma escultura congelada de uma cabeça (do artista, que serviu de modelo) feita a partir de 4,5 litros do próprio sangue, o qual foi coletado de si mesmo ao longo de um período de 5 meses.
Derramado em um molde, o sangue era a seguir congelado.
Esta escultura é até hoje mantida em um cubo transparente com unidade de refrigeração própria.
Quinn pretende fazer uma nova versão de "Self" a cada 5 anos para ir documentando sua transformação física e deterioração.
A finalidade da cabeça é lembrar o espectador sobre a fragilidade humana.
N. do E.
Atento a esse último detalhe foi que ele coletou o sangue aos poucos.
Sobre a domesticação do cão
O cão descende do lobo e essa separação começou há muito mais tempo do que se pensava até agora, conclui um estudo genético
O osso de um lobo com 35.000 anos, encontrado na Sibéria, trouxe um novo olhar à longa relação da humanidade com o cão, mostrando que a domesticação deste animal teria ocorrido mais cedo do que se pensava até agora. Os cães atuais, desde o Chihuahua ao dogue alemão, descendem de lobos domesticados pelos humanos nos tempos pré-históricos, mas quando ocorreu essa domesticação é uma questão ainda em debate.
A equipe do geneticista Love Dalén, do Museu Sueco de História Natural, analisou o genoma de um lobo que viveu na Península de Taimir, num artigo científico publicado na revista Current Biology. Os cientistas tinham encontrado parte de uma costela no solo permanentemente congelado (permafrost) da Sibéria, durante uma expedição à Península de Taimir em 2010.
A descoberta deste osso antigo permitiu aos cientistas, mais uma vez comparando-o com o DNA de lobos e cães atuais, fazer algumas recalibrações. "Utilizámos o genoma do lobo antigo, que foi diretamente datado, para recalibrar o calendário molecular dos lobos e cães e verificamos que a taxa de mutações é substancialmente mais lenta do que foi assumido pela maioria dos estudos anteriores", refere ainda o artigo.
Estudos genéticos anteriores de cães e lobos atuais tinham calculado que os cães tinham começado a ser domesticados entre há 11.000 e 16.000 anos, baseando-se em taxas de mutação genéticas que pressuponham uma determinada velocidade.
Ora, se as mutações genéticas ocorreram a um ritmo mais lento, então os antepassados dos cães separaram-se dos lobos há mais tempo e a domesticação do cão aconteceu mais cedo do que se pensava. Os cientistas então estimaram que a domesticação do cão teria começado entre há 27.000 anos e 40.000 anos.
É provável que o lobo antigo agora estudado tenha feito parte de uma população de lobos que vagueava pelas estepes e pela tundra durante a última Idade do Gelo, caçando presas grandes, como bisontes, bois-almiscarados e cavalos. "Uma das explicações mais simples é que os caçadores-coletores podem ter apanhado crias de lobos, o que é extremamente fácil, e tê-las mantido em cativeiro como sentinelas contra os grandes predadores da última Idade do Gelo, como ursos e leões das cavernas, e outros mamíferos perigosos, como mamutes, rinocerontes lanudos e outros humanos", disse Love Dalén.
======================================================================
Qual animal tem a existência mais miserável?
(acrescentado em 04/12/2019)
A vida do pug é miserável, e eu acho que os pugs são uma raça que nunca deveria ter existido. Mas a nossa peculiar afinidade com o focinho chato e os olhos esbugalhados — resultantes da reprodução seletiva — torna isso possível.
De acordo com este artigo que li, recentemente:
“Os atributos físicos dessa raça internacionalmente popular parecem inseparáveis da própria identidade do pug. No entanto, cada vez mais, alguns desses traços estão sendo reconhecidos como deformidades — ou, como descrito pela Associação Canadense de Medicina Veterinária (CVMA), “transtornos deletérios hereditários”.
Seu rosto plano coloca pugs em um grupo chamado raças braquicefálicas, que inclui bulldogs, shih-tzus e Boston terriers, entre outros. Em 2016, a Associação Veterinária Britânica pediu que as pessoas parassem de comprar cães braquicefálicos em um esforço para reduzir o “sofrimento animal”. Em 2017, veterinários irlandeses aprovaram uma moção pedindo a proibição de toda a publicidade usando animais de rosto achatado. E o nariz arrebitado pode não ser o único problema com pugs: em 2018, um estudo sueco descobriu que cerca de um terço dos pugs não consegue andar corretamente.
Em outras palavras, o que as pessoas podem achar fofo pode na verdade ser cruel — e é um problema que os humanos criaram.
“A maioria das raças que existem agora são feitas pelo homem”, diz Tim Arthur, um veterinário de Ottawa que participa do conselho da CVMA. “Inicialmente, criamos raças de cães porque elas eram funcionais — elas precisavam fazer um trabalho, então construímos um cachorro melhor. Correria mais rápido, caçaria melhor, cheiraria melhor, protegeria melhor. Hoje em dia fazemos cães, até certo ponto, por sua aparência.
O cão pug é uma raça antiga. Através de inúmeras gerações de reprodução seletiva, diz Arthur, pugs e outras raças braquicefálicas tiveram seu maxilar superior empurrado para trás. Esta preferência estética pode produzir uma cascata de efeitos colaterais não intencionais: passagens nasais e gargantas comprimidas, dobras profundas na pele e pálpebras e ductos lacrimais deformados.
Estas características podem resultar em dificuldades para respirar, infecções crônicas na pele, problemas oculares — assim como desconfoto e dor para os animais, e milhares de dólares em cuidados veterinários. Um estudo de 2016 descobriu que quase 70 por cento dos cachorros rastreados tinham pelo menos um distúrbio de saúde”.
O osso de um lobo com 35.000 anos, encontrado na Sibéria, trouxe um novo olhar à longa relação da humanidade com o cão, mostrando que a domesticação deste animal teria ocorrido mais cedo do que se pensava até agora. Os cães atuais, desde o Chihuahua ao dogue alemão, descendem de lobos domesticados pelos humanos nos tempos pré-históricos, mas quando ocorreu essa domesticação é uma questão ainda em debate.
A equipe do geneticista Love Dalén, do Museu Sueco de História Natural, analisou o genoma de um lobo que viveu na Península de Taimir, num artigo científico publicado na revista Current Biology. Os cientistas tinham encontrado parte de uma costela no solo permanentemente congelado (permafrost) da Sibéria, durante uma expedição à Península de Taimir em 2010.
A descoberta deste osso antigo permitiu aos cientistas, mais uma vez comparando-o com o DNA de lobos e cães atuais, fazer algumas recalibrações. "Utilizámos o genoma do lobo antigo, que foi diretamente datado, para recalibrar o calendário molecular dos lobos e cães e verificamos que a taxa de mutações é substancialmente mais lenta do que foi assumido pela maioria dos estudos anteriores", refere ainda o artigo.
Estudos genéticos anteriores de cães e lobos atuais tinham calculado que os cães tinham começado a ser domesticados entre há 11.000 e 16.000 anos, baseando-se em taxas de mutação genéticas que pressuponham uma determinada velocidade.
Ora, se as mutações genéticas ocorreram a um ritmo mais lento, então os antepassados dos cães separaram-se dos lobos há mais tempo e a domesticação do cão aconteceu mais cedo do que se pensava. Os cientistas então estimaram que a domesticação do cão teria começado entre há 27.000 anos e 40.000 anos.
É provável que o lobo antigo agora estudado tenha feito parte de uma população de lobos que vagueava pelas estepes e pela tundra durante a última Idade do Gelo, caçando presas grandes, como bisontes, bois-almiscarados e cavalos. "Uma das explicações mais simples é que os caçadores-coletores podem ter apanhado crias de lobos, o que é extremamente fácil, e tê-las mantido em cativeiro como sentinelas contra os grandes predadores da última Idade do Gelo, como ursos e leões das cavernas, e outros mamíferos perigosos, como mamutes, rinocerontes lanudos e outros humanos", disse Love Dalén.
Via: www.publico.pt
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Qual animal tem a existência mais miserável?
(acrescentado em 04/12/2019)
A vida do pug é miserável, e eu acho que os pugs são uma raça que nunca deveria ter existido. Mas a nossa peculiar afinidade com o focinho chato e os olhos esbugalhados — resultantes da reprodução seletiva — torna isso possível.
De acordo com este artigo que li, recentemente:
“Os atributos físicos dessa raça internacionalmente popular parecem inseparáveis da própria identidade do pug. No entanto, cada vez mais, alguns desses traços estão sendo reconhecidos como deformidades — ou, como descrito pela Associação Canadense de Medicina Veterinária (CVMA), “transtornos deletérios hereditários”.
Seu rosto plano coloca pugs em um grupo chamado raças braquicefálicas, que inclui bulldogs, shih-tzus e Boston terriers, entre outros. Em 2016, a Associação Veterinária Britânica pediu que as pessoas parassem de comprar cães braquicefálicos em um esforço para reduzir o “sofrimento animal”. Em 2017, veterinários irlandeses aprovaram uma moção pedindo a proibição de toda a publicidade usando animais de rosto achatado. E o nariz arrebitado pode não ser o único problema com pugs: em 2018, um estudo sueco descobriu que cerca de um terço dos pugs não consegue andar corretamente.
Em outras palavras, o que as pessoas podem achar fofo pode na verdade ser cruel — e é um problema que os humanos criaram.
“A maioria das raças que existem agora são feitas pelo homem”, diz Tim Arthur, um veterinário de Ottawa que participa do conselho da CVMA. “Inicialmente, criamos raças de cães porque elas eram funcionais — elas precisavam fazer um trabalho, então construímos um cachorro melhor. Correria mais rápido, caçaria melhor, cheiraria melhor, protegeria melhor. Hoje em dia fazemos cães, até certo ponto, por sua aparência.
O cão pug é uma raça antiga. Através de inúmeras gerações de reprodução seletiva, diz Arthur, pugs e outras raças braquicefálicas tiveram seu maxilar superior empurrado para trás. Esta preferência estética pode produzir uma cascata de efeitos colaterais não intencionais: passagens nasais e gargantas comprimidas, dobras profundas na pele e pálpebras e ductos lacrimais deformados.
