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27 maio, 2015

O desafio Charlie, Charlie

Lembram-se do desafio do balde de gelo?
Rápido como veio, logo degelou. Embora o desafio tivesse o nobre propósito de angariar fundos para ajudar os pacientes com esclerose lateral amiotrófica.
Agora, a nova mania na internet é tentar falar com um espírito que atende pelo nome de Charlie. Charlie de Tal. Na lista dos espíritos suspeitos, encontrando-se: Chaplin, Chan, Hebdo e o menino Brown, nenhum é mexicano.
No Instagram e no Vine, pessoas têm publicado vídeos em que aparecem realizando o novo desafio. E, no Twitter, a hashtag #charliecharliechallenge chegou a ter mais de 1,5 milhão de publicações num único dia.
Nesse suposto ritual de invocação de espíritos, dois lápis ficam cruzados um sobre o outro, sobre uma folha com as palavras "sim" e "não" escritas.
Alguém pergunta: "Charlie, Charlie, você está aqui?". Então, um dos lápis se move.
Se o lápis se move para o "sim" é que Charlie está presente. Muitos ficam assustados com a sinceridade de Charlie, gritam e saem correndo da sala. Sangue de Cristo, o espírito está ali apenas para dar conselhos pelo método binário!
E se o lápis se move para o "não"? Charlie não está presente. Excluída a possibilidade de ele ter passado, quem sabe, uma procuração a outro espírito, você está diante de um paradoxo.
É bom lembrar ainda que esse desafio tem regras. A mais importante delas é sempre se despedir do espírito ao terminar a sessão. Isso ou, então, correr o risco de se meter no olho de um Poltergeist.
E quando o lápis não se mexe?
Bem, esse resultado só acontece se ninguém soprar o lápis.

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