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12 abril, 2021

Sim à vida, apesar de tudo!

"Decidir se vale a pena viver é responder à questão fundamental da filosofia", escreveu Albert Camus em seu clássico ensaio "O Mito de Sísifo", de 1942. "Todo o resto… é brincadeira de criança; devemos, antes de tudo, responder à pergunta."
A pergunta que a vida nos faz. A qual, ao respondê-la, podemos perceber o significado do momento presente, que não muda apenas de hora em hora, mas também de pessoa para pessoa. A pergunta é inteiramente diferente em cada momento para cada indivíduo.
Podemos, portanto, ver como a questão do sentido da vida, a menos que seja colocada com total especificidade, na concretude do aqui e agora, parece-nos tão ingênua quanto à questão de um repórter entrevistando um campeão mundial de xadrez e perguntando: "E agora, Mestre, por favor, diga-me: qual jogada de xadrez você acha que é a melhor?" Existe um movimento, um movimento particular, que poderia ser bom, ou mesmo o melhor, além de uma situação de jogo muito específica e concreta, uma configuração específica das peças?
Viktor E. Frankl, autor de "YES TO LIFE, in spite of everything"
Naquele mesmo ano (1942), o jovem neurologista e psiquiatra vienense Viktor Frankl (26 de março de 1905 - 2 de setembro de 1997) foi levado para Auschwitz junto com mais de um milhão de seres humanos privados do direito básico de responder a esta pergunta por si mesmos, em vez disso considerados indignos de viver. Alguns sobreviveram lendo. Outros, por humor. Alguns outros, por puro acaso. A maioria, não. Frankl perdeu sua mãe, seu pai e seu irmão para o assassínio em massa nos campos de concentração. Sua própria vida foi poupada pela linha da vida fortemente entrelaçada do acaso, escolha e caráter.
(http://www.brainpickings.org/2020/05/17/yes-to-life-in-spite-of-everything-viktor-frankl/)

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