Estas características podem resultar em dificuldades para respirar, infecções crônicas na pele, problemas oculares — assim como desconfoto e dor para os animais, e milhares de dólares em cuidados veterinários. Um estudo de 2016 descobriu que quase 70 por cento dos cachorros rastreados tinham pelo menos um distúrbio de saúde”.
27 maio, 2015
O desafio Charlie, Charlie
Lembram-se do desafio do balde de gelo?
Rápido como veio, logo degelou. Embora o desafio tivesse o nobre propósito de angariar fundos para ajudar os pacientes com esclerose lateral amiotrófica.
Agora, a nova mania na internet é tentar falar com um espírito que atende pelo nome de Charlie. Charlie de Tal. Na lista dos espíritos suspeitos, encontrando-se: Chaplin, Chan, Hebdo e o menino Brown, nenhum é mexicano.
No Instagram e no Vine, pessoas têm publicado vídeos em que aparecem realizando o novo desafio. E, no Twitter, a hashtag #charliecharliechallenge chegou a ter mais de 1,5 milhão de publicações num único dia.
Nesse suposto ritual de invocação de espíritos, dois lápis ficam cruzados um sobre o outro, sobre uma folha com as palavras "sim" e "não" escritas.
Alguém pergunta: "Charlie, Charlie, você está aqui?". Então, um dos lápis se move.
Se o lápis se move para o "sim" é que Charlie está presente. Muitos ficam assustados com a sinceridade de Charlie, gritam e saem correndo da sala. Sangue de Cristo, o espírito está ali apenas para dar conselhos pelo método binário!
E se o lápis se move para o "não"? Charlie não está presente. Excluída a possibilidade de ele ter passado, quem sabe, uma procuração a outro espírito, você está diante de um paradoxo.
É bom lembrar ainda que esse desafio tem regras. A mais importante delas é sempre se despedir do espírito ao terminar a sessão. Isso ou, então, correr o risco de se meter no olho de um Poltergeist.
E quando o lápis não se mexe?
Bem, esse resultado só acontece se ninguém soprar o lápis.
Rápido como veio, logo degelou. Embora o desafio tivesse o nobre propósito de angariar fundos para ajudar os pacientes com esclerose lateral amiotrófica.
Agora, a nova mania na internet é tentar falar com um espírito que atende pelo nome de Charlie. Charlie de Tal. Na lista dos espíritos suspeitos, encontrando-se: Chaplin, Chan, Hebdo e o menino Brown, nenhum é mexicano.
No Instagram e no Vine, pessoas têm publicado vídeos em que aparecem realizando o novo desafio. E, no Twitter, a hashtag #charliecharliechallenge chegou a ter mais de 1,5 milhão de publicações num único dia.
Nesse suposto ritual de invocação de espíritos, dois lápis ficam cruzados um sobre o outro, sobre uma folha com as palavras "sim" e "não" escritas.
Alguém pergunta: "Charlie, Charlie, você está aqui?". Então, um dos lápis se move.
Se o lápis se move para o "sim" é que Charlie está presente. Muitos ficam assustados com a sinceridade de Charlie, gritam e saem correndo da sala. Sangue de Cristo, o espírito está ali apenas para dar conselhos pelo método binário!
E se o lápis se move para o "não"? Charlie não está presente. Excluída a possibilidade de ele ter passado, quem sabe, uma procuração a outro espírito, você está diante de um paradoxo.
É bom lembrar ainda que esse desafio tem regras. A mais importante delas é sempre se despedir do espírito ao terminar a sessão. Isso ou, então, correr o risco de se meter no olho de um Poltergeist.
E quando o lápis não se mexe?
Bem, esse resultado só acontece se ninguém soprar o lápis.
26 maio, 2015
Treinamento avançado
Vazou esta imagem sabe-se lá como. É uma foto que mostra um grupo de soldados do Exército Vermelho sob treinamento avançado:
Hogwarts existe!
+ revelações do EntreLeaks: Pilotagens
Hogwarts existe!
+ revelações do EntreLeaks: Pilotagens
Ora (direis) ouvir sinos!
O lado côncavo da vela de um navio, soprada por uma brisa suave, também é um bom coletor de som.
Aconteceu uma vez que, a bordo de um navio na costa do Brasil, as pessoas que andavam no convés, ao passarem por um determinado ponto, ouvissem distintamente o som de sinos.
Todos a bordo vieram para ouvir e ficaram convencidos de se tratar de um fenômeno misterioso, pois o navio estava muito longe da terra firme.
Tempos depois, verificou-se que, no momento do acontecimento do fenômeno, os sinos da cidade de Salvador, na costa brasileira, haviam sido tocados por ocasião de um festival. E que o som deles, favorecido por um vento suave, viajara talvez mais de 100 milhas sobre águas calmas, até ser posto "em foco" pela vela, no ponto particular do deck em que foi ouvido.
Aconteceu uma vez que, a bordo de um navio na costa do Brasil, as pessoas que andavam no convés, ao passarem por um determinado ponto, ouvissem distintamente o som de sinos.
Todos a bordo vieram para ouvir e ficaram convencidos de se tratar de um fenômeno misterioso, pois o navio estava muito longe da terra firme.
Tempos depois, verificou-se que, no momento do acontecimento do fenômeno, os sinos da cidade de Salvador, na costa brasileira, haviam sido tocados por ocasião de um festival. E que o som deles, favorecido por um vento suave, viajara talvez mais de 100 milhas sobre águas calmas, até ser posto "em foco" pela vela, no ponto particular do deck em que foi ouvido.
Neil Arnott, Elements of Physics: Or Natural Philosophy, 1887
25 maio, 2015
A felicidade é como balões
Um grupo de 50 pessoas participava de um seminário. De repente, o orador parou a conferência e decidiu fazer uma atividade de grupo.
A cada participante distribuiu um balão para que escrevesse o seu nome nele a caneta.
Em seguida, todos os balões foram recolhidos e colocados em outra sala.
Então, os participantes foram conduzidos até a sala onde estavam os balões para que, no prazo de 5 minutos, cada um encontrasse o seu balão, o que tinha o seu nome escrito.
Todo mundo ficou desesperadamente procurando o seu balão, colidindo uns com os outros, empurrando-se entre si, e houve caos absoluto.
Ao fim de 5 minutos, nenhum tinha encontrado o seu próprio balão.
Em seguida, cada um foi convidado a recolher aleatoriamente um balão e dá-lo para a pessoa cujo nome estava escrito nele.
Em poucos minutos, todos tinham seu próprio balão.
E o orador disse:
É isso exatamente o que acontece em nossas vidas. Todo mundo está desesperadamente à procura da felicidade, sem saber onde ela está. Nossa felicidade está na felicidade dos outros. Dê-lhes a sua felicidade que você vai ter a sua felicidade.
A cada participante distribuiu um balão para que escrevesse o seu nome nele a caneta.
Em seguida, todos os balões foram recolhidos e colocados em outra sala.
Então, os participantes foram conduzidos até a sala onde estavam os balões para que, no prazo de 5 minutos, cada um encontrasse o seu balão, o que tinha o seu nome escrito.
Todo mundo ficou desesperadamente procurando o seu balão, colidindo uns com os outros, empurrando-se entre si, e houve caos absoluto.
Ao fim de 5 minutos, nenhum tinha encontrado o seu próprio balão.
Em seguida, cada um foi convidado a recolher aleatoriamente um balão e dá-lo para a pessoa cujo nome estava escrito nele.
Em poucos minutos, todos tinham seu próprio balão.
E o orador disse:
É isso exatamente o que acontece em nossas vidas. Todo mundo está desesperadamente à procura da felicidade, sem saber onde ela está. Nossa felicidade está na felicidade dos outros. Dê-lhes a sua felicidade que você vai ter a sua felicidade.
Café com humor
1
"É desumano, em minha opinião, deixar pessoas que têm uma verdadeira necessidade médica por café esperando em uma fila, atrás de pessoas que, aparentemente, o vêem como uma espécie de atividade recreacional." – Dave Barry
"É repugnante notar o aumento na quantidade de café usado por meus súditos e, como consequência, a quantidade de dinheiro que vai para fora do país. Todo mundo está usando o café, o que deveria ser evitado. Vossa Majestade foi criado com cerveja como foram todos os seus antepassados. Muitas batalhas foram travadas e vencidas por soldados nutridos com cerveja, e o rei não acredita que beber café possa ser invocado para que os soldados suportem as dificuldades em caso de uma nova guerra." – Frederico da Prússia, o Grande (1777)
"Assim que você se sentar para uma xícara de café quente, seu chefe vai lhe pedir para fazer algo que vai durar até que o café esteja frio." – Lei de Murphy
"O sono é um sintoma de privação de café." – Anônimo
"Se eu fosse mulher eu usaria o café como perfume." – John Van Druten
3
"Se algum dia eu me transformar em um serial killer e eu estiver correndo atrás de você, basta me perguntar qual é a melhor máquina de café. Você terá 10 horas para escapar enquanto eu estiver pesquisando as opções cada vez mais caras, até eu voltar e recomendar a mesma Aeropress de 25 dólares que eu usei durante anos. E depois apunhalá-lo no cérebro."
"A única maneira de armazenar corretamente os grãos de café é no vácuo perfeito do espaço exterior. Depois de ter exposto os grãos à atmosfera da Terra - até mesmo por apenas um segundo - já é tarde demais."
"Por Deus, esta bebida de satanás é tão deliciosa que seria uma lástima deixá-la para o uso exclusivo dos hereges. Vamos burlar o diabo, batizando-a", teria dito o papa Clemente VIII (1536-1605), ao provar pela primeira vez o café, uma bebida que continha uma substância ainda questionável na época, a cafeína.
O café, hoje, é apreciado de diversas formas e tem feito cada vez mais parte da mesa do brasileiro. A bebida está presente em 98,2% das casas no país, sendo que estes lares, possuem em média 3,4 pessoas, das quais 2,8 bebem o café. As informações são da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).
Não é à toa que a bebida ganhou uma data exclusiva para ser comemorada. Desde 2005, o dia 24 de maio, início da colheita em grande parte das regiões cafeeiras, foi escolhido para ser o Dia Nacional do Café.
