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05 outubro, 2024

Na bucha

bucha, sf: 1. pequena peça de madeira ou de plástico que se coloca no orifício de uma parede para prender ou pendurar algo pesado por meio de prego, parafuso etc. 2. (vegetal) espécies do gênero Luffa da família Cucurbitaceae, provavelmente originária da Índia.


Sua principal utilização é como esponja de banho e de limpeza doméstica. Destaca-se por representar uma alternativa para substituir como esfoliativo as esponjas sintéticas derivadas do petróleo, por ser a bucha um produto natural e biodegradável.
Expressão "na bucha" (momento cultural):
No momento exato em que algo acontece; imediatamente. Exemplo: responder na bucha.
É o contrário de só ter uma boa resposta para dar algum tempo depois. L'esprit de l'escalier como dizem os franceses. 

04 outubro, 2024

Bacon Furacão

(nos Tadunidos)
Eu mantenho um bacon pré-cozido em minha geladeira, que eu chamo de Bacon Furacão.
Quando o furacão chegar, coloco o bacon no bolso.
Então, se eu for enterrado em uma pilha de escombros, os cães de busca me encontrarão primeiro.

- Isso é corrupção ativa!

03 outubro, 2024

O azul do céu

A publicação de 1931 do astrônomo e físico inglês James Jeans, "Why the Sky Is Blue" (Por que o céu é azul), se tornou um clássico da ciência desde que foi publicado pela primeira vez em uma série de palestras. Em apenas quatro parágrafos e uma analogia surpreendentemente detalhada mas simples, Jeans mostrou a milhões de estudantes uma compreensão do azul celestial do céu comparando-o com algo familiar, não substituindo a poesia da natureza por jargões e diagramas científicos. Assim, ele nos explica o processo pelo qual as ondas de luz azul se espalham acima de nós.
Porém, mais de cem anos antes, um cientista já havia criado uma ferramenta bem interessante dentro desse tema; neste caso, ele tentou mostrar como o céu é azul. O cianômetro de 1789, do físico suíço Horace Bénédict de Saussure (1740-1799) era "um círculo de amostras de papel tingidas de azuis cada vez mais profundos, do branco ao preto" e incluía 53 tons em sua interação mais avançada, pretendendo mostrar como a cor do céu muda conforme sua elevação. A ideia era fazer experimentos e catalogar as cores do céu.
Mas como medir o "azulado"? Usando suspensões de azul da Prússia, o papel tingido de Saussure formava quadradinhos de cada tom que ele conseguia distinguir as nuances. Assim, eram reunidos em um círculo de cores numerado que podia ser erguido até a distância padrão do olho – e o quadrado correspondente estabelecia o grau de azul.
O fascínio de Saussure com o azul do céu começou quando ele era um jovem estudante e viajou para Mont Blanc e ficou impressionado com o cume. Ele então sonhou em escalá-lo, mas em vez disso usou a riqueza de sua família para oferecer uma recompensa à primeira pessoa que pudesse. Vinte e sete anos depois, o próprio Saussure subiu ao topo com uma equipe, em 1786, carregando consigo "pedaços de papel de diferentes tons, para se erguer contra o céu e combinar com sua cor".


Mas após sua invenção, o cianômetro rapidamente caiu em desuso, como Maria Gonzalez de Leon aponta. "Afinal, pouca informação científica foi dada". Porém, dizem que Horace confiou em seu cianômetro pelo resto de sua vida.
A ferramenta, no entanto, acompanhou o famoso geógrafo Alexander von Humboldt também através do Atlântico, "para o Caribe, as Ilhas Canárias e a América do Sul", onde Humboldt "estabeleceu um novo recorde, no 46º grau de azul, para o céu mais escuro já medido" no cume da montanha andina Chimborazo. Este seria um dos únicos usos notáveis ​​do artifício poético. Quando a verdadeira causa do azul do céu, a dispersão da luz, foi descoberta décadas depois, na década de 1860, o círculo azul de Saussure já havia caído na obscuridade.
O cianômetro está agora em exibição no Museu de História da Ciência de Genebra, perto da sobrecasaca de Saussure e dos muitos instrumentos que ele levou para o topo do Mont Blanc no início de agosto de 1787. Mesmo em uma vitrine de vidro, os pequenos quadrados azuis não perderam em nada do seu brilho.
Fonte: Carol T. Moré, FTC Mag

02 outubro, 2024

Bantustões

Como foram apelidadas as áreas negras que o governo sul-africano criou no século 20 para sustentar o apartheid, a política de segregação racial do país.
Eram dez os bantustões, sendo quatro declarados "independentes": Botsuana, Ciskei, Transkei e Venda.
A partir de 1994, esses estados fantoches deixaram de existir, marcando o fim de mais de 300 anos de domínio dos brancos.
Uma estratégia de dominação que, em seu devido tempo, o resto do mundo se recusou a apoiar. Nem mesmo Israel, um aliado próximo do regime do apartheid, reconheceu essas "pátrias". Embora tenha adotado mais tarde na Palestina os fundamentos dessa repudiada estratégia.

Conhece este profissional?

Dica: ele trabalha num famoso restaurante como "sopavisor".

01 outubro, 2024

A cadeia alimentar segundo o trumpismo

Tradução: PGCS

Uma estratégia central de Donald Trump, tanto como candidato quanto como presidente, tem sido fabricar medo e desprezo em relação a migrantes sem documentos (entre outros grupos). Esta estratégia globalizou-se, ao ser replicada com pequenos ajustes em outros países, inclusive no Brasil.