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04 maio, 2015

Olha pro céu, meu leitor

O conhecido astrofísico Neil deGrasse Tyson levantou em uma de suas palestras este curioso paradoxo: Sabem vocês quem passa mais tempo olhando para o céu e menos detecta OVNI? Astrônomos! Por quê? Simplesmente porque eles sabem o que estão vendo.
O que Tyson quis dizer com essa retórica é que a grande maioria dos supostos avistamentos de OVNIs são baseados em simples ignorância dos fenômenos naturais e artificiais que existem no céu noturno.
O que esta sigla para Objeto Voador Não Identificado indica depende precisamente do conhecimento ou da ignorância que o observador tem. Quanto menos ele conhece o céu, mais objetos não identificados serão vistos por ele; quanto maior for o seu conhecimento, menos objetos estranhos ele presenciará. [...]
Vivemos numa época em que nos esquecemos de como realmente é o céu. As grandes cidades, a poluição luminosa e até mesmo o nosso próprio ritmo de vida, afastaram-nos da contemplação e, acima de tudo, do conhecimento sobre este grande espetáculo diário e gratuito chamado céu.
A este desconhecimento dos fenômenos naturais, deve-se considerar que a tecnologia vem acrescentando uma grande variedade de reflexos e luzes artificiais que são frequentemente confundidos pelo observador inexperiente. De simples aeronaves, mísseis, drones, estágios de foguetes, satélites, estações espaciais, tais como ISS, até os protagonistas do nosso artigo de hoje: flares (sinais luminosos) de irídio.


Siga lendo:
Los impresionantes flares de iridium y por qué se confunden con OVNIs, artigo de Javier Peláez publicado no YAHOO! NOTÍCIAS - España, em 04/12/2014.

Curiosidade
Em 11 de maio de 1950, o agricultor Paul Trent, de McMinnville, Oregon bateu duas fotos de um objeto que ele dizia ser um disco voador (o termo "objeto voador não identificado", OVNI, ainda não tinha sido criado). Esta (abaixo) é conhecida como a fotoTrent # 1 – considerada por décadas como "a melhor foto (de OVNI) de todos os tempos".

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