"É desumano, em minha opinião, deixar pessoas que têm uma verdadeira necessidade médica por café esperando em uma fila, atrás de pessoas que, aparentemente, o vêem como uma espécie de atividade recreacional." – Dave Barry
"É repugnante notar o aumento na quantidade de café usado por meus súditos e, como consequência, a quantidade de dinheiro que vai para fora do país. Todo mundo está usando o café, o que deveria ser evitado. Vossa Majestade foi criado com cerveja como foram todos os seus antepassados. Muitas batalhas foram travadas e vencidas por soldados nutridos com cerveja, e o rei não acredita que beber café possa ser invocado para que os soldados suportem as dificuldades em caso de uma nova guerra." – Frederico da Prússia, o Grande (1777)
"Assim que você se sentar para uma xícara de café quente, seu chefe vai lhe pedir para fazer algo que vai durar até que o café esteja frio." – Lei de Murphy
"O sono é um sintoma de privação de café." – Anônimo
"Se eu fosse mulher eu usaria o café como perfume." – John Van Druten
3
"Se algum dia eu me transformar em um serial killer e eu estiver correndo atrás de você, basta me perguntar qual é a melhor máquina de café. Você terá 10 horas para escapar enquanto eu estiver pesquisando as opções cada vez mais caras, até eu voltar e recomendar a mesma Aeropress de 25 dólares que eu usei durante anos. E depois apunhalá-lo no cérebro."
"A única maneira de armazenar corretamente os grãos de café é no vácuo perfeito do espaço exterior. Depois de ter exposto os grãos à atmosfera da Terra - até mesmo por apenas um segundo - já é tarde demais."
Dave Pacheco
4"Por Deus, esta bebida de satanás é tão deliciosa que seria uma lástima deixá-la para o uso exclusivo dos hereges. Vamos burlar o diabo, batizando-a", teria dito o papa Clemente VIII (1536-1605), ao provar pela primeira vez o café, uma bebida que continha uma substância ainda questionável na época, a cafeína.
O café, hoje, é apreciado de diversas formas e tem feito cada vez mais parte da mesa do brasileiro. A bebida está presente em 98,2% das casas no país, sendo que estes lares, possuem em média 3,4 pessoas, das quais 2,8 bebem o café. As informações são da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).
Não é à toa que a bebida ganhou uma data exclusiva para ser comemorada. Desde 2005, o dia 24 de maio, início da colheita em grande parte das regiões cafeeiras, foi escolhido para ser o Dia Nacional do Café.
Cristina Barroca, Café: a bebida dos deuses
24 maio, 2015
Tudo se transforma - 2
O que fizeram com aqueles tanques externos de combustível que os pilotos dos aviões de combate descartavam sobre o Vietnã?
Tudo se transforma - 1
Tudo se transforma - 1
Banda Seu Chico
Esta banda pernambucana vem empolgando as plateias das cidades em que se apresenta, tocando as músicas do Chico com uma nova pegada.
O grupo é formado por Vítor Araújo, Bruno Cupim, Negro Grilo, Amendoim, Vinicius Sarmento, Rodrigo Samico e Tiberio Azul.
O pianista Vítor é a cereja do bolo.
PLAYLIST 18/18 - Encontrando o homem...
(inclui cenas da partida de futebol do século: Politheama 3 x 3 Banda Seu Chico)
Banda Seu Chico no Face e no Twitter.
O grupo é formado por Vítor Araújo, Bruno Cupim, Negro Grilo, Amendoim, Vinicius Sarmento, Rodrigo Samico e Tiberio Azul.
O pianista Vítor é a cereja do bolo.
PLAYLIST 2/18 - Caçada / Não Sonho Mais
PLAYLIST 18/18 - Encontrando o homem...
(inclui cenas da partida de futebol do século: Politheama 3 x 3 Banda Seu Chico)
Banda Seu Chico no Face e no Twitter.
23 maio, 2015
A página de um milhão de dólares - 2
Alex Tew precisava de dinheiro, então fez algo audacioso. Em 2005, ele iniciou um site, The Million Dollar Homepage. Vendeu um milhão de pixels da página para os anunciantes por um dólar cada pixel e, em apenas seis meses, Tew conseguiu o seu milhão de dólares.
Noticiei isto em 2008, no Blog EM.
Desde então, não há um pixel disponível para um anúncio novo. Tew provou que, quando se trata de angariar fundos crowdsourcing, nenhuma causa é muito egoísta.
Noticiei isto em 2008, no Blog EM.
Desde então, não há um pixel disponível para um anúncio novo. Tew provou que, quando se trata de angariar fundos crowdsourcing, nenhuma causa é muito egoísta.
22 maio, 2015
Acredite se Quiser
Elmer Fudd (no Brasil, Hortelino Troca-Letras) é um dos personagens mais famosos dos desenhos animados Looney Tunes. A maioria das suas aparições é caçando o coelho Pernalonga e/ou o pato Patolino. Como é de costume nos desenhos animados, ele nunca consegue pegá-los.
Seu nome no Brasil se deve ao fato de trocar as letras quando fala, principalmente o R pelo L.
Segundo o TopTenz, ao criar no final da década de 1930, este personagem inicialmente conhecido como Egghead (cabeça de ovo), a Warner Bros inspirou-se no cartunista e antropólogo amador Robert Ripley, o criador do Ripley's Believe It or Not!.
Acredite se Quiser.
Seu nome no Brasil se deve ao fato de trocar as letras quando fala, principalmente o R pelo L.
Segundo o TopTenz, ao criar no final da década de 1930, este personagem inicialmente conhecido como Egghead (cabeça de ovo), a Warner Bros inspirou-se no cartunista e antropólogo amador Robert Ripley, o criador do Ripley's Believe It or Not!.
Acredite se Quiser.
O título de um livro
"Eu faço uma lista dos títulos, depois que eu terminei a história ou o livro - às vezes, até cem. Então, eu começo a eliminá-los, às vezes, todos eles." – Ernest Hemingway
"O título vem depois, geralmente com considerável dificuldade. O título do trabalho frequentemente muda." – Heinrich Böll
"Eu nunca fui um homem de títulos. Eu não dou a mínima para o título. Eu chamaria este (livro) de "East of Eden" (A Leste do Éden, no Brasil), que é uma citação de absolutamente nada, mas tem duas grandes palavras e uma direção." – John Steinbeck
"Títulos em regra não importam muito. Muito bons autores quebram a cara no esforço de escolher um título." – DH Lawrence
"Quando eu preciso de um título eu vou geralmente reler a poesia de Hart Crane. Eu levo comigo uma cópia do trabalho de Crane quando viajo. A frase que me chama a atenção parece adequada para o que eu estou escrevendo. Mas não há nenhum sistema para isso." – Tennessee Williams
"Eu tenho uma ideia peculiar sobre títulos. Eles nunca devem ser, obviamente, provocativos, nem dizer nada sobre o assassinato. Eles devem ser bastante indiretos e neutros, mas a aparência das palavras deve ser um pouco incomum. (...) Quanto aos editores, eu me pergunto se eles sabem alguma coisa sobre títulos."– Raymond Chandler
"O título vem depois, geralmente com considerável dificuldade. O título do trabalho frequentemente muda." – Heinrich Böll
"Eu nunca fui um homem de títulos. Eu não dou a mínima para o título. Eu chamaria este (livro) de "East of Eden" (A Leste do Éden, no Brasil), que é uma citação de absolutamente nada, mas tem duas grandes palavras e uma direção." – John Steinbeck
"Títulos em regra não importam muito. Muito bons autores quebram a cara no esforço de escolher um título." – DH Lawrence
"Quando eu preciso de um título eu vou geralmente reler a poesia de Hart Crane. Eu levo comigo uma cópia do trabalho de Crane quando viajo. A frase que me chama a atenção parece adequada para o que eu estou escrevendo. Mas não há nenhum sistema para isso." – Tennessee Williams
"Eu tenho uma ideia peculiar sobre títulos. Eles nunca devem ser, obviamente, provocativos, nem dizer nada sobre o assassinato. Eles devem ser bastante indiretos e neutros, mas a aparência das palavras deve ser um pouco incomum. (...) Quanto aos editores, eu me pergunto se eles sabem alguma coisa sobre títulos."– Raymond Chandler
First Things Last, Futility Closet
21 maio, 2015
Entre dois males
Durante uma noite de farra em uma taverna de Salisbury, alguns soldados estavam bebendo à saúde de outras pessoas. Nisso, um soldado fez o impensável: ele bebeu à saúde do Diabo. Corajosamente, desafiando o Diabo a aparecer, o soldado alegou que, se o Diabo não aparecia, era a prova de que nem o Diabo nem Deus existiam.
Companheiros de bebida do soldado fugiram assustados do recinto, mas voltaram "depois de ouvir um ruído medonho e de sentir um mau cheiro". O soldado tinha desaparecido, e tudo o que encontraram foi uma janela quebrada e uma barra de ferro coberta de sangue. Quanto ao soldado, nunca mais se ouviu falar dele.
Essa história peculiar, relatada em 1682 pelo ministro Samuel Clarke, era uma espécie de aviso sobre o destino traiçoeiro reservado aos bêbados. O soldado cometera o erro fatal de perder o juízo e beber à saúde do Diabo, trazendo o mal a seu mundo. Esta história, porém, era apenas uma dentre as terríveis possibilidades apontadas por Clarke. A doença corporal, a destruição espiritual, a loucura e, em última instância, a morte compreendiam os destinos trágicos que aguardavam os bêbados. [...]
No entanto, essas advertências dramáticas criaram respostas de céticos que questionavam a validade de tais alegações. Será que beber realmente resultava em decadência física? Poderia uma pessoa beber álcool sem se transformar num bêbado estúpido ou num fardo social indesejado?
Um desenho da revista Puck, de 1888, apresentou uma imagem diferente da temperança: como um equilíbrio "entre dois males".
À direita, um Intemperate Teetotaler, em seu esnobismo, recusando até mesmo contemplar um copo de álcool. À esquerda, um Intemperate Drunkard, que, em muitos aspectos, reflete a deterioração física já descrita anteriormente. No meio, no entanto, está um homem que representa a verdadeira temperança. Ele não tem sinais de decadência física, está bem vestido e com o semblante amável.
Sentado entre esses dois extremos, este homem – que representa a verdadeira temperança – agarra sua caneca de cerveja e sorri... como estivesse a pensar: "Eu não tenho nada a ver com nenhum de vocês".
