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11 setembro, 2013

Dinheiro da pinga para professores no Brasil Colonial

Cá para nós, a cachaça tem tudo a ver com a cultura brasileira, mas ela também já teve a ver com a Educação. Vejam vocês: por volta de 1752, Portugal, flertando com ideias iluministas, decidiu diminuir a influência da Igreja Católica nas decisões políticas e expulsou do território tupiniquim a Companhia de Jesus do Brasil.
Se por um lado a coroa portuguesa teria mais autonomia, por outro, ela arranjou um problemão para a cabeça: os jesuítas cuidavam de quase todos os colégios brasileiros.
O que fazer, ora pois? Portugal, então, instituiu a educação pública: escolas passariam a ser geridas pela coroa. Mas, desde aquela época, já se sabia: não há educação sem professor. Eles precisariam ser contratados e, claro, pagos pelo serviço.
E é aí que entra a cachaça na história! Não, Dom José I não passou a beber desenfreadamente para esquecer esse problema! Nem os professores, sem salário, preferiram o pileque para não se lembrarem da falta de grana.
Para conseguir pagar o salário dos professores, a coroa criou mais um tributo e taxou uma atividade que ia de vento em popa: a produção de aguardente de cana-de-açúcar. Isso mesmo, era o dinheiro da pinga que ia pagar o professor!
A partir da Carta Lei de 6 de novembro de 1772, com o objetivo de centralizar o pagamento dos professores e regularizar a profissão, foram constituídas pelo Marques de Pombal novas mudanças na esfera da educação. O imposto foi chamado de Subsídio Literário e para cada tonel de 30 litros de cachaça seriam cobrados mil e quinhentos réis. O professor ganharia naquela época um salário melhor do que hoje em dia: 62 mil réis, o equivalente a R$ 2 mil. Supõe-se que quanto mais o povo bebesse, mais educação teria no Brasil, mas não é bem assim. A escola ainda era para poucos, que aprendiam gramática, retórica, álgebra, geometria e história natural.

Ler o artigo completo (sugerido por Fernando Gurgel) em Mapa da Cachaça.

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