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10 junho, 2022

Monges copistas

O livro nem sempre foi um artigo barato. Durante a Idade Média, por exemplo, a Europa tinha poucas bibliotecas, as maiores não possuíam nem 1000 livros em seu acervo. Antes da invenção da máquina de Gutenberg, a forma mais popular e rápida de reproduzir um livro eram em manuscritos, com as próprias mãos. 
Foi realizando esse trabalho, que milhares de monges dedicaram suas vidas. Usando pergaminhos e tinta, esses homens copiavam palavra por palavra os escritos de Platão, Aristóteles, Heródoto e demais autores que sobreviveram à destruição da biblioteca de Alexandria.
Estima-se que um bom copista chegava a dar conta de 20 a 30 páginas por dia. Algumas cópias de livros como a Bíblia, demoravam anos para serem concluídas.
Como, na época, uma parte muito pequena da sociedade era letrada e a reprodução de livros era trabalhosa, as obras ficavam dentro de igrejas e bibliotecas de mosteiros, geralmente presas por cadeados e correntes, onde só se conseguia a consulta com a permissão de alguma autoridade religiosa.
In: Como se conseguia um livro antes da invenção de Gutenberg

As bibliotecas da época medieval criaram engenhosos métodos para que os livros pudessem ser lidos sem ser roubados Eram métodos que, de alguma forma, dissuadiam os ladrões de seu "animus furtandi".
Encontrei a descrição de dois deles em La Aldea Irreductible, num artigo de Guillermo: ¡Leed, leed, pero no os llevéis los libros!
In: Correntes e maldições

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