Blurred Forms: An Unsteady History of Drunkenness, por Kriston D. Burton. In: the appendix
Companheiros de bebida do soldado fugiram assustados do recinto, mas voltaram "depois de ouvir um ruído medonho e de sentir um mau cheiro". O soldado tinha desaparecido, e tudo o que encontraram foi uma janela quebrada e uma barra de ferro coberta de sangue. Quanto ao soldado, nunca mais se ouviu falar dele.
Essa história peculiar, relatada em 1682 pelo ministro Samuel Clarke, era uma espécie de aviso sobre o destino traiçoeiro reservado aos bêbados. O soldado cometera o erro fatal de perder o juízo e beber à saúde do Diabo, trazendo o mal a seu mundo. Esta história, porém, era apenas uma dentre as terríveis possibilidades apontadas por Clarke. A doença corporal, a destruição espiritual, a loucura e, em última instância, a morte compreendiam os destinos trágicos que aguardavam os bêbados. [...]
No entanto, essas advertências dramáticas criaram respostas de céticos que questionavam a validade de tais alegações. Será que beber realmente resultava em decadência física? Poderia uma pessoa beber álcool sem se transformar num bêbado estúpido ou num fardo social indesejado?
Um desenho da revista Puck, de 1888, apresentou uma imagem diferente da temperança: como um equilíbrio "entre dois males".
À direita, um Intemperate Teetotaler, em seu esnobismo, recusando até mesmo contemplar um copo de álcool. À esquerda, um Intemperate Drunkard, que, em muitos aspectos, reflete a deterioração física já descrita anteriormente. No meio, no entanto, está um homem que representa a verdadeira temperança. Ele não tem sinais de decadência física, está bem vestido e com o semblante amável.
Sentado entre esses dois extremos, este homem – que representa a verdadeira temperança – agarra sua caneca de cerveja e sorri... como estivesse a pensar: "Eu não tenho nada a ver com nenhum de vocês".
Blurred Forms: An Unsteady History of Drunkenness, por Kriston D. Burton. In: the appendix
20 maio, 2015
A cruz de Karachi
O empresário paquistanês Parvez Henry Gill estava dormindo quando Deus apareceu em seu sonho e lhe deu uma tarefa: encontrar uma maneira de proteger os cristãos do Paquistão contra a violência. "Eu quero que você faça algo diferente", exigiu Deus.
Isso foi há quatro anos, e Gill, um cristão devoto, lutou muito para encontrar o que deveria fazer. Foram noites e noites de agitação, acalmadas com orações, até ele acordar numa manhã com a resposta: Ele iria construir uma das maiores cruzes do mundo em Karachi, um dos lugares mais improváveis do mundo para isso.
Essa cruz, que será a maior da Ásia, já está quase pronta (foto). Gill planeja realizar uma grande festa para inaugurá-la. Convidará o papa Francisco, o primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif, a rainha Elizabeth II da Inglaterra e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
"Mas eu não sei se eles virão", acrescenta.
Os cristãos representam cerca de 1,5 por cento da população paquistanesa. Num país em que eles são frequentemente hostilizados e perseguidos por extremistas muçulmanos, seria isto uma boa ideia?
Isso foi há quatro anos, e Gill, um cristão devoto, lutou muito para encontrar o que deveria fazer. Foram noites e noites de agitação, acalmadas com orações, até ele acordar numa manhã com a resposta: Ele iria construir uma das maiores cruzes do mundo em Karachi, um dos lugares mais improváveis do mundo para isso.
Essa cruz, que será a maior da Ásia, já está quase pronta (foto). Gill planeja realizar uma grande festa para inaugurá-la. Convidará o papa Francisco, o primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif, a rainha Elizabeth II da Inglaterra e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
"Mas eu não sei se eles virão", acrescenta.
Os cristãos representam cerca de 1,5 por cento da população paquistanesa. Num país em que eles são frequentemente hostilizados e perseguidos por extremistas muçulmanos, seria isto uma boa ideia?
♪Chazinho com biscoito♪
21, 102, 103, 104, 206, 207...
Não, não é nenhuma sequência de Fibonacci nem algo do gênero. São os apartamentos de um edifício em que, como descreve Vander Lee, muita coisa estranha acontece.
Quando puder passe no 108 para tomar um chazinho com biscoito com ele.
Vander Lee
Nascido no estado de Minas Gerais, Vanderli Catarina, mais conhecido por Vander Lee, começou sua carreira em bares locais em meados da década de 1980. Gravou sua primeira fita demo (com 4 músicas) em 1986, e em 1987 já fazia shows com seu próprio repertório. Suas canções variam desde o romântico, passando pelo samba até a balada e o rock. Alcione, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Elza Soares, Emilinha Borba, Fábio Jr, Gal Costa, Leila Pinheiro, Luiza Possi, Margareth Menezes, Maria Bethania e Regina Souza, entre outros, já gravaram suas músicas.
Não, não é nenhuma sequência de Fibonacci nem algo do gênero. São os apartamentos de um edifício em que, como descreve Vander Lee, muita coisa estranha acontece.
Quando puder passe no 108 para tomar um chazinho com biscoito com ele.
Vander Lee
Nascido no estado de Minas Gerais, Vanderli Catarina, mais conhecido por Vander Lee, começou sua carreira em bares locais em meados da década de 1980. Gravou sua primeira fita demo (com 4 músicas) em 1986, e em 1987 já fazia shows com seu próprio repertório. Suas canções variam desde o romântico, passando pelo samba até a balada e o rock. Alcione, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Elza Soares, Emilinha Borba, Fábio Jr, Gal Costa, Leila Pinheiro, Luiza Possi, Margareth Menezes, Maria Bethania e Regina Souza, entre outros, já gravaram suas músicas.
Vander Lee. Participação de Regina Souza
O rapazinho lá do 21 vive de zumzumzum
Com a tal de Dinorah.
Aquela moça lá do 102 que come ovo com arroz
E arrota caviar.
O falamansa lá do 103 que todo fim de mês
Cisma de viajar.
No 104 não mora ninguém
Mas se você quiser alguém
Pra dividir pode chamar.
O bonitão, cabeludo que usa brinco
Morador do 105
Me chamou pra passear.
Mas tem a bruxa lá do 206 que quer carona toda vez
Que o bonitão vai trabalhar.
Com a tal de Dinorah.
Aquela moça lá do 102 que come ovo com arroz
E arrota caviar.
O falamansa lá do 103 que todo fim de mês
Cisma de viajar.
No 104 não mora ninguém
Mas se você quiser alguém
Pra dividir pode chamar.
O bonitão, cabeludo que usa brinco
Morador do 105
Me chamou pra passear.
Mas tem a bruxa lá do 206 que quer carona toda vez
Que o bonitão vai trabalhar.
A empregada lá do 207 fica ouvindo Elizete
E deixa o leite derramar.
Quando puder passa aqui no 108 pra um chazinho com biscoito pra gente continuar
A conversar, vou lhe contar
Na cobertura tem um fã do Sepultura
Que pratica acupuntura
Com as cordas do violão.
No andar de cima é que mora aquela prima
Do cocô do filhote do cachorro do vilão.
Aqui do lado tem um que fica pelado
Dançando sapateado de frente à televisão.
Você sabia que o dono da padaria
É primo daquela tia da mulher do seu patrão.
E deixa o leite derramar.
Quando puder passa aqui no 108 pra um chazinho com biscoito pra gente continuar
A conversar, vou lhe contar
Na cobertura tem um fã do Sepultura
Que pratica acupuntura
Com as cordas do violão.
No andar de cima é que mora aquela prima
Do cocô do filhote do cachorro do vilão.
Aqui do lado tem um que fica pelado
Dançando sapateado de frente à televisão.
Você sabia que o dono da padaria
É primo daquela tia da mulher do seu patrão.
19 maio, 2015
A Cabeça Quadrada
Há um mundo de conhecimentos a ser explorado no interior desta caixa.
O artista francês Sasha Sonso projetou esta escultura monumental, La Tête Carrée (A Cabeça Quadrada), para integrar a Biblioteca Central de Nice, França.
Concluída em 2002, mede cerca de 30 metros de altura. Em sua parte cúbica, sustentada por um enorme busto, La Tête Carrée abriga uma biblioteca de 3 pavimentos. E seus painéis exteriores são realmente janelas. Através delas, o sol da Riviera Francesa penetra na biblioteca para iluminar os pensamentos dos leitores que a frequentam.
É uma perfeita fusão da arte com a educação.
Enquanto a bola se move
O professor de Física fecha os olhos e encolhe-se todo contra a parede. Sua fé é menor do que uma semente de mostarda.
O efeito Miley Cyrus.
"I came in like a wrecking ball
I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls.."
O efeito Miley Cyrus.
"I came in like a wrecking ball
I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls.."
18 maio, 2015
Museus e sociedade sustentável
O Dia Internacional dos Museus é comemorado a 18 de maio,
Este ano, a data é dedicada a assinalar a contribuição dos espaços museológicos para promover uma sociedade sustentável.
"Museus para uma sociedade sustentável" é o tema proposto pelo Conselho Internacional de Museus (sigla ICOM, em inglês), a entidade que promove a iniciativa para as comemorações com o objetivo de reforçar os laços dos museus com a sociedade.
O tema leva a refletir em que medida os museus conservando, expondo e dialogando com as suas colecções podem contribuir para conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar o meio ambiente, disponibilizando as melhores respostas para as transformações que nos rodeiam.
Este ano, a data é dedicada a assinalar a contribuição dos espaços museológicos para promover uma sociedade sustentável.
"Museus para uma sociedade sustentável" é o tema proposto pelo Conselho Internacional de Museus (sigla ICOM, em inglês), a entidade que promove a iniciativa para as comemorações com o objetivo de reforçar os laços dos museus com a sociedade.
O tema leva a refletir em que medida os museus conservando, expondo e dialogando com as suas colecções podem contribuir para conscientizar a sociedade sobre a importância de preservar o meio ambiente, disponibilizando as melhores respostas para as transformações que nos rodeiam.
JOGO DE DAMAS. Homem x Máquina
Chinook x Tinsley, Londres - 1992 |
Seu último e melhor adversário foi uma máquina, Chinook, projetada pelo cientista da computação Jonathan Schaeffer, da Universidade de Alberta, Canadá. Quando a American Checkers Federation não permitiu a participação da máquina no campeonato de 1990, Tinsley renunciou ao título de campeão e aceitou jogar contra ela.
