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17 agosto, 2009

O crime do malaio

O malaio Raj, 27, trabalhava como diretor de logística para transporte de produtos com alta demanda e grande margem de lucro. Em outras palavras, era um traficante de drogas.
Em 2003, quando ele foi preso, encontrava-se transportando 166 quilos de maconha e 1,7 quilo de ópio bruto.
Apesar dos esforços que existem em muitas partes do mundo para descriminalizar a maconha, na Malásia a pena para quem a trafica é a morte por enforcamento.
Preso em flagrante, o caso parecia uma moleza para a acusação.
O único problema era que existiam dois Rajs: Sathis Raj e Sabarish Raj, que eram gêmeos idênticos, e eles decidiram complicar a vida dos promotores.
Inquiridos sobre "quem fez?", cada um apontou o dedo para o outro, a fim de borrar a linha de separação entre o Raj do Bem e o Raj do Mal.
(Nenhum dos Rajs usava um cavanhaque, por exemplo, que permitisse fazer a distinção.)
Funcionou?
Aqui está o que só dá certo com gêmeos idênticos. Mesmo que um deles tenha sido detido em flagrante, tudo o que você tem a fazer é deixá-los juntos - e não vigiados - numa sala por rápidos 30 segundos, para você não saber mais quem é quem.
E, por conta disso, foram libertados. Não havia mais como descobrir quem era o culpado.

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