Confiei muito hoje. Confiei em meu telefone para me acordar na hora certa. Confiei no Uber para providenciar um táxi para mim e no motorista para me levar ao aeroporto com segurança. Confiei em milhares de outros motoristas na estrada para não baterem no carro em meu caminho. No aeroporto, confiei nos agentes de passagens, nos engenheiros de manutenção e em todos os demais que mantêm as companhias aéreas operando. E no piloto do avião em que voei. E em milhares de outras pessoas no aeroporto e no avião, qualquer uma das quais poderia ter me atacado. E em todas as pessoas que prepararam e serviram meu café da manhã, e em toda a cadeia de abastecimento alimentar – qualquer uma delas poderia ter me envenenado. Quando cheguei aqui, confiei em milhares de pessoas: no aeroporto, na estrada, neste prédio, nesta sala. E isso tudo foi antes das 10h30 desta manhã.
A confiança é essencial para a sociedade. Os humanos, como espécie, são confiáveis. Estamos todos sentados aqui, a maioria estranhos, confiantes de que ninguém nos atacará. Se fôssemos uma sala cheia de chimpanzés, isso seria impossível. Confiamos milhares de vezes por dia. A sociedade não pode funcionar sem ela. E o fato de nem pensarmos nisso é uma medida de quão bem tudo funciona.
Nesta palestra, apresentarei vários argumentos. Primeiro, que existem dois tipos diferentes de confiança – confiança interpessoal e confiança social – e que regularmente as confundimos. Segundo, que a confusão aumentará com a Inteligência Artificial. Cometeremos um erro de categoria fundamental. Pensaremos nas IAs como amigas quando na verdade são apenas serviços. Terceiro, que as empresas que controlam os sistemas de IA aproveitarão a nossa confusão para tirar vantagem de nós. Eles não serão confiáveis. E quarto, que é papel do governo criar confiança na sociedade. E, portanto, é seu papel criar um ambiente para uma IA confiável. E isso significa regulamentação. Não regulamentando a IA, mas regulamentando as organizações que controlam e utilizam a IA.
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A confiança é essencial para a sociedade. Os humanos, como espécie, são confiáveis. Estamos todos sentados aqui, a maioria estranhos, confiantes de que ninguém nos atacará. Se fôssemos uma sala cheia de chimpanzés, isso seria impossível. Confiamos milhares de vezes por dia. A sociedade não pode funcionar sem ela. E o fato de nem pensarmos nisso é uma medida de quão bem tudo funciona.
Nesta palestra, apresentarei vários argumentos. Primeiro, que existem dois tipos diferentes de confiança – confiança interpessoal e confiança social – e que regularmente as confundimos. Segundo, que a confusão aumentará com a Inteligência Artificial. Cometeremos um erro de categoria fundamental. Pensaremos nas IAs como amigas quando na verdade são apenas serviços. Terceiro, que as empresas que controlam os sistemas de IA aproveitarão a nossa confusão para tirar vantagem de nós. Eles não serão confiáveis. E quarto, que é papel do governo criar confiança na sociedade. E, portanto, é seu papel criar um ambiente para uma IA confiável. E isso significa regulamentação. Não regulamentando a IA, mas regulamentando as organizações que controlam e utilizam a IA.
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