Ele venceu por 4-2, com 33 empates. Em um jogo, depois que o computador tinha jogado seu 10º movimento, Tinsley disse: "Você vai se arrepender disso." Chinook foi derrotado 26 movimentos mais tarde e, na análise que se seguiu, Schaeffer descobriu que Tinsley tinha planejado 64 movimentos à frente para encontrar a única estratégia vencedora. (Quando perguntado sobre a fonte de sua vantagem, Tinsley, que era um pregador leigo, disse: "Eu tenho um programador melhor: Deus".)
Mas a máquina continuou a melhorar, e a saúde de Tinsley começou a falhar. Ele teve que se retirar, após seis empates em sua revanche de 1994, e morreu de câncer do pâncreas pouco tempo depois, aos 68 anos.
Chinook, desde então, resolveu o jogo. Após 18 anos de aperfeiçoamento, o programa evoluíra para não perder mais em qualquer situação. Em princípio, pelo menos, o computador agora é invencível. O melhor que um ser humano pode esperar é um empate.
A Jump Ahead, Futility Closet | Chechers, solved!, IEEE Spectrum
N. do E.
As damas são um jogo de empate, ou seja, sempre terminará em empate se ambos os adversários realizarem as jogadas corretas.
17 maio, 2015
Pela blogosfera - 52
Recebi de José Flávio Abelha (foto) esta mensagem:
Paulo,
estou sempre repassando matérias do seu blog.
O meu é JANELA DO ABELHA
http://oblogdoabelha.blogspot.com
Grande abraço do
Paulo,
estou sempre repassando matérias do seu blog.
O meu é JANELA DO ABELHA
http://oblogdoabelha.blogspot.com
Grande abraço do
Abelha
Acrescentei com todo o mérito o Janela do Abelha na relação de Blogs e Sites da página principal do EntreMentes.Os aspectos científicos do malabarismo
Claude Shannon, o pai da teoria da informação, tinha um interesse especial por malabarismo. Ele costumava fazer malabarismos com bolas enquanto andava de monociclo pelos corredores da Bell Laboratories.
Na década de 1970, ele construiu o primeiro robô malabarista. Esta máquina (vídeo) que imita WC Fields, que fazia malabarismos no vaudeville antes de ser comediante no cinema.
Essa arte circense é pura matemática. Em seu "Scientific Aspects of Juggling", de 1993, Shannon ofereceu o primeiro teorema para o malabarismo.
Uma coisa é certa: o malabarismo fica cada vez mais difícil com o aumento do número de bolas, a razão pela qual eu não consigo passar da primeira. PGCS
Na década de 1970, ele construiu o primeiro robô malabarista. Esta máquina (vídeo) que imita WC Fields, que fazia malabarismos no vaudeville antes de ser comediante no cinema.
Essa arte circense é pura matemática. Em seu "Scientific Aspects of Juggling", de 1993, Shannon ofereceu o primeiro teorema para o malabarismo.
Uma coisa é certa: o malabarismo fica cada vez mais difícil com o aumento do número de bolas, a razão pela qual eu não consigo passar da primeira. PGCS
16 maio, 2015
Newtoniana
Sardinhas e Festas de Lisboa
Sardinhas
Já foram escolhidas as cinco sardinhas vencedoras das Festas de Lisboa – que acontecem em junho deste ano. Representam alguns dos personagens mais característicos da cidade. No concurso, em sua 5ª edição, já concorreram desde 2011 mais de 25 mil sardinhas de mais de 60 países. Como prêmio, 2 mil euros para os pais da ideia e a exposição pública das suas, nossas e vossas sardinhas por toda a cidade, como imagem principal da campanha de divulgação das Festas de Lisboa.
Festas de Lisboa
Período: 1º a 30 de junho
Com um cheiro de verão no ar, as Festas de Lisboa enchem de animação os recantos mais típicos da cidade e trazem à rua milhares de pessoas.
Santo António, padroeiro de Lisboa, dá o mote para as festas que atingem o seu ponto alto na noite de 12 de junho, com o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade. Na tarde do dia 13, a procissão em honra deste santo popular, que tem fama de casamenteiro, percorre as ruas que rodeiam a Sé e dá o cunho religioso às festas.
As noites são animadas pelos arraiais nos bairros típicos de Lisboa, do Castelo à Mouraria, Graça, Alfama, Ajuda e Bairro Alto, com muita música e dança ao ritmo das canções populares. Enfeitadas com grinaldas e globos coloridos, as ruas são invadidas pelo cheiro da sardinha assada e pelos aromas dos manjericos acompanhados de um cravo de papel e de uma quadra alusiva a Santo António.
Junho é o principal mês destas festas, que se prolongam pelo verão e incluem eventos muito diversificados como espetáculos de fado, jazz e outros géneros musicais, fado nos elétricos que atravessam a cidade, festivais de cinema e teatro, provas desportivas e exposições.
Já foram escolhidas as cinco sardinhas vencedoras das Festas de Lisboa – que acontecem em junho deste ano. Representam alguns dos personagens mais característicos da cidade. No concurso, em sua 5ª edição, já concorreram desde 2011 mais de 25 mil sardinhas de mais de 60 países. Como prêmio, 2 mil euros para os pais da ideia e a exposição pública das suas, nossas e vossas sardinhas por toda a cidade, como imagem principal da campanha de divulgação das Festas de Lisboa.
Festas de Lisboa
Período: 1º a 30 de junho
Com um cheiro de verão no ar, as Festas de Lisboa enchem de animação os recantos mais típicos da cidade e trazem à rua milhares de pessoas.
Santo António, padroeiro de Lisboa, dá o mote para as festas que atingem o seu ponto alto na noite de 12 de junho, com o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade. Na tarde do dia 13, a procissão em honra deste santo popular, que tem fama de casamenteiro, percorre as ruas que rodeiam a Sé e dá o cunho religioso às festas.
As noites são animadas pelos arraiais nos bairros típicos de Lisboa, do Castelo à Mouraria, Graça, Alfama, Ajuda e Bairro Alto, com muita música e dança ao ritmo das canções populares. Enfeitadas com grinaldas e globos coloridos, as ruas são invadidas pelo cheiro da sardinha assada e pelos aromas dos manjericos acompanhados de um cravo de papel e de uma quadra alusiva a Santo António.
Junho é o principal mês destas festas, que se prolongam pelo verão e incluem eventos muito diversificados como espetáculos de fado, jazz e outros géneros musicais, fado nos elétricos que atravessam a cidade, festivais de cinema e teatro, provas desportivas e exposições.
15 maio, 2015
A rejeição ao Brasil por maus brasileiros
Adam Smith, estudante de Oxford e blogueiro do Para Inglês Ver, é apenas mais um estrangeiro que descobriu, com tristeza, o famoso complexo de vira-lata (*) de muitos brasileiros.
"Eu – como vários gringos que conheço que ficaram um tempo no Brasil – adoro o país pela cultura e pelo povo, apesar dos problemas. E que país não tem problemas? O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo. Frustração e ódio da própria cultura foram coisas que senti bastante e me surpreenderam durante meus 6 meses no Brasil. Sei que há problemas, mas será que não há também exagero?", pergunta Adam.
Ele destaca também o que considera uma segunda colonização do Brasil – a colonização cultural pelos EUA, que faz com que hot dog e hambúguer sejam mais facilmente encontrados nas ruas do que uma tapioca, por exemplo, e que a música norte-americana predomine no país que é berço do samba e da bossa nova.
Leia a matéria na íntegra na BBC Brasil.
(*) A expressão tem origem na derrota desastrosa do Brasil para a seleção uruguaia no Maracanã, na final da Copa de 1950. Foi usada por Nelson Rodrigues para descrever "a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo".
Sobre o complexo de vira-lata de alguns artistas brasileiros
Gráfico: o Brasil entre os cinco grandes
"Eu – como vários gringos que conheço que ficaram um tempo no Brasil – adoro o país pela cultura e pelo povo, apesar dos problemas. E que país não tem problemas? O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo. Frustração e ódio da própria cultura foram coisas que senti bastante e me surpreenderam durante meus 6 meses no Brasil. Sei que há problemas, mas será que não há também exagero?", pergunta Adam.
Ele destaca também o que considera uma segunda colonização do Brasil – a colonização cultural pelos EUA, que faz com que hot dog e hambúguer sejam mais facilmente encontrados nas ruas do que uma tapioca, por exemplo, e que a música norte-americana predomine no país que é berço do samba e da bossa nova.
Leia a matéria na íntegra na BBC Brasil.
(*) A expressão tem origem na derrota desastrosa do Brasil para a seleção uruguaia no Maracanã, na final da Copa de 1950. Foi usada por Nelson Rodrigues para descrever "a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo".
Sobre o complexo de vira-lata de alguns artistas brasileiros
Gráfico: o Brasil entre os cinco grandes
(desenhado para o pessoal do complexo de vira-lata poder entender)
Maria e Maria Madalena
A simetria é uma qualidade estética tanto na arte quanto na vida. É geralmente associada com a beleza e a perfeição, enquanto a assimetria está associada com a não-beleza e a imperfeição.
Bem, há controvérsias. (1) x (2)
Em seu aspecto físico, o ato de orar pode ter uma postura simétrica (com as mãos exatamente sobrepostas) ou assimétrica.
Na arte cristã, Maria e Maria Madalena foram, sem dúvida, as duas mulheres mais frequentemente retratadas. Mas, suas posturas de oração, conforme se veem em inúmeras representações iconográficas, não eram aleatórias. Maria rezava, na maioria das vezes, de forma simétrica, ao passo que Maria Madalena costumava orar assimetricamente.
Uma tentativa de explicar essa diferença propõe que: Maria era simétrica ao orar por ser o epítome da perfeição e da serenidade, enquanto Maria Madalena era assimétrica por causa de sua extrema emotividade (inclusive com períodos em que a santidade ficava na balança).
Bem, há controvérsias. (1) x (2)
Em seu aspecto físico, o ato de orar pode ter uma postura simétrica (com as mãos exatamente sobrepostas) ou assimétrica.
Na arte cristã, Maria e Maria Madalena foram, sem dúvida, as duas mulheres mais frequentemente retratadas. Mas, suas posturas de oração, conforme se veem em inúmeras representações iconográficas, não eram aleatórias. Maria rezava, na maioria das vezes, de forma simétrica, ao passo que Maria Madalena costumava orar assimetricamente.
