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05 julho, 2021

Padre Perereca

Luís Gonçalves dos Santos, (Rio de Janeiro, 25 de abril de 1767 - Rio de Janeiro, 1.º de dezembro de 1844), mais conhecido como Padre Perereca, foi um escritor, professor, cronista, tradutor, e cônego do Brasil Imperial.
Chamado de padre Perereca devido à estatura baixa, corpo franzino e olhos esbugalhados, Luís Gonçalves dos Santos é uma importante peça histórica do Brasil Imperial, mais precisamente na Corte que se estabeleceu no Rio de Janeiro.
Sua obra mais importante se chama "Memória para Servir à História do Reino do Brasil", que reproduz um certo sentido de brasilidade, apesar do tom exageradamente louvador.
Este livro é dividido em três épocas, da felicidade, da honra e da glória, em ordem temporal, de 1608 (sic) a 1821. Trata da chegada da Família Real, fato histórico do qual o Padre Perereca foi testemunha, e do governo de D. João VI. Há um detalhado relato da vida pública do Rio de Janeiro como a política, a administração pública, a vida eclesiástica, os assuntos militares e econômicos. Retrata também as solenidades, cerimônias, festas e costumes.
Suas observações são atentas e precisas. Lê-se:
"Rio de Janeiro, cidade a mais ditosa do Novo Mundo! Rio de Janeiro, aí tens a tua augusta rainha e o teu excelso príncipe com sua real família, as primeiras majestades que o hemisfério austral viu e conheceu", escreveu ele. "Enche-te de júbilo, salta de prazer, orna-te dos teus mais ricos vestidos, sai ao encontro dos teus soberanos."
Graças a esse personagem histórico, entre outros relatos sabe-se que, depois de desembarcar no paço, D. João VI foi recepcionado por uma comissão de vereadores, padres, fidalgos, magistrados e por uma tropa com estandartes portugueses. A família real foi abençoada com água benta, em meio a uma queima de incensos e muitas preces.


Clerezia
(*)
Francisco da Costa, prior de Trancoso http://blogdopg.blogspot.com/2011/12/o-padre-de-trancoso.html
Antonio Vieira, o Velho, e o doce inferno dos negros https://blogdopg.blogspot.com/2012/07/antonio-vieira-e-o-doce-inferno-dos.html
Antonio Vieira, do jumento nosso irmão http://blogdopg.blogspot.com/2010/08/como-bezerro-enjeitado.html, http://blogdopg.blogspot.com/2010/07/adulteracao-de-proverbios.html e  http://blogdopg.blogspot.com/2009/10/cruz-nas-costas.html
Antônio Tomás, um padre nosso http://blogdopg.blogspot.com/2008/06/contraste.html
Johann Schleyer, do Volapuk http://blogdopg.blogspot.com/2012/11/verdade-beleza-e-volapuk.html
Lancelotti http://blogdopg.blogspot.com/2021/02/camas-de-faquir.html
Pellegrino, do cronovisor http://blogdopg.blogspot.com/2019/03/cronovisor.html

(*) O coletivo de padres é clero, padralhada e clerezia. Clero precisaria ser aqui adjetivado (baixo clero), já que bispos, cardeais e o Santo Padre não pertencem à relação. Padralhada soa mal, sugerindo algo pejorativo. Então, optei por clerezia.

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