A escritora Mariana Vieira é uma leitora voraz: seu Kindle, aparelho da Amazon para leitura de textos, carrega diversas obras literárias acessíveis a um simples clique. Vez ou outra, a brasiliense deixa o dispositivo descansando na estante para ler um livro físico. Mas, da última vez que ela recorreu ao Kindle, teve uma desagradável surpresa: o aparelho estava infestado de formigas que haviam penetrado pela entrada do carregador e feito moradia lá dentro.
E o pior: ao passear pela estrutura interna, os insetos compraram dois livros on-line.Depois que os insetos saíram, ela deixou o aparelho carregando na janela e foi trabalhar em outro cômodo da casa. Minutos depois, recebeu no celular uma notificação da Amazon, site onde são vendidos os livros no Kindle, parabenizando-a pela compra do livro "Robôs e o Império", do escritor Isaac Asimov.
Atônita, Mariana correu até a janela onde estava o Kindle e viu que a tela mostrava a compra efetuada.
— As formigas compraram o livro sozinhas e, por ironia, uma obra-prima da distopia.
Divertindo-se com a situação, Fabiane publicou sobre o acontecimento em sua conta do Twitter, o que fez o caso ganhar projeção.
Enquanto Mariana colocava o Kindle dentro de uma bacia com arroz cru, na esperança de se livrar das formigas, recebeu outro e-mail de confirmação de compra. Desta vez, sobre a aquisição do livro "O anel de Giges: uma fantasia ética", de Eduardo Giannetti, e o celular de Fabiane bombava de notificações.
Depois de ouvir várias dicas dos internautas, entre as quais colocar cravos perto do Kindle e usar venenos específicos para formigas, Mariana optou por deixar o aparelho dentro do congelador por alguns minutos, o que, segundo ela, resolveu o problema das formigas. Quanto às compras, foram canceladaspela escritora.
Com tudo resolvido, só restava rir da situação: Mariana aproveitou para contar a história em uma crônica publicada em um blog em que escreve semanalmente, e desabilitou a opção de "comprar com um clique" (que agiliza a aquisição de livros na loja da Amazon) para dificultar uma possível nova compra feita por alguma formiga sobrevivente.
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