Uma tentativa de explicar essa diferença propõe que: Maria era simétrica ao orar por ser o epítome da perfeição e da serenidade, enquanto Maria Madalena era assimétrica por causa de sua extrema emotividade (inclusive com períodos em que a santidade ficava na balança).
14 maio, 2015
Pela blogosfera - 51
Post
Parem os relógios, pois é tempo de blues
O filme "Quatro casamentos e um funeral" contribuiu para tornar mundialmente conhecido este poema de W. H. Auden, ao incluí-lo numa cena em que foi declamado pelo ator escocês John Hannah.
No Brasil, o poeta e jornalista Nelson Ascher realizou uma primorosa tradução do "Funeral blues" para:
Paulo,
eu procurei uma tradução que pudesse trazer toda a carga de emoção que o poema traduz, mas não o havia encontrado. Por isso, não coloquei nenhum texto adicional que pudesse corromper o significado tão profundo dos versos, pois no original o poema é lindíssimo.
Certamente esta tua contribuição me passou desapercebida ou a teria incluído no post, sem prejuízo.
Obrigada por enriquecê-lo.
Parem os relógios, pois é tempo de blues
Anna Dutra, Jornal GGN
ComentárioO filme "Quatro casamentos e um funeral" contribuiu para tornar mundialmente conhecido este poema de W. H. Auden, ao incluí-lo numa cena em que foi declamado pelo ator escocês John Hannah.
No Brasil, o poeta e jornalista Nelson Ascher realizou uma primorosa tradução do "Funeral blues" para:
BLUES FÚNEBRE
RespostaPaulo,
eu procurei uma tradução que pudesse trazer toda a carga de emoção que o poema traduz, mas não o havia encontrado. Por isso, não coloquei nenhum texto adicional que pudesse corromper o significado tão profundo dos versos, pois no original o poema é lindíssimo.
Certamente esta tua contribuição me passou desapercebida ou a teria incluído no post, sem prejuízo.
Obrigada por enriquecê-lo.
Anna Dutra, Jornal GGN
Pêssegos eróticos
Uma ideia do Sr. Yao, vendedor de futas em Nanjing, China.
Vestir de lingerie os pêssegos que vende para aumentar o faturamento.
Cada caixa com nove suculentos pêssegos custa 498 yuans (= 80 dólares).
Sexy peaches, Bits and Pieces
13 maio, 2015
Nove meses de bastardos na França
O rei Filipe Augusto, da França, casou-se com Ingeborg, da Dinamarca, em 1193. Infelizmente, por considerar que Ingeborg era absolutamente insuportável, Augusto entrou com um pedido de divórcio, alegando que o casamento não havia sido consumado. Sua esposa, no entanto, argumentou que tinham consumado esse casamento.
Decidindo o litígio, o Papa Celestino III recusou-se a conceder o divórcio ao rei.
Mas Filipe não se deu por derrotado. Ele, não só ignorou a decisão do papa, como ainda se casou com Agnes, de Marania.
Foi quando o papa, além de ordenar ao rei que voltasse a Ingeborg para cumprir seus deveres conjugais, impôs um interdito. Determinando que, a partir de 12 de dezembro de 1199, todas as igrejas ficassem fechadas e que, enquanto o rei não estivesse dormindo com a verdadeira esposa, seus súditos não tinham permissão para dormir com as deles.
Durante o período da interdição, que durou até 7 de setembro de 1200, todas as crianças nascidas na França foram consideradas ilegítimas.
Foram nove meses de bastardos na França.
Quanto a Filipe Augusto, eventualmente ele visitava Ingeborg, mas não antes de 1213.
10 Examples of Royal Weirdness, Neatorama
Decidindo o litígio, o Papa Celestino III recusou-se a conceder o divórcio ao rei.
Mas Filipe não se deu por derrotado. Ele, não só ignorou a decisão do papa, como ainda se casou com Agnes, de Marania.
Foi quando o papa, além de ordenar ao rei que voltasse a Ingeborg para cumprir seus deveres conjugais, impôs um interdito. Determinando que, a partir de 12 de dezembro de 1199, todas as igrejas ficassem fechadas e que, enquanto o rei não estivesse dormindo com a verdadeira esposa, seus súditos não tinham permissão para dormir com as deles.
Durante o período da interdição, que durou até 7 de setembro de 1200, todas as crianças nascidas na França foram consideradas ilegítimas.
Foram nove meses de bastardos na França.
Quanto a Filipe Augusto, eventualmente ele visitava Ingeborg, mas não antes de 1213.
10 Examples of Royal Weirdness, Neatorama
400 K acessos
Atingimos a marca dos 400 mil acessos.
Mas este número não é a única coisa a se comemorar neste posto de trabalho.
Cálculo dos dias sem incidentes no How Long Have I Been Alive For?. Poderia também ser feito no Excel.
Mas este número não é a única coisa a se comemorar neste posto de trabalho.
ESTAMOS NO BLOGUE SEM INCIDENTES
COM VELOCIRAPTORES HÁ EXATOS 3097 DIAS
Cálculo dos dias sem incidentes no How Long Have I Been Alive For?. Poderia também ser feito no Excel.
12 maio, 2015
A Era do Wi-Fi - 2
"Usar Wi-Fi que llega a mi casa no significa robar. El Wi-Fi esta atravesando y invadiendo mi propriedad privada."
"El Wi-Fi es como un beso. Si es robado es mejor." — desmotivaciones.es
Oído hoy en una cafetería: "No tenemos Wi-Fi, lo siento. Tendréis que hablar entre vosotros."
— Ignasi Comellas (@ignasicomellas) August 30, 2013
Por qué no deberíamos ir a otros planetas:
En mi tumba:
A Era do Wi-Fi - 1
"El Wi-Fi es como un beso. Si es robado es mejor." — desmotivaciones.es
Oído hoy en una cafetería: "No tenemos Wi-Fi, lo siento. Tendréis que hablar entre vosotros."
— Ignasi Comellas (@ignasicomellas) August 30, 2013
Por qué no deberíamos ir a otros planetas:
En mi tumba:
A Era do Wi-Fi - 1
De um livro de colorir para adultos
Pinte o percurso que cada líquido faz até o seu destinatário. Use uma cor diferente para cada líquido.
11 maio, 2015
Qual foi o país que mais contribuiu para a derrota da Alemanha em 1945?
Uma pesquisa realizada pelo Ifop (Institut français d’opinion publique), em maio de 1945, no território francês recém-libertado (e que confirmava um inquérito de setembro de 1944, com os parisienses), mostrou que os entrevistados pareciam bem conscientes das relações de poder e do papel dos aliados na guerra, apesar da censura e da dificuldade de acesso a informação confiáveis.
Assim, uma maioria clara (57%) acreditava que a URSS tinha sido a nação que mais contribuíra para a derrota da Alemanha, enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha haviam contribuído apenas com 20%, e 12%, respectivamente.
Mas o que é verdadeiramente espantoso é que essa visão da opinião pública foi revertida dramaticamente ao longo do tempo, como mostram os inquéritos realizados em 1994, 2004 e 2015:
[L'enseignement de l'ignorance] Quelle est la nation qui a le plus contribué à la défaite de l’Allemagne en 1945? Les-Crises.fr
Assim, uma maioria clara (57%) acreditava que a URSS tinha sido a nação que mais contribuíra para a derrota da Alemanha, enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha haviam contribuído apenas com 20%, e 12%, respectivamente.
Mas o que é verdadeiramente espantoso é que essa visão da opinião pública foi revertida dramaticamente ao longo do tempo, como mostram os inquéritos realizados em 1994, 2004 e 2015:
[L'enseignement de l'ignorance] Quelle est la nation qui a le plus contribué à la défaite de l’Allemagne en 1945? Les-Crises.fr
A que depois de morta foi rainha
É uma forma de nomear D. Inês de Castro, amante de D. Pedro, Rei de Portugal.
Dom Pedro, Príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV, era casado com D. Constança, mas se apaixonara por Inês de Castro, dama de companhia de sua esposa.
Com a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra e D. Pedro, futuro Rei de Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo dela sua rainha.
O Rei Afonso IV, temendo pela exclusão do filho primogênito de D. Constança na linha de sucessão do trono, tenta afastar Dom Pedro da amante e conduzi-lo a um casamento que obedecesse não aos caprichos de cupido, mas às conveniências políticas de Portugal. Para isso, vendo como única saída, o Rei manda vir Inês para que seja executada.
Os verdugos trouxeram Inês e seus filhos perante o Rei. Depois de ouvir a sentença, Inês ergueu os olhos aos céus e disse:
Isso aconteceu em 1355 e diz a lenda que D. Pedro, inconformado, mandou vestir a noiva com roupas nupciais, sentou o cadáver no trono e fez os nobres lhe beijarem a mão. Daí se dizer de Inês: "a que depois de ser morta foi rainha".
Na verdade, D. Pedro manda transladar o corpo de Inês do mosteiro com pompas de rainha para o Mosteiro de Alcobaça em 1361, quando já era rei. Portanto, seis anos após o assassinato.
Ao subir ao trono D. Pedro conseguiu que outro Pedro, rei de Castela, lhe entregasse os homicidas, que para lá fugiram, Dois deles tiveram o coração arrancado do peito e o terceiro escapou da vingança real por ter escapado para a França.
Para imortalizar seu amor por Inês, D. Pedro jurou, em presença de sua corte, que se havia casado clandestinamente com ela, transformando-a, dessa maneira, em rainha após a morte.
Camões, em "Os Lusíadas" (Canto III, Estância CXVIII), assim inicia o relato dessa história:
Dom Pedro, Príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV, era casado com D. Constança, mas se apaixonara por Inês de Castro, dama de companhia de sua esposa.
Com a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra e D. Pedro, futuro Rei de Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo dela sua rainha.
O Rei Afonso IV, temendo pela exclusão do filho primogênito de D. Constança na linha de sucessão do trono, tenta afastar Dom Pedro da amante e conduzi-lo a um casamento que obedecesse não aos caprichos de cupido, mas às conveniências políticas de Portugal. Para isso, vendo como única saída, o Rei manda vir Inês para que seja executada.
Os verdugos trouxeram Inês e seus filhos perante o Rei. Depois de ouvir a sentença, Inês ergueu os olhos aos céus e disse:
"Até mesmo as feras, cruéis de nascença, e as aves de rapina já demonstraram piedade com as crianças pequenas. O senhor, que tem o rosto e o coração humanos, deveria ao menos compadecer-se destas criancinhas, seus netos, já que não se comove com a morte de uma mulher fraca e sem força, condenada somente por ter entregue o coração a quem soube conquistá-lo. E se o senhor sabe espalhar a morte com fogo e ferro, vencendo a resistência dos mouros, deve saber também dar a vida, com clemência, a quem nenhum crime cometeu para perdê-la. Mas se devo ser punida, mesmo inocente, mande-me para o exílio perpétuo e mísero na gelada Cítia ou na ardente Líbia onde eu viva eternamente em lágrimas. Ponha--me entre os leões e tigres, onde só exista crueldade. E verei se neles posso achar a piedade que não achei entre corações humanos. E lá, com o amor e o pensamento naquele por quem fui condenada a morrer, criarei os seus filhos, que o senhor acaba de ver, e que serão o consolo de sua triste mãe."Comovido com essas palavras, o Rei já pensava em absolver Inês, quando os verdugos, que defendiam a execução, sacaram de suas espadas e degolaram Inês.
Isso aconteceu em 1355 e diz a lenda que D. Pedro, inconformado, mandou vestir a noiva com roupas nupciais, sentou o cadáver no trono e fez os nobres lhe beijarem a mão. Daí se dizer de Inês: "a que depois de ser morta foi rainha".
Na verdade, D. Pedro manda transladar o corpo de Inês do mosteiro com pompas de rainha para o Mosteiro de Alcobaça em 1361, quando já era rei. Portanto, seis anos após o assassinato.
Túmulo de D. Inês de Castro em estilo gótico no Mosteiro de Alcobaça |
Para imortalizar seu amor por Inês, D. Pedro jurou, em presença de sua corte, que se havia casado clandestinamente com ela, transformando-a, dessa maneira, em rainha após a morte.
Camões, em "Os Lusíadas" (Canto III, Estância CXVIII), assim inicia o relato dessa história:
"Passada esta tão próspera vitória,
Tornando Afonso à Lusitana terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste, e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que depois de ser morta foi Rainha."
10 maio, 2015
Mães: ontem e hoje
Hoje, a vida de muitas mães é diferente e mais livre do que no século passado. Até 1962, por exemplo, as mulheres casadas só podiam trabalhar fora de casa se o marido permitisse. Isso foi uma limitação imposta pelo Código Civil de 1916. Ele substituiu a legislação portuguesa até então vigente, mas isso não significou avanço algum para os direitos civis das mulheres.
As mães podem até querer trabalhar, e não precisam mais autorização do marido para isso, mas nem sempre isso é possível, já que se a mãe não puder contar com a família, ou com uma babá, simplesmente não há onde as crianças ficarem enquanto as suas mães trabalham. Somente cerca de 15% das crianças brasileiras podem contar com uma escolinha ou creche.
Desde quando o dia é comemorado?
No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de Maio, embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.
Alguns fatos interessantes:
As mães podem até querer trabalhar, e não precisam mais autorização do marido para isso, mas nem sempre isso é possível, já que se a mãe não puder contar com a família, ou com uma babá, simplesmente não há onde as crianças ficarem enquanto as suas mães trabalham. Somente cerca de 15% das crianças brasileiras podem contar com uma escolinha ou creche.
Desde quando o dia é comemorado?
No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de Maio, embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.
Alguns fatos interessantes:
- Em 1914 já existiam carrinhos de bebê de madeira, chupetas e mamadeiras, mas ainda não existiam lenços umedecidos ou fraldas descartáveis.
- No Brasil, até 1930 ainda eram realizados mais partos domiciliares do que hospitalares. Isto mudou e atualmente existe inclusive uma dúvida na sociedade se partos em casa ainda deveriam ser permitidos.
- Embora a primeira cesariana já tenha sido realizada em 1500, no século passado elas ainda eram raramente feitas. Hoje em dia, no entanto, mais da metade de todas as crianças brasileiras nascem através deste tipo de parto. Na rede privada de saúde, este número sobe ainda mais e varia entre 83 e 90% de todos os partos.
- No ínicio do século XX, e com o fim da escravatura ainda não tão distante, era muito comum encontrar amas de leite. Geralmente escravas ou ex-escravas que amamentavam os filhos dos seus donos.
- A expectativa de vida das mães de hoje é cerca de 30 anos maior do que no início do século passado. As meninas que nascem hoje no Brasil vão viver, em média, 78 anos (IBGE).
- Em Portugal, a idade média na qual as mulheres têm o seu primeiro filho é de 29 anos, uma tendência mundial que ainda não é verificada no Brasil. Por aqui as mães seguem tendo filhos ainda bastante jovens (média de 24 anos), mas mais tardia que a média do começo do século. Naquela época, a maioria das mulheres tinha o seu primeiro filho até os 19 anos de idade.
- Até 1960, as mulheres brasileiras tinham uma média de 6 filhos. Atualmente, o Brasil já está abaixo da média de reposição (2,1), sendo que temos uma média de 1,9 filhos por mulher.
Para sempre
Carlos Drummond de Andrade. In: "Lição de Coisas"
Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Um olhar para as mães na História da Arte, HUFFPOST
09 maio, 2015
Wi-Fi à Sombra
A Shadow Wi-Fi é uma iniciativa da Happiness Brussells em parceria com a instituição peruana Liga Contra el Cáncer. Ela foi instalada na praia de Agua Dulce, no Peru, para aumentar a conscientização do público sobre os riscos dos banhos de sol em excesso, especialmente entre 12 e 16 horas.
É uma estrutura (foto) que oferece internet sem fio unicamente no lado em que está produzindo sombra. Para que isso seja possível, um sensor detecta a posição do sol e ajusta a direção da antena para atualizar a sua área de cobertura, tal como é explicado neste vídeo.
O sistema permite que mais de 250 usuários se conectem ao mesmo tempo.
A instalação também fornece informações sobre como prevenir o desenvolvimento de câncer de pele.
Wi-Fi That Only Works in Shade Intends to Prevent Skin Cancer, PSFK
O Menino Homofobiquinho
O escritor e desenhista Ziraldo Pinto causou polêmica nas redes sociais ao criticar a atriz Fernanda Montenegro por "fazer apologia ao afeto homossexual" na novela "Babilônia", da TV Globo.
O site humorístico Sensacionalista, que satiriza as notícias do dia a dia, aproveitou o episódio para dizer que o escritor lançará agora um livro infantil com um novo personagem: "Bolsonarinho, O Menino Homofobiquinho":
O site humorístico Sensacionalista, que satiriza as notícias do dia a dia, aproveitou o episódio para dizer que o escritor lançará agora um livro infantil com um novo personagem: "Bolsonarinho, O Menino Homofobiquinho":
"Ele vai sair pelo mundo consertando as coisas erradas desse pessoal, que é uma porcentagem muito pequena da sociedade, usando seu rifle de estimação, chamado AI-Cinquinho. Ele também é muito arteiro e gosta de andar pela avenida Paulista de noite com lâmpadas fluorescentes na mão, que é a forma como ele encontrou de evitar que os gays participem da vida em sociedade."
08 maio, 2015
É possível "ver" um trovão?
Imagens são divulgadas
Cientistas norte-americanos capturaram pela primeira vez a imagem de um trovão, reproduzindo as ondas de som criadas por um raio gerado artificialmente. As imagens, reproduzidas abaixo, foram apresentadas numa reunião das associações geofísicas norte-americana e canadense.
Os trovões são as ondas sonoras geradas pelo aquecimento do ar originadas pelas cargas elétricas na atmosfera, mas segundo Maher A. Dayeh, um físico do Southwest Research Institute (SwRI), não é particularmente claro que processo físico contribui para o trovão associado ao raio.
"Todos os dias mais de quatro milhões de relâmpagos atingem a terra e, no entanto, a física por detrás deste processo violento ainda é pouco compreendida", diz Dayeh.
Para estudar o fenómeno os cientistas geraram relâmpagos artificialmente - lançando um foguete com fio de cobre para as nuvens. Com um sistema de 15 microfones a 95 metros do ponto onde o raio deveria incidir os investigadores construíram um "mapa acústico" do trovão, transformando os dados numa imagem.
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Cientistas norte-americanos capturaram pela primeira vez a imagem de um trovão, reproduzindo as ondas de som criadas por um raio gerado artificialmente. As imagens, reproduzidas abaixo, foram apresentadas numa reunião das associações geofísicas norte-americana e canadense.
"Todos os dias mais de quatro milhões de relâmpagos atingem a terra e, no entanto, a física por detrás deste processo violento ainda é pouco compreendida", diz Dayeh.
Para estudar o fenómeno os cientistas geraram relâmpagos artificialmente - lançando um foguete com fio de cobre para as nuvens. Com um sistema de 15 microfones a 95 metros do ponto onde o raio deveria incidir os investigadores construíram um "mapa acústico" do trovão, transformando os dados numa imagem.
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A natureza inexata de Behemoth
Beh, Lev e Ziz em iluminura de uma Bíblia de Ulm, 1238 – Wikipedia |
As pessoas envolvidas no estudo de textos bíblicos discordam sobre a natureza exata do Behemoth, como descrito na Bíblia, em Jó 40: 15-24. Poderia ter sido um touro, um elefante, um hipopótamo...
Dr. Dave Miller, escrevendo na revista "Reason and Revelation", de dezembro de 2011, nº. 12, oferece uma interpretação alternativa: Behemoth foi um dinossauro herbívoro. Um Apatosaurus, um Argentinosaurus ou mesmo um Diplodocus (o que justificaria "a cauda tão forte como um cedro").
Contrarreferência
A arca dos dinos
07 maio, 2015
Cérebro Gentil
É uma peça interativa sobre a natureza fugaz dos prazeres digitais.
Gentle Brain foi encomendado pelo Etterstudio para o Museu de Arte Digital (MUDA), que abriu em Zurique no final de 2014.
Clique aqui para ver a imagem acima ampliada - com movimento.
Gentle Brain foi encomendado pelo Etterstudio para o Museu de Arte Digital (MUDA), que abriu em Zurique no final de 2014.
Clique aqui para ver a imagem acima ampliada - com movimento.
Enguias elétricas podem controlar remotamente os músculos de suas presas
Um peixe nada na Amazônia, em meio a uma água turva e com vegetação. Ele está escondido, mas não está seguro. De repente, duas rajadas de eletricidade através da água ativam os neurônios que controlam os músculos do peixe. Ele se contorce, dando a sua posição e condenando a si mesmo. Agora, ele é eletrocutado por uma saraivada contínua de impulsos elétricos. Todo os seus músculos se contraem e seu corpo se enrijece. Ele não pode escapar; ele não pode sequer se mover. E seu atacante, uma enguia elétrica, se move para o devorar.
A enguia elétrica (Electrophorus electricus) ou o poraquê (como ela é conhecida no Brasil) cria sua própria eletricidade. Mais de quatro quintos dos dois metros de comprimento do seu corpo são constituídos por células especiais, à maneira de uma bateria, que podem produzir, em conjunto, um choque de até 600 volts. Mas a forma como a enguia usa essa habilidade é ainda mais chocante. Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt, descobriu que este espantoso predador pode usar sua eletricidade como um controle remoto ao paralisar de longe os músculos de sua presa.
Electric Eels Can Remotely Control Their Prey's Muscles, por Ed Youg, National Geographic
Referência:
Catania, 2014. The shocking predatory strike of the electric eel. Science http://dx.doi.org/10.1126/science.1260807
A enguia elétrica (Electrophorus electricus) ou o poraquê (como ela é conhecida no Brasil) cria sua própria eletricidade. Mais de quatro quintos dos dois metros de comprimento do seu corpo são constituídos por células especiais, à maneira de uma bateria, que podem produzir, em conjunto, um choque de até 600 volts. Mas a forma como a enguia usa essa habilidade é ainda mais chocante. Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt, descobriu que este espantoso predador pode usar sua eletricidade como um controle remoto ao paralisar de longe os músculos de sua presa.
Electric Eels Can Remotely Control Their Prey's Muscles, por Ed Youg, National Geographic
Referência:
Catania, 2014. The shocking predatory strike of the electric eel. Science http://dx.doi.org/10.1126/science.1260807
06 maio, 2015
Cartas lastimosas
Pouco depois que o seu livro de viagem "Alexandria" foi publicado em dezembro de 1922, E.M. Forster recebeu uma carta de desculpas dos editores.
Acontecera um incêndio nas dependências da Whitehead Morris and Co, e toda a edição tinha sido queimada. Felizmente, a editora fizera seguro, e eles estavam lhe enviando um cheque substancial como compensação.
Algumas semanas depois, Forster recebeu outra carta – ainda mais lastimosa – dos seus editores, observa Lawrence Durrell, editor do livro na edição de 1961:
"Os livros tinha sido encontrados intactos em um porão que havia escapado das chamas. E isso, escreveram os editores, com os prejuízos já ressarcidos pela seguradora, acabara por lhes criar uma situação particularmente difícil. Então, eles haviam tomado a seguinte decisão: queimaram os livros deliberadamente."
N. do E.
O livro "Alexandria" escapou do grande incêndio para perecer em chamas menores. Mas foi uma temeridade Forster publicar o livro justamente com esse nome. Depois do que aconteceu com a Biblioteca da Alexandria
Acontecera um incêndio nas dependências da Whitehead Morris and Co, e toda a edição tinha sido queimada. Felizmente, a editora fizera seguro, e eles estavam lhe enviando um cheque substancial como compensação.
Algumas semanas depois, Forster recebeu outra carta – ainda mais lastimosa – dos seus editores, observa Lawrence Durrell, editor do livro na edição de 1961:
"Os livros tinha sido encontrados intactos em um porão que havia escapado das chamas. E isso, escreveram os editores, com os prejuízos já ressarcidos pela seguradora, acabara por lhes criar uma situação particularmente difícil. Então, eles haviam tomado a seguinte decisão: queimaram os livros deliberadamente."
N. do E.
O livro "Alexandria" escapou do grande incêndio para perecer em chamas menores. Mas foi uma temeridade Forster publicar o livro justamente com esse nome. Depois do que aconteceu com a Biblioteca da Alexandria
A sombra de sempre
Esta foto foi tirada em uma cidade ensolarada da Espanha:
Serve para ilustrar que... não há nada de novo sobre a sombra.
Como veem:
Ela continua sendo a mesma sombra de sempre, desconhecendo a intenção dos homens.
Arquivo
Com sombra, Se for beber não faça sombra, Regras para as sombras, No mundo das sombras, Do dia para a noite, Quanto pesam as sombras?, Assombrações na areia e Black heron
Serve para ilustrar que... não há nada de novo sobre a sombra.
Como veem:
Ela continua sendo a mesma sombra de sempre, desconhecendo a intenção dos homens.
Arquivo
Com sombra, Se for beber não faça sombra, Regras para as sombras, No mundo das sombras, Do dia para a noite, Quanto pesam as sombras?, Assombrações na areia e Black heron
05 maio, 2015
Bach em Tubos Bem Temperados
Hoje encontrei um espetáculo que necessita de uma coordenação extraordinária para a execução.
É o vídeo em que o grupo francês Les Objets Volants interpreta o Prelúdio Nº. 1 em Dó Maior, de JS Bach, usando boomwhackers (tubos plásticos de percussão) com muita habilidade.
Comentários
É o que eu chamo de arte. Tem tudo: som, cor e movimento!
É também malabarismo.
Bach parece inspirar todos os tipos de interpretações interessantes.
Talvez eles possam carregar os tubos nas costas em algum tipo de suporte.
Fiquei me perguntando se eles iriam fazer o acorde final. Incrível!
Uma definição de piano: boomwhackers com a interface do usuário aprimorada.
+ cinco interpretações interessantes
[1] [2] [3] [4] [5]
É o vídeo em que o grupo francês Les Objets Volants interpreta o Prelúdio Nº. 1 em Dó Maior, de JS Bach, usando boomwhackers (tubos plásticos de percussão) com muita habilidade.
Comentários
É o que eu chamo de arte. Tem tudo: som, cor e movimento!
É também malabarismo.
Bach parece inspirar todos os tipos de interpretações interessantes.
Talvez eles possam carregar os tubos nas costas em algum tipo de suporte.
Fiquei me perguntando se eles iriam fazer o acorde final. Incrível!
Uma definição de piano: boomwhackers com a interface do usuário aprimorada.
+ cinco interpretações interessantes
[1] [2] [3] [4] [5]
04 maio, 2015
Olha pro céu, meu leitor
O conhecido astrofísico Neil deGrasse Tyson levantou em uma de suas palestras este curioso paradoxo: Sabem vocês quem passa mais tempo olhando para o céu e menos detecta OVNI? Astrônomos! Por quê? Simplesmente porque eles sabem o que estão vendo.
O que Tyson quis dizer com essa retórica é que a grande maioria dos supostos avistamentos de OVNIs são baseados em simples ignorância dos fenômenos naturais e artificiais que existem no céu noturno.
O que esta sigla para Objeto Voador Não Identificado indica depende precisamente do conhecimento ou da ignorância que o observador tem. Quanto menos ele conhece o céu, mais objetos não identificados serão vistos por ele; quanto maior for o seu conhecimento, menos objetos estranhos ele presenciará. [...]
Vivemos numa época em que nos esquecemos de como realmente é o céu. As grandes cidades, a poluição luminosa e até mesmo o nosso próprio ritmo de vida, afastaram-nos da contemplação e, acima de tudo, do conhecimento sobre este grande espetáculo diário e gratuito chamado céu.
A este desconhecimento dos fenômenos naturais, deve-se considerar que a tecnologia vem acrescentando uma grande variedade de reflexos e luzes artificiais que são frequentemente confundidos pelo observador inexperiente. De simples aeronaves, mísseis, drones, estágios de foguetes, satélites, estações espaciais, tais como ISS, até os protagonistas do nosso artigo de hoje: flares (sinais luminosos) de irídio.
Siga lendo:
Los impresionantes flares de iridium y por qué se confunden con OVNIs, artigo de Javier Peláez publicado no YAHOO! NOTÍCIAS - España, em 04/12/2014.
Curiosidade
Em 11 de maio de 1950, o agricultor Paul Trent, de McMinnville, Oregon bateu duas fotos de um objeto que ele dizia ser um disco voador (o termo "objeto voador não identificado", OVNI, ainda não tinha sido criado). Esta (abaixo) é conhecida como a fotoTrent # 1 – considerada por décadas como "a melhor foto (de OVNI) de todos os tempos".
O que Tyson quis dizer com essa retórica é que a grande maioria dos supostos avistamentos de OVNIs são baseados em simples ignorância dos fenômenos naturais e artificiais que existem no céu noturno.
O que esta sigla para Objeto Voador Não Identificado indica depende precisamente do conhecimento ou da ignorância que o observador tem. Quanto menos ele conhece o céu, mais objetos não identificados serão vistos por ele; quanto maior for o seu conhecimento, menos objetos estranhos ele presenciará. [...]
Vivemos numa época em que nos esquecemos de como realmente é o céu. As grandes cidades, a poluição luminosa e até mesmo o nosso próprio ritmo de vida, afastaram-nos da contemplação e, acima de tudo, do conhecimento sobre este grande espetáculo diário e gratuito chamado céu.
A este desconhecimento dos fenômenos naturais, deve-se considerar que a tecnologia vem acrescentando uma grande variedade de reflexos e luzes artificiais que são frequentemente confundidos pelo observador inexperiente. De simples aeronaves, mísseis, drones, estágios de foguetes, satélites, estações espaciais, tais como ISS, até os protagonistas do nosso artigo de hoje: flares (sinais luminosos) de irídio.
Siga lendo:
Los impresionantes flares de iridium y por qué se confunden con OVNIs, artigo de Javier Peláez publicado no YAHOO! NOTÍCIAS - España, em 04/12/2014.
Curiosidade
Em 11 de maio de 1950, o agricultor Paul Trent, de McMinnville, Oregon bateu duas fotos de um objeto que ele dizia ser um disco voador (o termo "objeto voador não identificado", OVNI, ainda não tinha sido criado). Esta (abaixo) é conhecida como a fotoTrent # 1 – considerada por décadas como "a melhor foto (de OVNI) de todos os tempos".